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terça-feira, 12 de abril de 2022

Unindo relatos de EQM com a Metateoria da Queda

Acompanho um canal sobre EQM's (Experiências de Quase-Morte) desde o início do ano passado (aproximadamente). Fiquei conhecendo o canal - e os detalhes dessas experiências - graças a meu pai, que em seu tempo livre e condições razoavelmente decentes de aposentado, vasculha a internet em buscas de respostas para as Grandes Questões da existência. 

Já comentei sobre a relação entre a Metateoria de Pietro Ubaldi e as múltiplas descrições, singelas e ricas, dos relatos, num dado momento, aqui, dando um panorama geral do porquê precisamos captar as experiências de pessoas comuns com essa visão de mundo abrangente, que tudo afirma e nada nega, albergando em seu seio as mais disparatadas correntes filosóficas, religiões - e mesmo teorias científicas - de forma poética e criativa. Num segundo momento, elegi uma EQM - a mais marcante até o momento, juntamente com aquela que irei apresentar nesse ensaio - para estabelecer uma relação profunda com toda a cosmovisão monista. Essa foi a experiência de Lucas.

Há inúmeras outras experiências 'do outro lado' que mereceriam ser observadas com mais cuidado. No entanto o tempo é escasso e há questões supremas martelando a alma de quem escreve. O autor vive um momento de febre intensa, caracterizada por um ímpeto de ascensão manifestado numa criatividade intelectual assombrosa e uma capacidade de expressão crescente - e envolvente. Sente-se que a hora é chegada. Não há mais tempo para cálculos, planejamentos, burocracias ou contar com algum auxílio ou reconhecimento terreno. Aliás, a ausência de percepção dos outros é o que mais estimula o autor a ascender nessa jornada.

Abro um parênteses.

Ontem, conversando com colegas de trabalho, quem aqui escreve assistiu um turbilhão de ideias desordenadas advindas de uma pessoa. Pessoa que busca escapar de uma realidade para adentrar em outra - que segundo o sujeito será melhor. Mas observando como esse indivíduo enxerga a realidade, percebe-se de antemão que o problema não é tanto exterior - mas interior. Essa mesma pessoa alega acreditar em Deus, mas em seu quotidiano sente-se muito pouco Dele em seus atos. Há um receio em permear toda a sua razão, seus dias, seu discurso, com as maravilhas do Campo Divino. É sem dúvida (apenas) uma crença em Deus - não uma sapiência de Deus e de Sua Lei. E uma crença fraca, vacilante, que não admite a expansão da consciência.

Enquanto eu fazia esforços de tentar fazer a pessoa enxergar o porquê de sua (calamitosa) situação, inserindo em sua psique as grandes diretrizes universais, a pessoa simplesmente não era capaz de perceber o quão concreto eram todos aqueles conselhos. Parta essa criatura, o abstrato, o intangível, o Espírito, o Absoluto, são coisas distantes...que não podem ser trazidas numa conversa do 'mundo real'. Muito menos permear os atos das pessoas. E assim a pessoa continuará sua jornada, tendo de passar por sendas tortuosas, traiçoeiras e áridas até perceber qual a mecânica de funcionamento deste universo. 

Eis uma pessoa que crê. E ainda crê de forma frouxa e vacilante.

Aqui não se trata de condenar, mas apenas de constatar a triste realidade em que o mundo se colocou. Quem aqui escreve não acredita em Deus. Aqui quem escreve sabe que Deus existe - e É. 

Há uma diferença infinita entre crer e saber. É o passo definitivo que demarcará a fronteira entre o ser que está preparado para a ascensão vertical (interior) e aquele que está se refestelando na movimentação circular horizontal das necessidades. Este último se julga mais realista e possui a última verdade. Tornou absoluto o seu pequeno relativo - ao invés de enquadrar seu relativo no Absoluto. E devido a isso ignora quem está alinhado com o Alto.

Isso tudo foi captado ontem, de relampejo, reforçando a visão do autor a respeito de Deus, do Universo, do fenômeno evolutivo, da evolução interior e da Técnica Funcional da Lei de Deus. 

