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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Espaço, tempo e consciência

Não há praticamente nada sendo escrito sobre Física Clássica. No sentido de pesquisa, descobertas, quero dizer. Porque tudo nesse campo, pautado num paradigma (racional, indutivo, analítico), já foi desvendado, equacionado, sistematizado. Em suma, esse é um nicho do conhecimento que já está consolidado. 

Já chegamos à Lua baseado na Lei da Gravitação Universal e nas Leis do Movimento. Já construímos máquinas incríveis baseado nas Leis da Conservação (de massa, de energia, da entropia, da quantidade de movimento, do momento angular, da difusão,...). Já construímos tecnologias baseados nas Leis de Maxwell. Já fizemos muitas coisas baseado naquilo que compreendemos, definimos, sistematizamos e equacionamos. 

Compreender leva a definir, que leva a sistematizar, que por fim leva a equacionar e aplicar.

Mas e aquilo que nem sequer compreendemos, como consciência?

Há muita coisa sendo dita a respeito da consciência. Diversas obras são publicadas todo ano, alegando novas descobertas, novas definições e perspectivas a respeito do que significa esse termo. É algo muito falado e muito buscado - porque não se sabe muito.

Talvez seja interessante, para que haja um amadurecimento conjunto (eu e você), possamos recorrer a uma frase do livro O Sistema, de Pietro Ubaldi.

Fig.1: A matéria se auto-elabora. Nela reside o princípio - mas ela não é a essência da realidade, apenas manifestação bruta.
O espírito está matéria - a matéria será espiritualizada. Mas ambos possuem um denominador comum: a substância. 

Leia uma, duas, três, vinte vezes. Pense a respeito. O que está sendo dito? O que significa essa idea? É assim que começamos a adentrar no reino da consciência: observando o fenômeno evolutivo.

Diz-nos Sua Voz em A Grande Síntese, que a dimensão característica do infinito é a evolução.

"A dimensão infinita, que compreende todas as menores, é precisamente a evolução. Assim como cada fase tem sua dimensão, o infinito também tem a sua, e a dimensão do infinito é a evolução." 
AGS, Cap. 36: Gênese do Espaço e do Tempo  

A dimensão do infinito é a evolução significa que nós podemos 'medir' o infinito através do fenômeno conhecido como evolução. É nesse transformismo incessante das formas que se encontra o mistério do Absoluto. E a consciência é o fator que coordena esse processo no universo. 

Precisamos compreender antes que a evolução é algo que perpassa todas dimensões que conhecemos. Como um fio-mestre que atravessa todos os tecidos conhecidos - e ainda desconhecidos - por nós, dando ritmo a cada dimensão. 

"Aparece uma nova manifestação dimensional; algo se acrescenta ao espaço; uma superelevação dimensional (a quarta dimensão que procurais), mas num sistema diferente: a trindade seguinte. Esta nova dimensão, a primeira da série sucessiva, é o tempo. A unidade máxima dimensional precedente é tomada, na passagem à seguinte, por um novo e mais intenso movimento, mas sempre em direções novas e diferentes, cada uma própria de seu sistema (espacial, conceptual etc.), numa aceleração de ritmo que é exatamente o processo no qual consiste a evolução." 
AGS, Idem (grifos meus)

Nesse trecho está sendo descrita a passagem do espaço - uma tríade dimensional completa, composta de linha, superfície e volume - para o tempo, primeira dimensão de um novo sistema ternário. Então podemos dizer que o espaço é a dimensão pontual (germe) de uma nova tríade dimensional: a tríade conceptual.

Assim como o ponto sintetiza o todo do sistema trino anterior ao espacial, o espaço sintetiza o todo das três dimensões características da matéria, e é germe (ponto) do novo sistema trino, cuja primeira dimensão é o tempo.

