O que
acontece conosco é resultado de nossa natureza. É ela que conduz
nossos pensamentos. Estes por sua vez nos levam a considerar certas
possibilidades. Pela mesma razão um mesmo acontecimento mundial é
visto e sentido de maneira diferente. Existe um sistema de crenças
interno que nos leva a ter uma opinião x, y ou z (ou mais) sobre um
evento. Não poderia ser diferente.
É como uma ferrovia. Os caminhos a escolher são muitos. Mas uma vez dado um impulso (escolha da via), devemos enfrentar o caminho (nos conduzir) até a exaustão dos efeitos. |
Imaginem
só. Cada ser humano tem sua história. São anos e anos de
experiências diferentes, passando por ambientes diferentes. E cada
experiência, aliada à sua personalidade, conduzirá a um conceito
particular sobre religião, sociedade, economia, política, ciência,
ensino, relacionamentos, amizades, família, meio ambiente, sexo,
amor e etc. Pontos de vista diversos vão sendo formados a todo
momento.
A partir
de um ponto, com número suficiente de experiências, a pessoa
solidifica um conjunto de valores, que constituirá o âmago de sua
personalidade. Dificilmente ela voltará atrás em algumas idéias -
solidamente enraizadas em sua mente. Isso devido a experiências
intensas (no amor, na política, na escola, no trabalho,...).
Às vezes
duas pessoas não chegam a um acordo porque em cima das mesmas
palavras existe uma interpretação completamente diversa. Por
exemplo, uma moça que quando menina sofreu estupro repetidas vezes
provavelmente deve associar a palavra "sexo" a algo
doloroso, sofrível, enquanto que uma moça que nunca passou por tal
experiência, foi bem criada e conheceu uma pessoa muito legal e
sincera - tendo uma experiência boa na cama - deverá ter outras
partes do seu cérebro acionadas quando a mesma palavra for dita.
Duas
histórias, duas personalidades, dois conceitos.
Do mesmo
fenômeno.
Tudo
depende do momento, do modo de introdução e do passado da pessoa.
Isso pode ser expandido para a humanidade como um todo. Partindo
dessa premissa podemos compreender porque cada um age de um jeito, se
filia a uma corrente de pensamento e consequentemente age de modo
diverso.
O destino
de alguém é produto de sua personalidade. Sua forma mental é
responsável - em grande parte - por lançar o indivíduo numa
trajetória, com suas respectivas conseqüências. No momento em que
a humanidade se der conta desse fenômeno, primeiro crendo pelo
sentimento e depois sabendo sua mecânica, tudo passará a ser
compreendido em sua essência. Isso naturalmente conduzirá a pessoa
a um estado de paciência perante muitos problemas, que por sua vez
dará uma visão menos nebulosa de tudo, permitindo conduzir a vida
inteligentemente.
Quem faz
nosso destino - em sua essência - somos nós.
A questão
é: quando iremos nos conscientizar disso?
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