Fig.1: Esse livro delineia, de maneira geral, sem entrar em pormenores ou diagramas, 
como funciona a Lei Moral que rege as relações humanas em nível profundo. Ignorá-la é continuar
 semeando sofrimento para si mesmo. Isso eu vejo em tudo a todo momento.
Vendo em mim, agora me oriento para construir no longuíssimo prazo. 
Pois como disse o Excelso Rabi, 
"quem perder sua vida para Mim salvá-la-á, mas quem quiser salvar sua vida perdê-la-á."

Voltemos ao que interessa - pois o mundo está imerso em trevas e merece atenção quem segue esse turbilhão de sentimentos pautados por uma diretriz de grandiloquentes pensamentos.  

Primeiro: é preciso compreender que todo o relato da Laura está enquadrado na Metateoria da Queda, sendo esta o elemento diretor que irá nos auxiliar a perceber o que ela está querendo dizer. O entrevistador, o físico Carlos, num dado momento confessa que toda aquela visão esboçada pela Laura é 'um pouco complicada'. Isso é natural para quem não leu, estudou e viveu (parcialmente) a Obra de Ubaldi - que nada mais é a expressão do Campo Divino em nosso mundo. O autor tentou entrar em contato com o físico, dizendo que a chave de grandes mistérios (para ele) estariam contidos na obra ubaldiana, tendo como elemento de apoio os livros básicos das correntes espiritualistas evolucionistas e da Bíblia. No entanto, devido à dificuldade de compreensão, não foi possível compreender o quão preciosa era aquela tentativa de unificação, estabelecendo uma relação profunda entre relatos e teoria geral. Mas isso não impede que o autor aqui faça uso do belo trabalho sendo feito - a compilação de diversas experiências que apontam para a sobrevivência da consciência após a morte orgânica - para reforças essa visão que tudo e a todos abrange em seu seio. 

Abaixo temos o diagrama gráfico do livro Queda e Salvação, que mostra a plenitude do Sistema (S), simbolizado pelo triângulo vermelho, e a do Anti-Sistema (AS), simbolizado pelo outro triângulo, verde. Quando se fala em Evolução, deve-se haver um transubstanciação do Ser, isto é, transformação em em sentido interior (= dimensão vertical na figura), em termos de superação de uma realidade através da expansão da consciência. Quando observa-se evolução (orgânica, das formas), percebemos transformações de aparências - mas não de essência. Nada no entanto nos permite desconectar completamente o movimento horizontal do vertical. Pois o segundo é pré-requisito (=dores, desilusões, traições, etc.) para que seja iniciado um movimento no primeiro (=aumento de paz, de percepção, de discernimento, de ousadia, de inteligência, etc.).

Por isso eu disse ao colega de trabalho que apenas a dor irá fazê-lo perceber uma realidade mais profunda. 

Fig.2: Diagrama gráfico Queda e Salvação do livro de mesmo título (Pietro Ubaldi).

Segundo: não basta assistir (no YouTube) e ler (aqui) e compreender mentalmente. É imperativo começar você próprio o movimento! À sua maneira e com ritmo todo seu, único. É mister continuar relacionando, a seu modo, essa visão de mundo, percebendo que tem a ver como todas suas angústias, com seus ímpetos criativos, com seus gozos e desejos e psique; com suas emoções; com a História das civilizações; com seu colapso; com sua perpetuação através de outras vias; com amor, com sexo e com arte; com lógica computacional e fenômenos da natureza; com o ímpeto de reconhecimento e com sede de vivência mais profunda. É preciso sentir tudo isso para que esse ensaio, essas experiências e esse Pensamento Diretor possam de fato fazer parte de nossas vidas. 

Dito isso podemos continuar.

A primeira parte aborda direto a questão da lei de causa e efeito. O mal que fazemos aos outros na verdade fazemos a nós mesmos - e o mesmo vale para o bem. Só que o ser humano, com seu limitado grau de consciência, mesmo que afirme isso por vago senso de verdade, não dirige sua vida baseado nesses preceitos, pois não consegue sentir essa realidade em sua vida - e na vida dos outros. 