Percebe? O tempo é a primeira dimensão da trindade conceptual. O tempo já é uma forma de consciência (que em AGS é denominada consciência linear). Já o que denominamos consciência seria a consciência de superfície

Linear em analogia à linha (1D) do sistema espacial.
Superfície em analogia à superfície (2D) do sistema espacial.

Não é à toa que os estudiosos (formais e informais) estão descobrindo que o tempo está intimamente relacionado à consciência. 

É muito importante ter essa informação clara na sua mente.

Agora vou lançar uma outra referência, distinta, que provavelmente jamais ouviu falar em Ubaldi:

"Space. Time. We readily understand the three dimensions of a cube, say, front-to-back, side-to-side, top-to-bottom. We look out and we see shapes and colors and signs everywhere. We see things to horizons in all directions, but time?

Time is something completely different. We really only have NOW; but we also remember and we plan. So we say that time has a duration, past memories, present moment towards an uncertain future. But that’s different from the solidity we assign to spatial objects.

Yet with all their profound differences, we know that space and time interact, and noticeably so as velocity approaches light speed."

Fonte: [1] (grifos meus)

O tempo é algo completamente diferente (do espaço), segundo o autor. Ele não possui a mesma solidez com que associamos aos objetos materiais. Apesar disso, eles (espaço e tempo) interagem - como Einstein tão bem formulou e demonstrou em sua Teoria da Relatividade Geral. Vejamos o que Sua Voz diz a respeito disso:

"Não se tem α→β→γ de um lado e, depois, γ→β→α de outro; mas, em todos os lugares e a cada momento, o todo existe concomitante numa fase dessa transformação, de modo que o absoluto não se divide, mas se encontra sempre todo a si mesmo no relativo."
AGS, Cap. 11: XI. Unidade de Princípio no Funcionamento do Universo (grifos meus)

Matéria, energia e espírito estão em todos lugares e interagem em todos momentos. No micro e no macro. O mesmo podemos dizer de suas dimensões características, espaço, energia e consciência. Se trata de uma unidade trina. 

"O princípio da trindade da substância, que vos expus, é universal e único; poderá pulverizar-se numa série infinita de efeitos e de casos particulares, mas ele permanece, e o encontrareis em toda parte, em sua forma estática de individuação α, β e γ ou em sua forma dinâmica de transformismo, que segue o caminho ...γ→β→α..." 
AGS, Idem (grifos meus)

Sendo universal, podemos encontrá-lo em todos os cantos da ci ência, da religião, da filosofia e da vida social. Não à toa muitos estão percebendo essa realidade. 
Fig.2: A matéria é a substância expressa em sua forma mais involuída, grosseira, de nosso universo.
A consciência está presente nela, mas sua expressão é menos vívida, porque se apresenta embatumada nas 
baixas formas, sensórias, concretas. 

Vamos falar agora um pouco de Mecânica Quântica.

At subatomic scales, the 3-dimensional matter we encounter as solid and extensive demonstrates strict probabilistic behavior, and the manifestation of the energy as particle or wave depends on factors outside the realm of the internal reactions—the presence of an observer, say, or at least some intentional factor.

Once a decision is made about the nature of the experiment and a measurement is taken, only then does the so-called probability function collapse into particle-of-some-sort or continue on to display as wavelike.

Though it caused initial dread among physicalist scientific establishment, probability and uncertainty are now grudgingly accepted as fundamental, at least at submicroscopic magnitudes.


Fonte: [1] (grifos meus)

A manifestação depende de fatores além do fenômeno observado (1º grifo). Isso foi constatado. Então podemos dizer que isso reforça a tese de que observador e observado, sujeito e objeto, estão intimamente relacionados - apesar de não sabermos exatamente como. Logo, tudo que existe está ligado a tudo, de várias formas. 

A decisão do sujeito que determina o comportamento do fenômeno observado (2º grifo).

O âmago de nosso universo (Anti-Sistema) não é regido por ordem, ou melhor, é 'regido' pela probabilidade e incerteza. A essência de nosso universo físico é quântica (3º grifo).

