segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

INCUBAÇÃO

No presente momento passo por um período que me impede de escrever continuamente no espaço. Não sei quanto vai durar. Posso voltar a escrever amanhã, daqui a alguns meses, anos, ou jamais (apesar de ser pouco provável). Tudo é uma questão de prioridades e utilidades.

Minha prioridade no momento está focada em problemas deste mundo - que como sempre observei e ressaltei nos assaltam continuamente e impiedosamente. 

Há momentos em que o desejo de escrever suplanta a real necessidade de fazê-lo, gerando textos pobres em conteúdo, que transparecem o desespero do autor em querer continuar - a todo custo - uma manifestação que deu sinais de esgotamento temporário. Portanto, não é útil para quem lê e quem escreve.

Escrever por escrever é perda de tempo, energia e oportunidades. 

Escrever por gosto é edificante e distrativo, apesar de não ser algo que acrescente algo realmente substancial à vida do leitor.

Escrever por necessidade de imprimir experiências profundas é o mais alto grau de atividade desse tipo, que garante um fluxo de palavras sinceras, universais e imparciais.

Caí deste último ao penúltimo, e deste ao antepenúltimo. E ao sentir isso devo me abrir para outras realidades e fazer esforços para alterar minhas percepções do mundo. O idealismo supremo sentido enquanto os ensaios eram escritos deve agora permear o autor na sua descida ao mundo real e concreto, fazendo-o viver de forma completa, por todos os lados, a realidade do mundo. Desafios, incertezas, alegrias, dúvidas, dedicação e diálogos. 

Não se trata de decadência. Trata-se de um repouso após um ímpeto interior irrefreável, que devia cessar para que o instrumento assimile e se estabilize.

O gás dos últimos 18 meses dá sinais de exaustão. Um ciclo se fecha. 

Outro ciclo pode voltar. Não se sabe...

Mas é certo que as experiências continuam sendo impressas.

No momento prefiro me concentrar em grandes místicos e autores como Pietro Ubaldi e Huberto Rohden - esses sim verdadeiros escritores, místicos, sábios e santos. Há muitas coisas muito sublimes a absorver antes de colocar aqui, com minhas palavras.

Prefiro a sinceridade. No momento nada de substancial tenho a dizer. 

O período de vivência agora é o carro-chefe do momento.