EQM – Nós criamos o nosso mal  

A questão é simples, porém exige uma maior percepção da Lei. A lei da ação e reação é um aspecto superficial dessa grande lei (de causa e efeito), que inclusive é um dos Sete Princípios Herméticos

O que ocorre é o seguinte: o campo moral - um plano superior. não-local, atemporal e intangível - é a arena em que ocorre a gênese e o desenvolvimento dos pensamentos de cada ser desse universo. Uma vez materializados em atos, essas ações acabam por trazer efeitos imediatos (visíveis), geralmente de acordo com aquele que os lançou. No entanto, a manifestação desse pensamento - animado por uma intenção, boa ou má - não para por aí: ela retorna para o campo moral em começa a se desdobrar numa série de efeitos concatenados, elaborando uma segunda reação que irá recair sobre o ser iniciou todo o processo. Nesse movimento - que ocorre numa não-localidade, o Campo Akáshico - há uma elaboração de consequências magistralmente orquestradas, cujo efeito final (materializado) irá recair não sobre quem recebeu os efeitos do primeiro ato, mas os efeitos (efetivos, poderosos e inexoráveis) dum segundo momento.

Para quem deseja se aprofundar no akasha, recomendo o vídeo do formidável canal Poder do Eu Superior, sobre Arquivos Akáshicos - fonte ilimitada de conhecimento.

Então, em suma, a relação entre o ato primordial, lançado por nós, e o efeito final e definitivo, recebido por nós também, é

1º) Não-linear;

Não linear refere-se a todas as estruturas que não apresentam um único sentido. Estrutura que apresenta múltiplos caminhos e destinos, desencadeando em múltiplos finais.
Fonte: [1]

Ou seja, não é simples ação-reação, mas ação que desencadeia uma multiplicidade de reações, não apenas no campo local, mas que se espraiam de forma inteligente no campo não-local - verdadeiro âmbito de dinamismo do Espírito. E cuja reação final, definitiva, que ficará marcada no imo do ser que causou, será manifestada na vida.

2º) Vem em outro ritmo;

movimento regular e periódico no curso de qualquer processo; cadência. 
"r. das ondas"
Fonte: [Google]

Ou seja, não segue a mesma cadência que a animou, mas adquire cadências diferenciadas, conforme a onda de manifestação dos efeitos, que estão sujeitos ao sábio determinismo da Lei. 

3º) Retorna através de outra(s) pessoa(s) em outro(s) momento(s);

Em outras palavras, pode vir através de um gesto de um terceiro, às vezes desconhecido no momento do ato causador. Ou via uma circunstância favorável ou não - que o ser constróis para si mesmo através de estímulos advindos de sua alma, sugestionados pela Lei. Estímulos que contém pitadas desses efeitos e que estão arquitetando silenciosamente, com muita maestria e elegância, o efeito final.   

4°) E também, de outra(s) forma(s).

O que significa que a as consequências finais (e fatais) não serão necessariamente de mesma espécie em seu aspecto sensório - porém sim em seu aspecto substancial. Por exemplo: se alguém agride fisicamente outra pessoa, caso haja perdão por parte do agredido, o segundo sofrerá o efeito da lei através de sua própria consciência, que o atormentará a afetará uma série de decisões subsequentes, causando equívocos no serviço, desentendimento nas relações, entre outros fatores bem concretos e sérios. 

Além disso, nessa primeira parte o processo reencarnatório é explicado como uma elaboração do organismo biofísico pelo Espírito - e de outras forças - que precede em muito o momento de concepção. Essa construção ideoplástica necessita de uma sintonização entre os genes dos, o meio em que irá se reencarnar o ser, além de uma relação preestabelecida com os espíritos que irão conviver carnalmente com o ser. O objetivo em geral é uma expiação (=reparação de um mal causado) ou uma prova (=teste para ver se um vício foi superado, dando lugar a uma virtude), em casos mais elevados, há uma missão (=tarefa de grande magnitude espiritual que visa manifestar no meio um aspecto da divindade...para quem tem 'olhos' para 'ver'). Essa missão pode ir do grau mais simples (ex.: cuidar de um parente que se torna deficiente) até o grau mais elevado (ex.: trazer ao mundo uma nova teoria, nova forma de amar,um novo invento, uma nova arte, um novo método, um novo pensamento, uma nova forma de viver ou expressar-se, um movimento social, entre outras).

