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sábado, 3 de abril de 2021

Validando a obra de Ubaldi (parte II)

A EQM de Lucas Olles é, dentre todas, a mais interessantes por diversos motivos. Irei elencar alguns deles:

1. Obedece a todos os protocolos estabelecidos de uma EQM;

2. É um caso fora do comum, inexplicável pela medicina;

3. Traz uma ideia muito clara de como é do outro lado e como a vida em nosso plano é limitada e pobre;

4. Apresenta algumas previsões para nosso futuro.

Como se sabe, há uma série de procedimentos a serem seguidos quando se deseja comprovar a veracidade de uma EQM. Há diversos meios indiretos de observação. Enquanto a pessoa é declarada clinicamente morta, se a mesma relata eventos ocorridos durante esse período, comprovado por pessoas presentes, tem-se aí uma coisa que não se pode negar. Isso significa que a consciência não é algo dependente ao organismo - ela está ligada durante a encarnação, mas não depende da matéria.

Fig.1: A vida não teme a morte porque sempre renasce. Cada vez mais bela, forte e orientada.

"O espírito extravasa por todos os lados os limites de seu meio, que ele utiliza e dirige. O cérebro é empregado nos usos da vida, no contingente do ambiente animal. O espírito sabe as coisas profundas e distantes, domina um campo muito mais vasto, de dimensões superiores às do espaço e do tempo. Conhece a telepatia e a profecia. As funções cerebrais são de ordem inferior às espirituais. O funcionamento cerebral não cobre absolutamente a totalidade do consciente. Pensar com o cérebro, isto é, racionalmente, significa pensar de forma muito mais limitada do que pensar com o espírito, ou seja, intuitivamente. E, quando se acredita que, ao serem ofendidos os meios nervosos e cerebrais, também seja lesado o espírito, porque se veem alteradas as funções espirituais, não se compreende que foram ofendidos e estragados apenas os intermediários de sua expressão em nosso mundo. Não é, então, o espírito que fica alterado, mas só suas vias de comunicação e manifestação, só a mecânica de sua inserção em nosso mundo material."

Problemas Atuais, Cap. VII (grifos meus)

Um fato relatado pelo Lucas repetidas vezes é o quão 'horrível', 'feio', 'agredido', disforme' é esse corpo físico (o dele, o nosso). Voltar nele é algo desesperador, doloroso. Uma verdadeira experiência que lembra torturas medievais. O corpo é algo pesado, lento, com inúmeras amarras que limitam a percepção da realidade do nosso Universo e de coisas mais sutis, como formas de vida superiores e Deus. 

A noção de tempo também é diferente. Há tempo lá, mas ele é elástico. Ele não se arrasta, mas desliza. Na imensa maioria dos casos (como esse) não há desespero em estar lá. A sensação é muito boa, agradável, segundo as pessoas que relatam. 

A impressionante EQM do Lucas 1de3 | Lucas's awesome NDE 1of3

Ubaldi, em sua obra, descreve muito bem como os fenômenos são percebidos em planos mais próximos do Sistema*. O espírito 'pensa' intuitivamente, não racionalmente. Cabe ao cérebro raciocinar, isto é,  sistematizar, argumentar, calcular. O cérebro é apenas o órgão diretor do organismo, que nos seres mais adiantados, expressa de forma paupérrima as relampejantes intuições do espírito. Ele é o dirigente da matéria que obedece ao supremo condutor (nosso Eu), o espírito, que está ligado ao cérebro enquanto encarnado. É o capitão do navio que obedece ao almirante da esquadra. A segunda parte da entrevista demonstra esse fato claramente, quando Lucas diz que 'o cérebro continua físico', 'o cérebro empresta alguma coisa pra gente'.

A impressionante EQM do Lucas 2de3 | Lucas's awesome NDE 2of3

"Mas a realidade é que o simples fato de perder seu órgão não implica de forma alguma no desfazimento do espírito, que, apesar de precisar deste instrumento para se manifestar, pode, ainda assim, existir sem esse meio de expressão, morrendo, portanto, somente para os nossos sentidos."

Problemas Atuais, Cap. VII (grifos meus)

Lucas descreve em linhas gerais as formas de vida do plano superior. Diz que algumas sensações e informações que ele recebia não eram daqui. Eram de outras fontes. Outros seres, de outros planos (ainda mais alto possivelmente). É a intuição de planos ainda mais alto, mostrando que 'Há muitas moradas na casa do Pai'. E o Lucas inclusive uso esse mesmo termo (muitas moradas). A conclusão do físico Carlos, então, é que 'todos estão sob o mesmo guarda-chuva', afirmação que o Lucas concorda. Uns com menos certeza (do guarda-chuva), outros com mais. É a percepção de uma lei que abarca tudo e todos, a todos momentos, de várias formas, em todos locais. Esse imenso 'guarda-chuva' nada mais seria do que a Lei de Deus. É a imanência divina em tudo e todos, conjugada com a transcendência que atrai a criação para sua morada original.

A percepção maior desse 'guarda-chuva' faz a pessoa perceber as coisas instantaneamente. Você se pergunta sobre algo e a resposta já vem. 

'É como se a gente estivesse..todo tempo ligado a uma grande enciclopédia, que todas as perguntas que você faz, você já tem a resposta.' Lucas Ollie

Essa percepção instantânea e certeira das coisas só pode ser dada pela clareza. Captando direto da fonte a água é mais pura, menos corrpompida. Estar mais próximo à fonte divina é ter menos barreiras (corpo, desejos, órgãos, cérebro, medos, preocupações) entre seu Eu Superior e Deus. Essas barreiras são filtros invertidos que corrompem a seiva vital que emana da Fonte. Por isso nossa compreensão de Deus e do Universo é tão limitada enquanto estamos encarnados. 

