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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Momento Crucial

Repasso o vídeo porque ele aborda a questão sistêmica, indo ao cerne dos problemas, se apoiando em fatos e calcado por uma lógica que não nos é apresentada pela mídia convencional.



Recomendo a leitura do artigo de Ladislau Dowbor para confirmar o que a Senadora fala:

http://outraspalavras.net/brasil/ladislau-quem-quebrou-o-estado-brasileiro/


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O escandaloso processo de deformação da economia pelo sistema financeiro e o silêncio da mídia, da academia e dos institutos de pesquisa.

Entrevistado: Ladislau Dowbor.

Ladislau Dowbor é doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP e da Universidade Metodista de São Paulo – Umesp. Além disso, é consultor de diversas agências das Nações Unidas.

http://www.ihu.unisinos.br/?id=559920

Alguns trechos da entrevista (grifos meus):

"Para se ter uma referência, o PIB mundial em 2012 é da ordem de 75 trilhões de dólares. Os 28 grandes bancos manejam no conjunto cerca de 50 trilhões de dólares, e criaram um mecanismo de extração de mais-valia financeira diferente do que se dava no capitalismo produtivo, o proprietário da fábrica que pagava mal aos seus trabalhadores e extraía uma mais-valia empresarial. Este sistema continua. Stiglitz mostra que, nas últimas décadas, a economia americana teve um avanço de 161% na produtividade do trabalho, mas apenas 19% foram para os trabalhadores."

"O novo sistema, de mais-valia financeira, em que à exploração empresarial se acrescenta a exploração via crediários, juros sobre pessoa física e jurídica e juros sobre a dívida pública, permite uma apropriação em escala muito mais ampla, menos transparente nos seus mecanismos, e leva a este absurdo de 62 bilionários que detêm mais riqueza do que a metade mais pobre da população mundial. É um desastre em termos sociais, era do lucro improdutivo."

"O mesmo desvio dos recursos gera o desastre ambiental planetário. Uma Samarco [6] sabe que deveria investir nas infraestruturas da mineração e reduzir os riscos, mas quem manda na Samarco é o Bradesco e a Billiton. Ambos exigem retorno financeiro, e entre a pressão dos grupos financeiros que detêm o capital e o engenheiro que diz que a barragem vai romper, a opção é óbvia."

"Para completar o tripé da crise civilizatória, os recursos financeiros, que deveriam financiar a inclusão produtiva para reduzir a miséria e a desigualdade, bem como financiar a reconversão tecnológica (em particular energética) para reduzir o ritmo de destruição do planeta, não só não são aplicados produtivamente, como sequer pagam impostos, ao migrar para paraísos fiscais. Apple paga na Europa 50 dólares de impostos para cada milhão de dólares de lucro, ou seja, 0,005% de impostos. Eu, professor da PUC, vejo o meu imposto descontado na folha. É mais do que 0,005%. Nos paraísos fiscais, estima-se um total de 21 a 32 trilhões de dólares, para um PIB mundial de 73 trilhões (2012)."

Ladislau Dowbor - crise é sistêmica quando gera uma engrenagem emperrada simultaneamente social, ambiental e econômica.

...

E por ai vai.

Recomendo a leitura e estudo do artigo na íntegra - para quem quiser saber um pouco mais profundamente sobre O problema de nossa espécie.


Outro artigo recomendado:
http://www.ihu.unisinos.br/562693-argumentos-contra-a-pec-241-55-tem-que-ter-autocritica-do-pt



quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Renda Básica Universal (RBU)

O seguinte artigo levanta pontos interessantes a respeito de nosso mundo laboral, em que as rendas (entradas) são cada vez mais instáveis, e em declínio, e os gastos - com itens básicos - são cada vez mais certos e (exponencialmente) crescentes (saídas). Isso leva os indivíduos a gastarem toda sua psique, energia e recursos para a manutenção de uma vida mínima, levando ao desperdício da criatividade em atividades de ordem mais elevada.

https://medium.com/basic-income/why-the-changing-nature-of-work-means-we-need-a-universal-basic-income-e099118bf05b#.7wzyavesu

Universal Basic Income (UBI), ou Renda Básica Universal, é uma proposta para iniciarmos a solução de um problema que está se intensificando e generalizando.