No final do século XIX eletricidade e magnetismo foram fundidas numa única teoria pelo físico e matemático escocês James Clerk Maxwell. Com sua teoria, surge a ideia de campo magnético. De lá para cá os cientistas conseguiram demonstrar que - a níveis altos de energia - a força eletromagnética se funde com a força (nuclear) fraca e, em níveis energéticos ainda maiores, com a força (nuclear) forte. Ou seja, as três forças - eletromagnética, fraca e forte - podem ser descritas pelo mesmo conjunto de equações. Apenas a força gravitacional (energia gravífica) ficou de fora. 

Os cientistas indicam que seriam necessárias seis dimensões adicionais para unir gravidade com o eletromagnetismo - numa escala menor do que a de quarks e elétrons. Sua Voz parte de outro ponto, assinalando que devemos ver a energia gravífica (força gravitacional) como base de todas outras.

"Assim como o hidrogênio é o tipo do protozoário monocelular da química inorgânica e o carbono é o da química orgânica, também a gravitação é a protoforça típica do universo dinâmico." 
AGS, Cap. 38: Gênese da Gravitação (grifos meus) 

Talvez esses caminhos diferentes se devam devido à forma com que seja definido 'gravitação':

"Entendo aqui, como gravitação, não a pequena gravitação de Newton – caso particular ao vosso planeta – mas sim uma gravitação de sentido mais amplo, que resulta do equilíbrio das forças inversas de atração e repulsão, opostas e complementares (lei de dualidade, que veremos a seguir); uma gravitação filha direta do movimento, isto é, energia gravífica, filha da energia cinética."
AGS, Idem (grifos meus) 

Vê-se gravitação como equilíbrio de forças inversas. Que forças seriam essas? Sua Voz fala que essa força (gravitacional) seria filha da energia cinética. Logo, do movimento, que podemos ler como velocidade.

Então seria a velocidade que forma o tipo de energia mais fundamental?

Mas a velocidade de quê? Certamente não estamos falando de velocidade de uma partícula...Seria uma velocidade intrínseca...da substância provavelmente.

Não estamos aqui para afirmar coisas, mas para desequilibrar o leitor em suas certezas - ainda mais se for uma pessoa da ciência. Para fazer ver que deve haver um fenômeno mais profundo por trás disso tudo. 

Prossigamos.

Segundo a Teoria das Cordas seriam necessárias seis dimensões adicionais - que em nada se assemelham às dimensões espaciais e de tempo. 

Com as quatro dimensões do espaço-tempo (na verdade, a dimensão espaço, ou seja, volume, completa a tríade espacial, composta de linha, superfície e volume; mais a dimensão tempo, que é a primeira manifestação da tríade conceptual) nós somos capazes de conceber todo o universo físico. Mas quando chegamos na biologia, surgem problemas.

O que é vida? O que é consciência? Há experiência extra-sensoriais que vão além da capacidade da física e da química. Sensações, pensamentos, emoções...chegando até experiências transcendentes. Tudo isso é inexplicável do ponto de vista da física que se apoia no espaço-tempo (gama e beta) e da química, sua filha direta.

Então os físicos colocam seis dimensões adicionais para descrever esse aspecto da realidade (muito importante, aliás). Sua Voz coloca simplesmente que essa 5ª dimensão (na verdade a 2ª do sistema trino) é o que denominamos consciência.

"Com efeito, apenas as forças, por terem como característica dominante a dinâmica, tomam a iniciativa do movimento e dominam γ, a terceira dimensão espacial, característica da matéria, que não inicia esse movimento, mas apenas o sofre. Nas fases inferiores, o tempo só existe em sentido mais amplo, entendido como ritmo do devenir, propriedade de todos os fenômenos, e não como consciência do transformismo, propriedade das forças. Facilmente compreendeis a revolução que trazem esses conceitos em vossa ordem habitual de ideias."
AGS, Cap. 37: Consciência e Superconsciência - sucessão dos sistemas tridimensionais  (grifos meus) 

No vídeo abaixo do canal Eu Superior, logo no início, a narradora fala sobre uma teoria recente que sugere que "o ser humano consiste de um corpo físico feito de matéria estendida no espaço físico, e além disso, de uma consciência estendida em um 'espaço' diferente, fora do espaço físico."


