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quinta-feira, 28 de maio de 2015

CHEGAR AO CRISTO CONSCIENTEMENTE

Por anos a humanidade está fazendo esforços titânicos em atingir a libertação por meio da Verdade Libertadora (Evangelho de João), proferida por Jesus, o Cristo, há cerca de 2.000 anos. Mas desde o século IV, quando o Poder político, militar e econômico foi dado àqueles que difundiam a mensagem de Cristo - que tem a mesma essência da Bhagavad Gita e do Tao Te Ching, os livros Sacros do Oriente - a Verdade Cósmica ficou encoberta pelo Poder Sedutor.

Após 16 séculos adentramos no terceiro milênio.

Revoluções científicas.
Revoluções políticas.
Revoluções industriais.
Revoluções tecnológicas.
Revoluções mercadológicas...

Evoluímos sempre por meio da dor.
E poucos seres souberam compreender o significado dessa dor e sua causa.

"Eu e o Pai somos um. O Pai está em mim e eu estou no Pai. 
Mas o Pai é maior do que eu." 
(Jesus de Nazaré)

O Profeta de Nazaré. Verdades paradoxais somente
compreendidas após uma experiência mística.
Isso é concepção monista do mundo. Deus está em tudo e em todos. Mas Ele é mais do que a soma de todos nós. Nós seres humanos somos potencialmente crísticos por natureza. Basta nos conscientizarmos disso por meio de uma vivência intensa e sincera.

Não me arrependo de nada que sofri. 
Pois meu sofrer me levou ao meu conhecer.
E meu conhecer me entregou ao meu saber.

Me arrependo do pouco que fiz.
Mas sempre podemos fazer.
Mas antes de fazer devemos Ser.
E para Ser devemos compreender.

Em quase 30 anos nunca me interessei pelos Além, pelo Infinito, pelo Eterno, pelo imponderável.
Aos 26 anos lia e ouvia sobre o Cristo, mas pouco me comovia.

De lá para cá, muita coisa aconteceu.
Mas jamais me converti a uma igreja,
Nem realizei um curso,
Nem estudei o que desconhecia...

Apenas ardi e pensei e chorei e sangrei.
E uma mensagem veio em forma de papel.
Pietro Ubaldi e Huberto Rohden.

Com eles cheguei a Gandhi, Pascal, Einstein e Tolstoi.
E depois a outros e mais outros.

Leitura assimilada, refletida, sentida e vivida.

A maestria das palavras à serviço do espírito.

Ubaldi e Rohden realizaram a melhor degradação Conceito -> Palavra que jamais vi.
Degradação porque quando descrevemos uma experiência mística em vocábulos humanos, sempre degradamos a mensagem do Alto.

Elevaram tanto a palavra, quanto a teoria, quanto a poesia ao patamar máximo, chegando mais perto do Espírito.

Sua vivência espiritual integral é sublime.
Tão fantástica que foi capaz de imprimir uma potência ímpar a cada relato, palavra e explicação.

E com isso li o Evangelho e inicio o Novo Testamento.
Mais tarde lerei a Baghavad Gita e o Tao Te Ching.

E agora, em 4 anos, vendo grandes épicos da década de 50 e 60 como Ben-Hur e o Rei dos Reis, choro inexplicavelmente ao ver a representação do Nazareno, que tanto sabia da Vida que não necessitou escrever ou passar uma teoria ou receita.

Choro mas adoro, porque tudo que é Belo causa um misto de assombro e fascinação.

É um choro mais feliz do que as horrorosas gargalhadas infelizes que expeli ao longo dos anos passados.

Imensa era minha ignorância feliz ontem !
Enorme é a consciência de minha ignorância infeliz hoje !

Mas como me sinto tão melhor tendo diante de um deserto aparentemente invencível?
Por que me sinto repleto de paz na minha solidão de parcos recursos?
Por que me desprendi de tantas coisas?
Não foi isso que a sociedade me ensinou...

Mas talvez esses ensinamentos tenham sido sinceramente inconscientes.
Ensinamentos sem orientação.
Ensinamentos que não eram ensinamentos...

Oh futuro incerto !
Oh possibilidades loucas !
Oh vontade vulcânica !
Oh jornada solitária !

Mas eis que encontro alguém que procura ser Alguém - como eu.
E minha jornada solitária passa a ser uma jornada Solitária potente.

Porque ambos estamos orientados para o Infinito de mãos dadas.
Nos alimentamos do Mais e trocamos experiências e idéias no nosso finito.

É uma escalada sem fim.

E eis que começo a me aproximar do Cristo interno conscientemente. Busco o que falaram que deve ser buscado sem imposição, mas sim permeado de convicção. E com isso as palavras são internalizadas e as experiências são buscadas.

Querer o dever é sublime.

E devo buscar isso em todas esferas da vida.
É o imperativo categórico de Kant.

Há muito a sentir.
Há muito a viver.
Há muito a descobrir.
Há muito a fazer.



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