Não podemos mais ver as coisas sob uma ótica particular. Nem aplicar teorias do século XIX - pelo menos integralmente. Precisamos considerar todos os custos, desde o financeiro (mais óbvio para a mente hodierna), passando pelo social, cultural, ecológico,...até chegar ao psicológico e espiritual.

O tempo é curto, mas evolver é um dever.

O uso da tecnologia e da ciência é mais importante que a criação de teorias e inventos. Uso aponta para orientação. Orientação nos leva a imaginar o telefinalismo da vida. Isso tudo nos leva à necessidade de elaborar A Grande Sìntese.




domingo, 20 de novembro de 2016

Eis a Questão

Para quem deseja saber sobre as causas da crise econômica brasileira - e sua solução racional.

http://dowbor.org/2016/11/dowbor-os-irresponsaveis-no-poder-desmontando-o-conto-da-dona-de-casa-novembro-2016.html/

Não é o que se fala na grande mídia, ou nas rodas sociais (pelo menos a maioria).

Eu realmente recomendo a leitura, análise e estudo aprofundado do tema, pois as decisões que poderão ser tomadas nas próximas semanas podem levar a uma regressão das políticas sociais (previdência, educação, saúde, segurança, infraestrutura, etc), cujo custo está na linha da normalidade. O que está anormal é a quantidade de recursos drenados pelo sistema financeiro (bancos), improdutivo e sem compromisso de nenhuma espécie com a sociedade - muito menos com a biosfera.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Noam Chomsky on Corporations

Eu passei quase 4 anos num ambiente corporativo e constatei o que Chomsky afirma.



Existem pessoas sérias trabalhando no circo (dos horrores)

São de várias correntes. Partidos diferentes em alguns casos. Mas com uma coisa em comum: bom senso. Não é apenas a Gleisi Hoffmann (PT/PR); é Roberto Requião (PMDB/PR); é (aparentemente) Hélio José (PMDB/DF); é Regina Souza (PT/PI). Entre outros(as).

O sistema financeiro trava a economia do país. A regulamentação já é frouxa no mundo de forma geral - considerando um mundo evolvido. Mas aqui no Brasil é realmente desconexa. São juros exorbitantes cobrados sobre atividades não-produtivas (em termos reais e virtuais). Isso é visível e (sobretudo) sentido.


Essas questões jamais ou raramente são colocadas em pauta pelos grandes meios de comunicação. Não se fala disso dentro de corporações. E se o assunto é tangenciado, o tema é tratado de forma unidimensional, enfocando um dado ponto de vista, tido como definitivo (anti-transformista) e ideal. E assim, as pessoas, com pouco tempo e disposição para investigar os fenômenos globais e locais, sob todos os prismas (religioso, político, cultural, social, científico, psicológico, filosófico e afetivo), se vê forçada a internalizar conceitos superficiais, prontos - como "fast-food" - e começa a falar e marchar e agir em função dessa visão insuficiente e empobrecida.

Um New Deal conforme as teorias de Keynes, aplicado ipsis litteris, no mundo do século XXI, pode não ser A solução. Mas muitos de seus conceitos deveriam vir à tona; e outros adaptados às questões ambientais e existenciais que emergem a ritmo nunca antes visto. Além disso, poderíamos dar um tempero a tudo isso: disseminação de cultura de forma criativa. Para isso precisamos colocar as pessoas com ânsia de transmitir experiências e saber a públicos ansioso por receber esse alimento sólido. No momento me parece que existem poucos canais para isso.

Há muitas pessoas que gostam de Cinema crítico, profundo, questionador e humano e não tem acesso por viverem longe de São Paulo ou Rio de Janeiro (capitais); há pessoas que gostariam de cursar uma faculdade de Humanas mas são impedidas por necessidades financeiras urgentes; há pessoas que gostariam de expor conceitos, da sua forma, no seu ritmo, com uma linguagem própria, às pessoas famintas de sentido para a vida, mas se veem afogados por um mundo que não para de gritar; há pessoas que desejam construir pontes entre saberes mas tem dificuldade em iniciar sua obra; há pessoas e mais pessoas em busca de algo a mais. E me parece que a lógica atual - forma mental humana ainda dominante -, que sustenta um sistema em desmoronamento, não está viabilizando isso. Isso é muito grave.