O tempo, segundo a Mecânica Quântica, não é contínuo, mas discreto. Ou seja, podemos dizer que ele está fraccionado. Podemos dizer que o que era uno passou a ser seccionado em incontáveis pedaços - assumindo que esse estado (discretizado) seja algo anômalo.

Segundo o físico Julian Barbour, o que percebemos como 'passagem do tempo' é o nosso movimento através de uma sucessão de 'agoras'. Então, segundo ele, nos movemos através de algo (um eterno presente), adquirindo a percepção do tempo. Mas, à luz de Ubaldi, esse movimento seria então a base dessa percepção. E sabendo que no Sistema não há tempo, podemos afirmar que esse movimento que perfazemos não é natural do universo Divino - apenas do nosso.

Segundo Barbour, 

o tempo se move porque os seres humanos são biologicamente, neurologicamente e filosoficamente programados para experimentá-lo dessa maneira. (grifos meus)

Vamos pensar:
  • Se somos programados (para experimentar dessa maneira), então há uma lei responsável por isso. 
  • Se essa lei, inviolável e certa, atua a todo momento e em todos os lugares do espaço-tempo, há uma causa para isso.
  • Se há uma causa, então ela deve advir de algo que foi feito antes de tudo que conhecemos. 
  • Como 'antes' não havia tempo, estamos falando de um não-local, fora dos parâmetros físicos.
Pense nisso.

Segundo o conceito biocêntrico postulado pelo médico e cientista Robert Lanza

O tempo não existe independentemente da mente que o percebe. (grifos meus) 

Vamos pensar isso sob o prisma ubaldiano para ver se as coisas batem (revelação e raciocínio): 

O cientista afirma que o tempo está subordinado à mente - ou seja, não pode existir sem ela. A mente, sendo um aspecto do espírito (alfa), teria então o tempo, dimensão da energia (beta), como um derivado - um desdobramento, um apêndice, um des-envolvimento - dela. Então todos os fenômenos em nosso universo (que é dinâmico) seriam um desdobramento da mente. 

Pense nisso.

O conceito do biocentrismo ainda afirma que, 

"como o tempo, o espaço não é nem físico nem fundamentalmente real. Pelo contrário, ele é um modo de interpretação e compreensão e é uma parte de um tipo de software mental que molda as sensações e percepções em objetos multidimensionais." (grifos meus)

O espaço não é físico nem real (fundamentalmente...em termos essenciais). Traduzindo: tudo que percebemos e consideramos real é de fato uma ilusão. É apenas o modo pelo qual podemos interpretar as coisas.

Eu não sei quanto a você, meu amigo, mas para mim parece que o que essa visão de mundo está querendo nos dizer é que essas dimensões que conhecemos e valorizamos são na verdade desdobramentos de dimensões superiores...E esse desdobramento deve ter tido uma causa - porque quanto mais primária, mais trivial a dimensão, mais grosseira o mundo que ela mede. 

Parece que há uma escala de dimensões. E que para algo profundo ficar evidente (dimensão superior), esse algo deve se desdobrar em dimensões inferiores. Em outras palavras: deve haver uma queda de dimensões.

Quem estiver com a cabeça rodopiando sobre esse assunto de dimensões, recomendo a série de vídeos de Phil Braham [2]. E sobre a questão de consciência e vida, um texto muito bom de Sylvester Amponsah [3] e um outro do médico Deepak Chopra [4]. Sobre este último, ele responde dez questões a respeito do assunto 'consciência'. 