A sensação de estar conectado com o inconsciente coletivo é muito forte. Não há fronteiras. Isso significa a percepção de que os limites são construções da mente, algo que nos prende e portanto torna nossas ideias pobres e contrárias. Cada um pensa de acordo com sua constituição física, seu meio cultural e físico (sensório), suas experiências, seu sistema de crenças e valores. Por isso os choques constantes. Não há ainda consciência de interconexão, de fusão, de transformismo que segue a progressão do ser. 

A substância se revela à medida que o ser desperta. Assim as formas mudam. Evoluem. Os organismos se adaptam para receber espíritos mais adiantados. Isso é evolução em seu sentido mais profundo.

'Nada é por acaso. Tudo é planejado.' Lucas Ollie

A última parte da entrevista traz previsões sobre o nosso possível futuro. Esse futuro será temeroso se a gente não mudar agora. É preciso mudar a forma de conceber o nosso papel aqui.

A impressionante EQM do Lucas 3de3 | Lucas's awesome NDE 3of3

O livre-arbítrio existe. Mas ele ainda é infantil, e portanto está naturalmente circunscrito por um determinismo sábio. Esse determinismo não se importa com os nossos valores - que na prática são baixos, e por isso mesmo não são importantes para a Lei. Ele irá nos corrigir, pelo bem ou pelo mal. Essa correção é para colocar os espíritos desse planeta na rota adequada. Caso contrário seria muito pior. Alguns já percebem isso sem ter passado por uma EQM. Mas aqueles que passaram - como o Lucas - atestam que esse fenômeno (correção férrea via Lei) é um fato.

Fig.2: Jung também comprova Ubaldi.

O livre-arbítrio gera a causa. A causa produz o efeito. O efeito retorna ao indivíduo ou a coletividade. Esse retorno é natural, determinístico. São os fenômenos naturais, cuja sabedoria é admirável e previdente. Ou seja, somos livres para causar mas escravos dos seus efeitos - como diria Ubaldi.

Nós estamos num automóvel a 100 km/h e direcionados para um muro.

Nós = humanidade

estamos = nos colocamos por nossa escolha (livre-arbítrio)

automóvel a 100 km/h = ritmo insano de exploração da natureza e do semelhante 

direcionados para um muro = destino que trará dor incomensurável para tudo e todos

Precisamos fazer o que?

1º) Parar o nosso carro muito rapidamente;

2º) Mudar o rumo.

Parar e mudar!

Parar de fazer tantas coisas inúteis, de consumir tanta besteira, de levar uma vida tão vazia e com empregos sem sentido. Parar de seguir ordens insanas e seguir vícios que só nos ancoram no lodo do inferno.

Mudar nossa perspectiva de tudo. Mudar o modo de encarar a vida, os fenômenos ditos sobrenaturais (desconhecidos), de agir. Mudar nossas metas de vida.

Esse mundo não vale a pena ser salvo. O que podemos fazer de melhor agora é ajudar ele a morrer para que um novo mundo seja gerado. Isso significa dedicar o máximo possível de nosso tempo, energias e criatividade para edificarmos coisas que serão úteis num mundo mais evoluído. Coisas que serão valorizadas. Coisas que hoje não tem valor, são menosprezadas e esquecidas a todo momento. Essas coisas terão seu momento no futuro. Elas serão elevadas a um patamar de importância. 

Aos que sofrem eu digo: sofram sabendo que seu espírito está se preparando para viver num mundo melhor.

A mensagem de Lucas se encaixa perfeitamente na teoria de Pietro Ubaldi. Sinto que as coisas vão se casando, numa fusão perfeita, sem igual. Uma fusão fenomenal que me deixa plenamente seguro a respeito de que o que virá será para o nosso bem. 

É preciso abandonar as coisas deste mundo. Nos desprendermos do instinto de possessão, de fama, de controle e de tudo mais. Isso feito a transição será muito mais suave.

A vida é muito vasta e não pode expressar toda sua potencialidade numa existência limitada.

Vamos expandir essa existência para que a expressão seja mais plena, mais bela, mais sublime...


Observações:

* É importante lembrar que o plano extra-físico, por mais agradável que seja, faz parte do Anti-Sistema (AS). Ele é o outro lado da moeda da existência que oscila entre os dois pólos. O lado muito mais agradável. Mas ainda sujeito ao transformismo evolutivo. O Sistema (S) é algo completamente distinto de tudo que vivenciamos. Ele está além do tempo, do espaço e da consciência. 

2 comentários:

  1. Caro Bruno,

    Quanto à sua pergunta, acredito que Ubaldi deve ter tido uma reencarnação na França absolutista (ou em outro reino do tipo), pois ele descreve sobre os abusos da vida abastada. Provavelmente um aristocrata que simplesmente gozou a vida, sem fazer nada de ruim ou bom - o que para um espírito de seu grau já é uma grande queda.

    No livro "História de Um Homem" ele comenta brevemente sobre um sentimento muito pesado, quando visitou Paris nas férias. Tudo me faz crer que ele tenha tido essa queda espiritual nessa época (séc XVII~XVIII).

    Mas o que de fato ocorreu, quando e onde, permanece desconhecido para mim.

    Abraços.

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