Donella Meadows construiu uma carreira muito bonita. Assim que puder, pretendo ler em maior profunidade seus livros. Sua carreira é bela porque ela É fantástica. Exemplo de pessoa que combina Consciência e intelecto. Logos guiando Lúcifer.

Nosso planeta está virando um circo dos horrores por não sabermos buscar a causa dos sofrimentos. Oras, se não está dando certo, por que não expandir os horizontes, aprofundar o sentimento e buscar orientação universal? Sem medo ou esperança. Indiferente ao mundo. 

Mas existem pessoas sérias trabalhando nesse circo. Pessoas que usam os finitos (meios) da melhor forma possível: para apontar os outros finitos para o Infinito (fim).

Eu procuro trabalhar da minha forma: lecionando de forma criativa; escrevendo de forma simples, com o máximo de cuidado e responsabilidade, aqui; usando o dinheiro de forma eficiente; refletindo; preparando meu curso de extensão com ânimo e seriedade; pensando no meu doutorado; dialogando e vivendo com minha esposa; negando o consumo conspícuo. E...sentindo a força diretora que coordena tudo, além de nosso Universo preso na dimensão espaço-tempo: a Lei de Deus.

Algumas entrevistas enriquecedoras:


Jorge Furtado [cineasta]

Roberto Requião [deputado federal]

Leonardo Boff [teólogo, filósofo]



Links:

http://donellameadows.org/
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Para-Chomsky-republicanos-sao-os-mais-perigosos-da-historia-dos-EUA/6/37281


Relembrando Arendt

Recomendo: leitura, reflexão, constatação, estudo.

http://outraspalavras.net/posts/a-atualidade-brutal-de-hannah-arendt/

Já destaquei a importância dessa filósofa e a atualidade de seu tema (neutralidade perversa e fácil) num ensaio.

http://leonardoleiteoliva.blogspot.com.br/2016/04/a-perversidade-da-neutralidade_18.html

Continuo alertando para essa questão tão simples e tão complexa - ao mesmo tempo! Ela está mais próxima ao cerne da questão do que muitas soluções de especialistas - que, mesmo o sendo, carecem de visão sistêmica e de senso de transformismo.



quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Dennis Meadows - "The Limits to Growth" and the Future of Humanity

Há um ano me deparei com um livro impressionante. Foi escrito por uma pesquisadora norte-americana que possuía uma qualidade - a qualidade - essencial para fazer seu trabalho ser considerado útil (em seu mais amplo aspecto): Sinceridade e Orientação. A autora: Donella Meadows. O livro: Thinking in Systems.

Trata-se de uma iniciação a Ciência de Sistemas sem os formalismos e jargões técnicos comuns da área. Uma obra realmente útil e inspiradora. Plena de ideias e exemplos e equilíbrio, que dançam em harmonia à medida que os conceitos são apresentados e desenvolvidos.

Não sou especialista no tema, mas posso dizer com segurança que tenho a base necessária para compreender tópicos mais acadêmicos. No entanto, o que realmente me interessa é a relação dessa nova concepção da vida (das coisas, dos fenômenos,...) com a melhoria do meu Ser. Toda vida de Meadows, cuja obra transpira suas visões, é uma seta que aponta para o monismo. É um daqueles seres fora de série que dedicam todo tempo, energia e recursos ao alcance para a evolução dos conceitos, o aprofundamento das conexões, o enriquecimento das experiências, a expansão da consciência e a sistematização do belo e eterno e infinito.

Outro livro escrito por ela e um conjunto de amigos, lá em 1972 - quando ela era uma jovem moça consciente -, revela os limites do crescimento de nosso modelo econômico. Um modelo que se divorciou virtualmente, mas que está preso ao mundo físico que julga governar. The Limits of Growth é um livro que ainda pretendo ler, estudar e refletir sobre.