A Laura atingiu a visão sistêmica, que percebe que tudo é interconectado, desde o nível material até o espiritual. E de que a evolução ocorre por (1º) diferenciação das unidades componentes de um sistema, que se expressa por especialização de habilidades, saberes, vivências e narrativas; e num momento subsequente (2º) por reorganização desse caldo de células especializadas (singulares, únicas!) através da elaboração de uma nova unidade coletiva - que em Ciência Sistêmica é conhecido como auto-organização

Outro ponto interessante tocado por ela foi a de que emanamos de Deus ("somos centelhas que partimos daquela Vida", em suas palavras). Somos, pois, deuses, como o Excelso Rabi nos informou há dois mil anos. Pois fomos criados à Sua Imagem e Semelhança.

Porém isso não significa que sejamos da mesma potência (=poder) de Deus, possuindo ciência absoluta (onisciência), mas de mesma natureza Divina. É nesse precioso conceito que está contido o fenômeno de Queda Espiritual, tão bem descrito por Ubaldi e esmiuçada por Gilson Freire. 

Para a Laura faltou apenas perceber o porquê dessa queda (que ela vê como um processo natural, mas de fato foi um processo antinatural, que gerou essa bolha de espaço-tempo na qual nos arrastamos há 13,8 bilhões de anos, em meio a sanguinolentas lutas e dores). Mas isso não é um mal irremediável, pois o S permaneceu no AS em seu aspecto Imanente. Então, como Gilson fala, nós somos um câncer no Seio da Eternidade. Mas um câncer que será completamente curado, restabelecendo seu estado original de Filhos do Altíssimo. 

Mas a cura que o S opera no AS não é o tipo de cura que há em nosso orbe, que envolve eliminação física ou extração do mal alojado no ser. A cura que o S perfaz em nosso Universo se dá através da reabsorção do mal, através de um transformismo evolutivo incessante regido por leis que delineiam suas trajetórias. É uma cura que restabelece a substância a seu estado original. Essa cura se dá através da esteira do tempo, pautado pelos diversos níveis evolutivos - e consequentes graus de organização. 

A cura do S tem a ver com A Arte de Curar pelo Espírito, de Joel Goldsmith.


Um último ponto (para não me delongar) é quanto à questão da frequência. A entrevistada acertadamente fala que a Terra está se passando por uma mudança de frequência, e que os seres aptos a viver nessa Nova Terra devem ter um grau mínimo de frequência - caso contrário não será possível a sua manifestação nesse orbe mais, o que implica na impossibilidade de se reencarnarem neste mundo. 

Quando ela diz "frequência mais elevada" não devemos traduzir isso por um maior grau de ciclos por minuto das ondas de matéria, de energia ou mesmo pensamento, e sim como uma redução dessa frequência energética - que expressa a elevação do grau de consciência do ser decaído. Ou seja, a amplitude da vibração decresce, juntamente com a frequência (=grau de agitação da substância) e a massa (= possibilidade de expressão pontual, na matéria). E o comprimento de onda tende ao infinito. Junte tudo isso e ter-se-á a "onda" da consciência, que é uma não-onda do ponto de vista do AS (ou da imensa maioria dos seres humanos), pois não se trata de algo vibracional, porém intrínseco, como Maurício Crispim tão bem explica em seus cursos. Numa palestra de 2015 sobre a consciência ele explica muito bem toda essa diferenciação entre o Universo Divino (Absoluto, Eterno, Infinito e Perfeito) e o nosso universo (relativo, temporal, finito e em evolução...portanto imperfeito). 

É claro que se melhorar - ou evoluir - significa frequência "mais elevada". Mas isso não significa que o ritmo de agitação medido pelos nossos instrumentos (e percepções integradas corpo-mente-alma, que é a trindade do ser enquanto no AS) é maior (maior frequência, ou ciclos por minuto).