Dentre as afirmações, as cinco primeiras são as mais interessantes. Segundo elas, a consciência:

1. Cria a realidade (manifesta);
2. É causa do nosso universo - este é uma experiência 'dentro' da consciência;
3. É sem causa - ou seja, está além do tempo;
4. Tem como utilidade nos acompanhar nessa jornada evolutiva;
5. Se manifesta através do cérebro - mas não é este, que serve apenas como uma ferramenta de expressão.

Então ela é criadora, além do espaço-tempo, está sempre conosco e no nível humano se manifesta melhor através do cérebro. 

Lendo e estudando a obra de Ubaldi você perceberá que tudo isso bate com sua teoria.

Para pessoas mais práticas, voltadas para a melhoria pessoal - a vivência da dimensão do espírito - encontrei um site interessante aqui [5].

Para reforçar a necessidade de adotarmos uma perspectiva mais intuitiva, espiritual, sintética, recomendo a leitura deste texto [6]. Ele revela o porquê da ciência não ser capaz de avançar nesse campo. Em suma, a maioria dos cientistas que querem desvendar o mistério da consciência são incapazes de abandonar o paradigma materialista, objetivo, analítico. 

A ciência dominante considera a hipótese de que o cérebro é uma secreção da consciência como irreal. Resultado: décadas de estudos sem avançar um passo. 

Falta aos cientistas 'sérios' da atualidade uma pitada de percepção da dinâmica evolutiva. Eles admiram os gênios do passado que ousaram estar à frente do tempo - mas são impotentes em identificar e reconhecer as visões e ideias de gênios da atualidade, também à frente do tempo.

Somente iremos avançar no estudo da consciência se estivermos dispostos a abraçar algo inteiramente novo. Algo que reconheça o velho, mas ofereça um diferencial - que será um pontapé inicial num novo caminho. Um caminho com saída. Nesse sentido seria interessante nos tornarmos uma sociedade que comece a perceber seus gênios e heróis e santos. Sobre isso encontrei um artigo muito interessante aqui  [7]. 

Na Grande Equação da Substância o espírito (alfa) é o princípio e o fim do ciclo que vivenciamos neste universo. A energia (beta) é o dinamismo que expressa a queda (rápida) e a evolução (lenta). A matéria (gama) é a expressão basilar de nosso cosmo - a parte mais baixa, mais involuída. A forma mais grosseira de manifestação da substância (ômega).
Fig.3: A Grande Equação da Substância em sua forma de ciclo. 

Os dois movimentos, α→β→γ e γ→β→α, coexistem, portanto, continuamente no universo, em um constante equilíbrio de compensação. Evolução e involução. 
AGS, Cap. 9: A Grande Equação da Substância (grifos meus)

Se há uma coexistência, então jamais podemos isolar uma fase (psiquismo, dinamismo ou físico). Então a consciência estaria fortemente jungida ao aspecto físico de nossa realidade - apesar de não ser derivado dele. Podemos dizer que a evolução da matéria possibilita a expressão mais cristalina da consciência. 

A consciência é uma dimensão extrafísica - e portanto não pode ser mensurada por nossos instrumentos. Ela é o princípio e o fim dos fenômenos neste universo. 

Uma das fontes pesquisadas pelo autor lança a hipótese de que "a matéria escura é efeito gravitacional da consciência no espaço", e que "a energia escura é o efeito propulsivo da consciência através do tempo". Do original:

Dark Matter can be imagined to be the gravitational effect of Consciousness on Space; and Dark Energy, the propulsive force of Consciousness through Time, causing the Physical Universe to expand.  
Fonte: [1]

Então alfa transformando-se em beta torna-se energia escura, gerando expansão do cosmos. E alfa, continuando o trajeto, transformando-se em gama, torna-se matéria escura, gerando atração no cosmos - e também matéria visível.

