O que move as coisas (=transformação) não é a energia. Pelo menos não de modo direto. A causa primária do transformismo evolutivo que anima as formas e materializa as ideias é a vontade. Essa pode ser vista como uma 'energia' psíquica, não-local, pertencente a outro plano, que causa e sustenta o transformismo das formas e materializa os grandiloquentes conceitos - sejam bons ou ruins. Não se trata de uma visão proferida por inspirações místicas ou especulações filosóficas, mas também de interpretações profundas de grandes mentes da ciência dadas às suas descobertas científicas.
Um blog que é tudo e nada. Poesia científica. Fé raciocinada. Ciência orientada para a unidade. Vários assuntos esmiuçados tendo por base o sentimento nas profundezas da alma e possibilidades do futuro. Deste sentimento chega-se às análises do mundo cotidiano, sentido e valorizado. A mensagem verdadeiramente importante deve anular quem a transmite, que nada mais é do que uma ferramenta de ideias.
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segunda-feira, 4 de abril de 2022
A fonte de energia inesgotável
Fig.1: A maior capacidade de transformação parte do âmbito intangível, não-local.
Ela cria as condições (=contexto) para que as causas físicas ocorram.
Sendo assim, a pergunta que deve ser feita é: como gerar ou aumentar essa vontade criadora?
Eis a questão.
Estamos diante da mais intrigante - e ao mesmo tempo capciosa - questão metafísica de todos os tempos. Uma dúvida que vem assolando as grandes almas. Almas sedentas por unificação de conceitos, de vivências e de seres. É o sonho de construir uma grande sinfonia universal com uma orquestra que reconhece seu Regente e se deixa guiar por Ele. Com músicos orientados que se ajudam como se fossem células de uma mesmo organismo do qual dependem - e amam. Essa é uma sinfonia que deve ser tocada em conjunto. E para isso, é preciso ter uma visão comum. Uma visão unitária.
Como atingir essa visão? Ela é possível?
Por vezes nos esforçamos tanto para conseguir algo, mas jamais atingimos o objetivo almejado. Isso ocorre nas grandes tentativas de convencer uma pessoa sobre uma visão de mundo. E depois de uma ou duas grandes (e desgastantes) empreitadas, deixamos as chuteiras de lado e passamos a atuar como a massa da sociedade atua: nos desgastando o mínimo possível para obter as pequenas recompensas. Gozando dentro do possível e de acordo com os parâmetros da média. E a vida continua de modo incompleto e limitado.
Essas tentativas decepcionam. E justamente por isso, comprimem o indivíduo em termos de possibilidades de atuação, ousadia de concepção e inteligência de coordenação. Passamos a desacreditar na transformação - e logo, em nosso poder de realizá-la. Isso é tão triste que a pessoa enterra definitivamente essa dimensão de seu ser, deixando-a no passado. Porém, há alguns que insistem e persistem, indo mais longe, apesar das dores e dissabores causados pela rigidez e brutalidade do mundo.
Para caminhar num deserto devemos estar munidos de itens essenciais a essa travessia. Eu diria que esse itens são características - que não estão vinculadas aos nossos genes, à nossa formação cultural ou vivência geográfica. São intrínsecas ao nosso Ser (Espírito). Para esses fins, antes de tudo, devemos estar cientes da magnanimidade do Criador, que permaneceu no imo de cada criatura decaída apesar das escolhas altamente equivocadas destas. E com esses itens saberemos como servir a Ordem.
Quem se nos tornar o servo mais humilde da Ordem Suprema sobrepujará sem esforço os que se servem da desordem humana.
O ditado está errado ao dizer que é melhor ser caolho numa terra de cegos do que sê-lo numa terra de pessoas que veem plenamente com ambos os olhos. Não: É (infinitamente) melhor ser o menor numa hierarquia Ordem e Bela, 'situada' no Absoluto, do que ser o maior numa hierarquia desordenada e feia, presa ao relativo e constantemente se desfazendo e refazendo.
Fig.2: Do início das descobertas às sistematizações intelectuais sem fim e limitadas.
Desse intermédio desesperador, um mergulho na essência, através de uma forma mental
liberta das amarras das referências e estatísticas, do consenso das massas e dos conselhos
dos eruditos. Um mergulho na mais profunda metafísica, chegando à espiritualidade.
O Absoluto possui uma hierarquia igualitária e justa, cujos movimentos são intrínsecos, ordenados e jamais atritam entre si - dando uma ideia de estar completamente imóvel para nós, pobres criaturas presas no redemoinho vorticoso o relativo. É um tipo de movimento que inexiste em nosso universo. Para nós, uma ausência de movimento. Algo estático, parado, sem vida. Mas não o é. Muito pelo contrário: trata-se de um tipo de Dinâmica do Absoluto, cuja base é não-vibracional, feita de essência - e não existência.