Não se trata de erro, mas apenas de uma falta de formalização. E por que isso é importante?, alguém pode se perguntar, pois o que importa é sermos bons. Porque se não formos capazes de unir as preciosas teorias da ciência com a gloriosa metodologia do espírito, não haverá uma unidade do ser. Não se trata de complicar, mas de integrar para unificar; de unificar para ascender; de ascender para retornar ao Regaço do Pai. 

No livro A Física do Espírito (p.411), o Dr. Gilson Freire - após formular sua equação da consciência (que vocês podem assistir no início desse vídeo dele, sobre Física Quântica e Espiritualidade, aqui), ou, para quem capta na hora porque já está vibrando nos altiplanos do Espírito, vê-la na figura 3 - fala algo muito interessante que esclarece sobremaneira essa dúvida inquietante que jazia em minha alma.

"Considerar que a consciência em seu estado de origem tem oscilação zero nos leva a deduzir que a evolução está nos conduzindo à redução e não ao aumento de frequência das energias que nos servem. Essa simples constatação parece chocar com afirmações de diversas escolas espiritualistas que nos ensinam que o Espírito superior estaria dotado de uma altíssima frequência. Acreditamos que se trata de uma simples alusão ao poder espiritual e não propriamente à frequência energética do Ser. Tais assertivas partem do errôneo pressuposto de que as energias de alta vibração são poderosas, ao contrário daquelas de baixa oscilação. Recordemos, não obstante, que as ondas de frequência elevada são capazes de atuar como dardos físicos, pelo alto grau de materialidade que possuem - como as radiações nucleares e os raios X e as ondas ultravioleta, que são de curto alcance e grande poder de interferir na matéria. Já as ondas longas são capazes de atingir enormes distâncias, por isso usadas nas comunicações radiofônicas, detendo menor capacidade de interagir com estruturas físicas."

A Física do Espírito, pag. 411. (grifos meus)


Fig.3: A equação da matéria e da energia (descobertas e aceitas pela nossa ciência) jungidas à equação da consciência,
elaborada por Gilson Freire, que acredito que se tornará uma equação oficial nas próximas décadas. 
Através dessas formulações, percebe-se que o denominador comum entre matéria, energia e Espírito é 
a frequência de vibração da substância divina. 

Como a ciência nos explica, um maior grau de frequência implica em mais concretude física ou irradiação dinâmica - mas menor consciência. Isso também pode ser constatado pela ciência ao observarmos sem muito esforço de que as ondas de altíssima frequência (ex.: gravitacionais, raios X e gama) são aquelas que mais influenciam a matéria, pois seu grau de 'materialidade' é muito alto, como podemos ver com a gravitação, que exerce sobremaneira influência sobre a matéria; enquanto as ondas de baixa frequência, como as eletromagnéticas, tem difícil poder de penetração na matéria, exercendo pequena influência - exceto nos casos mais sutis, como a gênese da vida, quando a matéria se sutiliza através de elementos relativamente leves, maleáveis e flexíveis, aliadas às ondas degradadas (eletricidade). 

Há ainda mais uma evidência de que estamos muito mais interessados na diminuição da frequência do que em seu aumento: as definições indicam que as ondas de menor frequência estão associadas ao estado de meditação profunda ou inspiração e relaxamento (ondas alfa e theta entre 3,5 e 13Hz), ao passo que o nosso estado normal (ondas beta, 13 a 33 Hz) se relaciona ao estado de ansiedade, estresse e pânico - algo que eu pude sentir ao conversar com colegas (de trabalho) que não compreendem o que quero dizer...especialmente quando chego ao cerne de suas inquietações.

Há no entanto, na mesma fonte, a descrição geral das ondas gama (25 a 100 Hz...parece haver uma região de transição entre cada nível), que está associada a tarefas que demandam alto poder cognitivo. Repasso a descrição da fonte na íntegra.

"As ondas Gama (ou Gamma) possuem a maior onda de frequência, numa vibração extremamente rápida. A ciência ainda não tem muito a dizer sobre esse tipo de onda, já que não é tão comum captá-las nos eletroencefalogramas.