Não se sabe o porquê desse processo de queda (alfa - beta - gama) gerar esses três tipos de entidades. O fato é que apenas 5% da matéria-energia de nosso universo está na forma tangível. O resto parece existir para gerar o efeito de atração e expansão - que dá a característica rítmica de tudo, baseada no dualismo.
Fig.4: Proporções de energia escura, matéria escura e matéria visível em nosso universo.
Fonte: [1]

A consciência deve estar presente nesse processo de geração dessas entidades. Se houvesse uma ausência de alguma delas, ou uma desproporção entre elas, nada funcionaria, nada seria possível - inclusive a vida! 

Yes, at the deepest level, All is One — Space and Time and Consciousness — a singular energy swirling, rippling, swelling. Failing to acknowledge this, the species seems headed down the road to extinction. Powerful economic interests are served in the short term by denying our commonality: stir up dissension and hatred, divide and conquer. This is the ultimate naiveté. 
Fonte: [1] 

Atribuir esse caminhar cíclico, oscilante e ascendente de tudo que existe a um mero acaso parece uma maneira de fugir das evidências. Estas apontam que caminhamos para algum "lugar". E esse caminhar não é reto, ou seja, direto, certeiro. É curso. É feito em trajetória espiralóide. Como se houvesse a influência de duas forças: uma que nos impulsiona para frente (ascensão, evolução); e outra que nos  mantém (até certo ponto) num estado de inércia, tentando fazer a gente retornar ao mesmo ponto nessa jornada através do espaço-tempo-consciência. Mas não retornamos, pois a ascensão se dá e o ciclo se abre lentamente (daí a espiral). Então vemos os movimentos fenomênicos, com sua trajetória típica. 

Esse ensaio pretende apenas servir como uma iniciação. Há muito a ser descoberto. Não sabemos muitas coisas. A única certeza é que existe uma unidade entre espaço, tempo e consciência. Todas as pesquisas científicas estão descobrindo isso. 

O tempo irá nos revelar aspectos dessa unicidade.

Aguardemos.

Referências:

AMPONSAH, Sylvester. Why No One Understands Consciousness. 02 Dez., 2018. Disponível em: <https://medium.com/@sylvesteramponsah?p=ec248a6a2144>

BRAHAM, Phil. Matter Time and Consciousness 1. Link: <https://www.youtube.com/watch?v=rBXGfKQxyKc&list=PLUjdOmNtVGJqnP1rQhlPfl9YcU27GioTZ>

CHOPRA, Deepak. Consciousness: Ten Questions, One Answer. 26 Jul., 2021. Disponível em: <https://deepakchopra.medium.com/consciousness-ten-questions-one-answer-2a284d600ea1>

MENEZES, Gabriel. 12 Sinais de que Você está Despertando para uma Nova Consciência. 27 Mai., 2018. Disponível em: < https://blog.spartancast.com.br/12-sinais-do-despertar-da-consciencia/>

PEMBERTON, Graham. The Hard Problem of Consciousness and the Stubbornness of Neuroscientists. 25 Ago., 2021. Disponível em: < https://graham-pemberton.medium.com/the-hard-problem-of-consciousness-and-the-stubbornness-of-neuroscientists-2c7d2ca27360>

SHAHINIAN, Stephen. The Genius Right Manifesto. Link: <https://stephan-shahinian.medium.com/the-genius-rights-manifesto-9334647fedb4>

The Science of Compassion. Link: <https://stevesharpcompassion.com/the-science-of-compassion/>

UBALDI, Pietro. A Grande Síntese - síntese e soluções dos problemas da ciência e do espírito. Ed. FUNDAPU. 23ª Ed. 2017.

UBALDI, Pietro. O Sistema. FUNDAPU. 

2 comentários:

  1. Excelente texto Leonardo!
    A propósito, Gilson Freire terminou seu livro A Fisica do Espírito, que ja está em pre venda pelo Instituto DEsperance. Imperdivel, como os seus textos também! Grato!

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    1. Gratidão Paulo. Já encomendei o livro do nosso querido e iluminado Gilson. Será uma oportunidade única de nos aprofundarmos na natureza de nosso universo.
      Abraços fraternos.

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