À medida que grandes almas forem desfraldando, através de uma vivência contemplativa e psique progressista, essa realidade, via intuição, ficará cada vez mais claro o que de fato é um movimento situado fora da dimensão espaço-tempo. Ficará possível compreender como pudemos ser criados num dado 'instante' no Absoluto ('onde' inexiste a dimensão tempo característica da fase energia). Trata-se de um tempo universal, que serve de medida (se é que assim podemos dizê-lo) de todos os seres. Um tempo que não se baseia nos ritmos. Um tempo que a mente racional jamais irá compreender. Daí a necessidade de desenvolvermos a intuição...
Voltando aos itens essenciais. Quais são eles?
1º) Possui a capacidade de sintonização com fenômenos superpsíquicos;
2º) Ser grato a tudo que a vida lhe apresenta;
3º) Saber que no final tudo dará certo;
4º) Saber relacionar os fenômenos, saberes e seres mais díspares;
Como se vê, são 'itens' que não podem ser compradas nos sites de compra e venda. Para adquiri-las, apenas por via da conquista interior. Isto é, de nossos instintos e medos, cujo ápice resulta na subjugação de nosso eu pequeno pelo nosso Eu Superior.
Ser capaz de se sintonizar com ondas superpsíquicas está relacionado às constatações da Mecânica Quântica, que aponta para um emaranhamento quântico entre as partículas fundamentais e - também - entre todos seres e fenômenos nas escalas macroscópicas, passando pela humana e cósmica. No entanto, para a nossa parca razão analítica, apenas é possível perceber isso nas escalas reduzidíssimas (espaço e tempo de Planck). Esse entrelace afirma que é possível uma comunicação e materialização de partículas (constatado) e seres (ainda por se realizar) a partir de um campo informacional que permeia todo o universo. Nos Upanishads, esse campo foi batizado de campo akáshico.
Fig.3: O campo informacional são os resquícios (ou princípios) do S que interconectam todos os fenômenos
e seres no AS (e não do AS). Seria o substrato imaterial, não-local, na qual o alfa (= Espírito) da
Grande Equação da Substância 'opera' em nosso Universo decaído. É o campo no qual a consciência pura 'nada'.
Os antigos já o sabiam através de outras vias...
A gratidão, conforme dito algures, é uma via intermediária de valorização do Divino. Seu equivalente inferior é o pedir, isto é, usar o transcendente como um prestador de favores; e seu equivalente superior é o louvar, isto é, entrar em êxtase com a Perfeição Absoluta da Lei de Deus, indo além da gratidão pelas coisas terrenas através de uma imersão no Campo Divino, fazendo com o não vivamos mais - pois o Cristo Cósmico passa a viver em nós.
Saber que tudo dará certo (e que tudo é justo) representa uma fé amadurecida pelas experiências de vida. Significa a absorção integral de grandes princípios universais: a de que a Lei de Deus circunscreve o livre-arbítrio da criatura. E a de que "Deus escreve certo por linhas tortas". Ou seja, a Lei (S) atua em nosso Universo (AS) respeitando suas particularidades decaídas, adaptando-se a cada nível conforme as mais proeminentes teorias evolucionistas demandam. Esse sentimento dá um conforto imenso; uma segurança inviolável; uma coragem destemida; uma criatividade poderosa; e uma energia fora do comum. O ser não mais passa a ser refém das forças (ambientais, sociais, ideológicas) que o circunscrevem, mas senhor de seu destino, forjando os grandes contextos que serão seu meio de expressar suas mais sublimes potencialidades.
"Isso é muuuuuito bom.", digo eu em sala de aula após explicar esses excelsos conceitos, de modo um pouco mais popularizado, é claro.
Relacionar tudo é uma arte mais do que uma ciência. Quando jungimos conhecidos que possuem vibrações elevadas (porém distintas), estamos praticando a arte de jungir almas, preparando o terreno para uma comunhão futura. Quando estabelecemos analogias entre fenômenos, ou entre algo abstrato e concreto, estamos elaborando bases para uma nova ciência, pautada no pensamento sistêmico e embalada pelo senso de unidade na diversidade.
Quando unimos ideias, formando um novo campo conceitual - ou pessoas, formando novas possibilidades coletivas que intensificam potencialidades individuais - estamos realizando os pequenos saltos quânticos da evolução humana.
Quanto mais evoluído é o ser, maior o seu desejo de unificação. Isso não implica em suprimir as diferenças (=homogeneidade), mas sim valorizá-las e, através do exemplo e da ousadia inteligente, coordená-las na hierarquia cósmica, impulsionando o desejo do ser em evoluir. Isso é Salvação!
Deixo um vídeo do canal Poder do Eu Superior a respeito do campo quântico - arena na qual a Ordem do Absoluto digladia com a desordem do relativo. A vitória final será Daquele que tudo encampa: Deus. E isso será a nossa vitória também - e salvação.
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