Essa frequência de onda está associada a tarefas que demandam alto poder cognitivo, aprendizagem, memória, capacidade de registrar informações, percepções pessoais e sentidos (processamento de estímulos auditivos, táteis e visuais). Indivíduos com problemas mentais ou de aprendizagem geralmente apresentam atividades em ondas Gama abaixo da média das pessoas.

Esse tipo de onda apresenta picos elevados em estados de felicidade intensa. Estudos também têm demonstrado que, na meditação budista, as ondas Gama promovem um estado de gentileza e de amor profundo por todos os seres."

 (grifos meus)

Nesse ponto alguém pode afirmar: "Ahá! Então a ascensão está associada a um estado maior de frequência energética." 

Eu, no entanto, apesar de não negar os fatos (que são evidentes e chancelados pela ciência), acredito que a questão tem muito mais a ver com outras coisas. Não irei esmiuçar aqui o que tenho em minha alma, mas vou esboçar em linhas gerais como vejo a coisa.

Acredito que essa maior frequência tem a ver com uma intensificação das ondas beta que, ao contrário de aumentar a magnitude do estresse e da ansiedade, transforma esse dinamismo oriundo de desespero e falta de percepção em energia psíquica capaz de trabalhar com novos conceitos, ideias. E sentir de modo mais intensa. Cenas de filmes e séries tem mais impacto, inspiram o ser e o fazem chorar e se emocionar; a música elevada toca o imo do ser, que acaba encontrando inusitadas relações; há uma coragem irrefreável que permite ao ser concretizar o que todos julgam irrealizável. É intensificando a pequena loucura, fragmentada e em conflito com a paz das ondas alfa e theta, que se chega à "loucura plena", que transcende essa transição (ondas beta) para operar num nível de criatividade absurdamente alto. 

E para compensar esse alto desgaste energético (pois de acordo com a Fig. 3 o aumento de frequência aumenta o desgaste de energia, gerando cansaço) o ser altamente inspirado, criativo e sensitivo deve se alimentar bem e dormir bem. Além de ter uma enorme facilidade em adormecer, sendo inexistente insônia. Ele dorme um sono profundo, restaurador, para atuar na matéria preenchido de Espírito

Eu acredito que minha forma de operar nesse mundo se encaixa perfeitamente na descrição anterior (último e penúltimo parágrafo).

EQM – Enfrente o mundo 

Na segunda parte o ponto alto diz respeito à manipulação da matéria. Para realizar isso deve-se ter um conhecimento dos princípios da Mecânica Quântica, que atesta que é possível colapsar a função onda - isto é, tornar algo irreal, que "flutua" no campo akáshico, não-local, que é a interface entre o Plano Divino e o nosso universo espaço-tempo não-local, em algo concreto, perceptível a nós ou nossos instrumentos. Mas apenas quem atingiu um alto grau de depuração pode realizar essa manipulação no nível macroscópico, como Cristo fez ao multiplicar os cinco pães e os dois peixes para a multidão de cinco mil. Essas questões ficarão cada vez mais evidentes à medida que a ciência avançar em suas perquirições.   

O "transmitir com o olhar" também é interessantíssimo, pois nos remete ao entrelaçamento (ou emaranhamento) quântico, que ocorre quando

"duas partículas estão conectadas de forma a instantaneamente compartilharem seus estados físicos —, não importando quão grande seja a distância que as separa."

Fig.4: Conexão no mundo subatômico através do Campo-A (Akáshico). Informação que conecta partículas.
A transmissão de um pensamento gerando unidade entre os pólos do ser.

Tudo indica que um grau de evolução suficientemente elevado permite aos seres estabelecer - mesmo que de modo inconsciente - essa comunicação telepática, independente do campo espaço-tempo. Isso é um poder ainda desconhecido mas que já está sendo revelado por vários relatos fantásticos de vidas sensíveis. 

No momento do perigo (iminência do afogamento), toda a intuição de como se organizar e atuar durante o período de risco vêm à tona, sem necessidade de nenhuma aula de Mecânica dos Fluídos (uso de movimentos verticais alternados para permitir a respiração de todos, sentindo a relação entre empuxo, peso específico e volumes de corpos submersos) ou de Dinâmica (impulsos intermitentes ao bater no fundo, imprimindo momenum na horizontal para se aproximar da borda do rio).