O diagnóstico e projeções traçados por esse seleto grupo não são nada animadores...O vídeo abaixo é uma palestra conferida por um de seus principais autores (o marido de Dana...ou Donella) a uma plateia na Alemanha, em 2012. Já adiantando: caminhamos rumo a uma parede de concreto e os esforços feitos para frear o veículo não foram e não estão sendo suficientes. Isso não é uma pessoa qualquer, sem qualificação (como eu) falando. É um cientista em seu mais amplo aspecto. Uma pessoa que simplesmente busca a verdade. Não apenas isso, mas uma verdade mais vasta do que as verdades específicas - que comumente se combatem. Isso é tão interessante quanto preocupante. Interessante por revelar que há pessoas preocupadas com o nosso rumo global e trabalham incansavelmente para descobrir se é isso mesmo e quais são as possibilidades para mitigar efeitos; preocupante porque eu vivo nesse mundo e tenho muito tempo à frente, e gostaria de ter uma vida plena, num mundo que - mesmo não sendo muito bom - apresente possibilidades de recuperação ambiental, moral, social, cultural.

A palestra é muito interessante e demonstra que é possível passar conceitos profundos de forma simples.



O livro de Dana, ou melhor, a obra de Dana, é um feixe de luz num mundo mergulhado (e se mergulhando) nos vícios da mente e dos sentidos. É um resgate dos ensinamentos de Buda - só que explicado de forma mais adequada ao mundo racional-analítico do presente. É só isso...

Donella Meadows falando
https://vimeo.com/30752926?from=outro-embed



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

John Templeton Foundation

Essa fundação vem confirmando o que eu (e muitos!) sentem há um bom tempo. Venho tentando sistematizar muitas das idéias abstratas - difíceis de serem colocadas numa base racional compreensível - que acredito serem comuns a todo ser humano que tenha atingido um certo grau de consciência.

A vida de Pietro Ubaldi, a meu ver, é até o momento, o ápice desse grito interior. Com a implementação sensata do programa do Evangelho, esse Ser criou uma Obra de 24 volumes que tangencia todos aspectos da vida, dialogando com todos campos, unificando conceitos, ordenando ideias, respondendo às Últimas Questões à luz da lógica.

A Grande Síntese é um marco que fornece as diretrizes para a construção do Novo Ser. É o que ocorrerá, inexoravelmente, à nossa espécie - e Universo. Diversas pessoas vêm demonstrando que a última forma mental, forjadora e sustentadora do último sistema (sistema-mundo segundo Wallerstein), está chegando à exaustão. O Renascimento (séc. XVI) foi bom e abriu portas para o antropocentrismo. No entanto, tudo que nasce, se desenvolve; tudo que se desenvolve, matura; tudo que matura, se sustenta criativamente; tudo que se sustenta dinamicamente, começa a declinar; e com o declínio vem a morte. O que ocorre então? Deve-se dar lugar (criar) a uma lógica superior, que considere vários aspectos da presente, mas ordene-a e dê algo a mais, subjugando-a (Logos guia Lúcifer).

https://www.templeton.org/

Tudo venho constatando ao longo da vida. Cada acontecimento caminha e aponta, à seu modo, para a necessidade de rompermos a lógica presente, que veio se desenvolvendo no seu plano nos últimos cinco séculos. 

Os limites físicos do corpo e do planeta foram atingidos. O vazio das relações parece aumentar com o excesso de riquezas, tecnologias, (des)informação. É momento de construirmos um outro plano de vida, com lógica superior, antes que este desmorone de vez e não tenhamos edificado as bases para a nova civilização. 

A transição não será nem de longe suave. Mas devemos estar preparados para o que vier à frente. Despertar da inércia. 

Evoluir será uma palavra com significado profundo - e implicações amplas...

sábado, 12 de novembro de 2016

Quando a Roda Viva era Viva

A entrevista de Noam Chomsky no Roda Viva ocorreu em 1996, quando o programa não sofria uma visível manipulação do governo do estado - que durou até aproximadamente 2013~14.

O que ele fala é atual, se aplica a qualquer época. E revela, logicamente, o que vem ocorrendo no mundo há décadas.



Acompanho-o há anos e posso dizer que suas observações não se perdem em análises de "especialistas", que descarregam dados infindáveis (e teorias que pouquíssimas pessoas compreendem) para sustentar uma visão de mundo relativa. O que a mídia, as instituições de peso e as pessoas que controlam os recursos globais não revelam, não debatem e não estudam, é tema central dos estudos de Chomsky.

No fundo trata-se de uma questão de bom-senso em seu aspecto mais substancial.