A "ampliação da consciência", que ocorre quando se passa de um plano (que Laura chama de "dimensão") a outro, trata justamente da questão de sutilização momentânea do ser quando no plano extrafísico. Plano pertencente ao AS, portanto com forma e matéria - apesar desta ser diáfana - mas muito mais agradável aos espíritos que atingiram um grau de evolução que permite "desfrutar" de uma paz temporária nessas colônias. 

Quando o Carlos apresenta dúvidas quanto à criação das dimensões, fico imaginando o quão alegre ele ficaria se tivesse lido, estudado e vivenciado (só um pouquinho) dos grandes conceitos apresentados na obra de Ubaldi. 

Com A Grande Síntese, Deus e Universo, O Sistema e Queda e Salvação, fica explicada toda a fenomenologia universal, em linhas gerais, de maneira lógica, clara e coerente, numa linguagem cálida e poética, que toca o imo da criatura decaída - e sedenta por revelações. 

Trata-se de compreender como foi nossa Criação Original (no S), que ninguém é capaz de explicar por se situar fora da arena do relativo, que nos alberga. E por que havia possibilidade da Queda Espiritual. Além disso, não podemos nos esquecer de que a estrutura de nosso universo se baseou (às avessas) na arquitetura do Universo Divino - pois não é possível criar algo diferente do Todo, mas apenas oposto a Ele.

Acredito que um dia ele chegará a essa visão. 

Mas continuo batendo na tecla: as pessoas possuem grande medo em falar em erro da criatura, ou queda, porque desejamos uma causa leve, que nos tranquilize e nos permita não remexermos em nossos traumas mais profundos. Eu no entanto sou da escola de Gilson Freire, estudioso de Ubaldi, que afirma que caímos e agora estamos nos reerguendo através da estrada da dor. Dor que diminui à medida que tomamos conhecimento da Lei e da necessidade de saber sofrer (nas palavras de Rohden).

Vamos à última parte (senão nunca terminarei o ensaio).

EQM – O medo é a fé ao contrário

A última parte trata da questão do livre-arbítrio e do determinismo. Nessa parte a Laura explica ao Carlos que tudo que está acontecendo aqui não foi escolha nossa. No entanto essa afirmação se baseia (inconscientemente) no fato de que a Lei sabe qual é a natureza de um conjunto de seres de grau de consciência relativamente baixo, e portanto não poderia ser evitada por nós. No entanto há uma armadilha aí - que ambos não perceberam.

O fato de uma criatura ser ignorante - como o ser humano em seu estágio atual, em termos de média planetária - não significa que ela esteja isenta de sofrer as consequências de seus atos. A criança desconhece o fogo, mas se machuca ao encostar nele; ela desconhece as forças gravitacionais, mas cai quando escorrega pela janela; ela desconhece a incapacidade de respirar embaixo d'água, mas não deixa de se afogar se cair numa piscina; etc. Um adulto inteligente e culto - porém ignorante dos princípios gerais - é como um infante que não sabe usar suas ferramentas (intelecto) para atingir um estado de felicidade mais duradouro e sustentável. Mas, ao contrário de uma criança, por possuir livre-arbítrio em seu estágio evolutivo (=capacidade de pensar), ele se torna responsável por seus atos. 

Responsabilidade.

Trata também sobre a preparação de um outro planeta (inferior) que deverá albergar as almas que não atingiram a "nota de corte" nesse período em que vivemos. Ou seja, não foram capazes de quitar suas dívidas mais pesadas e persistiram no caminho emborcado. Serão removidos, sofrendo uma queda planetária que será salutar para sua evolução. O autor está se esforçando para obter a nota de corte para permanecer nesse mundo. 

Há outras questões de suma importância. Estas serão abordadas futuramente, pois cada ponto levantada pela entrevistada exigem verdadeiras contemplações pelo espírito e análises da mente. 

Foi uma EQM (ou melhor, EQV) muito interessante. 

Assistam com uma perspectiva monista - uma oniperspectiva.

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