Trata-se de uma lógica que às vezes não aparenta como tal porque supera (engloba) a lógica aceita inconscientemente pela humanidade. Uma lógica de crescimento econômico infindável, de consumo de bens e serviços cujas finalidades (para o indivíduo, para a sociedade, para a vida e o planeta) são duvidosas. Uma lógica de combater o (pequeno) terrorismo - que provêm do grande terrorismo, implementado sob o império das leis cambiantes do lucro - sem se preocupar com a fonte das misérias humanas.

O Neoliberalismo não é nem novo nem liberal. Se formos analisar em sua essência, nada há de inovador em seus métodos. Trata-se apenas de uma nova forma de exploração de oportunidades, recursos, tempo, vidas em prol da saúde de um mundo abstrato: as finanças. Muitos acabam se identificando com essa corrente porque colocam peso nos seus instintos. Logo, usam da sua razão ao máximo para defender a expansão da lógica neoliberal. Nem que seus filhos vivam uma vida sem saúde, sem educação, sem previdência, sem perspectiva por causa disso...

Percebo que há pessoas que defendem "contenção de gastos", afirmando que trata-se não de cortes, e sim de disciplina. A culpa sempre recai sobre a esfera Pública. O outro mundo (esfera Privada) raramente é tangenciado. Por quê?

De nada adianta mostrar a Verdade para pessoas que estão presas a uma lógica estática, que não se abre para a expansão. Para a superação de suas limitações. Uma lógica que não sabe lidar com contradições. Uma lógica que parou num discurso parcialmente verdadeiro: um discurso que pode ter sentido sim, mas em certos momentos, condições e para casos específicos. Essa lógica combate a "doutrinação ideológica" arduamente, usando muitas vezes frases feitas para captar o desespero das pessoas e aliciá-las facilmente. Para consumirem de acordo com suas vontades (instintos). Isso não é liberdade em seu aspecto mais pleno.

Liberdade é alguém poder passar sua visão de mundo e não sofrer riscos de não ter saúde, educação, comida, abrigo, vestimenta, higiene e voz suprimidos. Isso não há em nenhuma instituição humana, mas especialmente na grande maioria das corporações. Nas grandes, inexiste;

Liberdade é se superar continuamente, rasgando o véu de uma forma mental que explica A, B, C mas não explica D, E;

Liberdade é saber lidar melhor com as contradições;

Liberdade é estar livre de formas mentais - especialmente as que se dizem ser livres de toda ideologia...

Liberdade é perceber que ideologia é uma materialização de um aspecto dum único IDEAL UNIVERSAL, e que seu exagero é ruim;

Liberdade é abraçar uma ideologia conscientemente, por um tempo, e colocá-la a serviço da Vida.

Liberdade é perceber que a não-ideologia é uma ideologia emborcada, que deseja atuar de forma intensa e extensa, para isso usando as fraquezas humanas para aliciar facilmente seres para alimentarem um sistema em vias de extinção. Um sistema centrado no paradigma do crescimento sem fim, da tecnologia como um fim, da robotização dos sentimentos humanos;

Liberdade é um conceito tão amplo que eu nem sequer sou capaz de defini-lá. Pior é saber que uma corrente mental se diz propagadora da mesma, mas está em vias de aliciar a liberdade de bilhões em ter acesso a itens fundamentais - para o crescimento próprio e do entorno. Com o argumento de que está sendo responsável, pois irá evitar uma catástrofe. 

Pesquisem nos indicadores internacionais. O mundo jamais produziu tanta riqueza per capita.

Alguém que defende o "corte de gastos" fala sobre,

 - Taxação de grandes fortunas;
 - Sonegação dos grandes grupos privados;
 - Paraísos Fiscais (Ladislau Dowbor);
 - O que gera e alimenta o Terrorismo (Chomsky);
 - Democratização dos meios de comunicação;
 - Especulação financeira em bens sociais;
 - Diferenças entre "Trabalho" e "Emprego" (DeMasi, Russell)

?

Mudar sim. Mas mudar o quê?

Percebam: a pessoa logo procura desviar do assunto assim que começa a se aprofundar neles. Isso é muito estranho.

Há uma miríade de pessoas que caíram na armadilha de procurar o que elas querem para "resolver" o problema. Aborda-se um aspecto exaustivamente - sempre haverá muitos dados, teoria, informação e fatos para sustentar qualquer coisa, até as mais nefastas...) e repete-se à força.

É algo assustador.

A entrevista de Chomsky pode trazer luz às questões mais fundamentais.