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quarta-feira, 2 de maio de 2018

Cap 1- Ciência e Razão (AGS)

O 1º capítulo de A Grande Síntese inicia expondo a situação atual de nossa civilização, sob o prisma da ciência e da razão, que pautam a Era Moderna. Desde o início se explica o fenômeno que ocorre em qualquer época, quando a humanidade se vê diante de um abismo: "Em qualquer campo, a nova ideia vem sempre do Alto". Isso aponta para a inspiração. Se fizermos uma leitura detalhada e profunda dos dizeres dos gênios da humanidade, que nos brindaram com formidáveis conceitos, musicas e teorias, como Einstein, Pascal e Beethoven, percebemos o reconhecimento de forças universais, não propriamente contidas nos indivíduos, que apenas alcançaram-as por meio de uma profunda meditação. Uma catarse mística que despertou a percepção, possibilitando assim aquele lampejo - causa de todas grandes e efetivas contribuições da humanidade, seja no campo da arte, das ideias, das teorias, dos inventos, das construções coletivas.

Quando o acúmulo de erros humanos se torna preponderante, começam a descer do Alto diretrizes visando estabelecer um novo equilíbrio. Emissários são enviados para que isso se faça. Ao que me parece alguns deles já estão aqui há um bom tempo, ecoando dizeres sábios, pacientes e destemidos [1].

"O pensamento humano avança. Cada século, cada povo segue um conceito de acordo com o desenvolvimento que obedece a leis a que estais submetidos."

A ideia, uma vez lançada, se propaga sem fim, ora tendo um aspecto seu destacado, ora outro. Tudo irá depender da cultura (civilização) e da época histórica, cujos substratos acumulados irão definir até que ponto é possível o avanço nos conceitos, nos costumes e nas técnicas. A humanidade é o front da guerra onde se trava uma luta que definirá um futuro completamente novo, dado por novas diretrizes econômicas, sociais e pessoais, que tem a possibilidade de re-estabelecer o equilíbrio intra e inter espécie, resolvendo assim o dilema ecológico, social e psíquico (espiritual) definitivamente. Esse é o titânico desafio que nos aguarda. Quem se subtrair do esforço de batalhar pela unificação das diferenças irá contrair dívida imensa. Não se trata mais de dívida monetária, mas sim débito perante as forças da vida, que preparam cataclismos terríveis para aqueles que evadem do vórtice da ascensão.

A Voz fala de modo adaptado à nossa razão, nível de inteligência presente. Demonstra através das últimas descobertas da ciência. Adianta conceitos - ex: espaço curvo, ondas/partículas gravitacionais, Estado do futuro, novos elementos químicos, etc - de forma clara, bastando abrir a mente e o coração para compreender.

O objetivo supremo do tratado é um e apenas um, independentemente das sistematizações feitas (para convencer os céticos da alta ciência):

"Não falo para ostentar sabedoria ou para satisfazer a curiosidade humana, vou direto ao objetivo: para melhorar-vos moralmente, pois venho para fazer-vos o bem."

Apenas a purificação moral dará as chaves para a compreensão de certos fenômenos e porquês da vida. Isso já se vê na vida. Inconscientemente sentimos saber melhor algo depois que passamos a ver a importância daquilo. O sentido. O porquê de ter nascido, se desenvolvido. Como melhora a vida das pessoas. E quais seus potenciais desdobramentos em outros campos e tempos vindouros. Eu mesmo jamais fiz um curso de escrita ou aprendi/desenvolvi técnicas de redação. Simplesmente comecei a escrever quando julguei necessário. Brota um ímpeto, acionado pelo acúmulo construtivo de situações ao longo da existência, que ordena as capacidades intelectivas para servir a finalidades superiores para além da erudição, da formação de seguidores ou para satisfação do ego. É assim que se constroem as melhores coisas do mundo. O que não nasce do sentimento de ascensão não sobrevive à ampulheta do tempo, sendo corroído pelos eventos da História.

A mensagem do 1º capítulo é clara: a Voz não destrói nossa ciência, desconstruindo-a. Apenas mostra suas limitações, e juntamente com isso as fronteiras do que a gerou - nossa razão. 

Capítulo 1
http://monismo.net/gscap1.html

Referências:
[1] Exemplos desses seres são Noam Chomsky (linguista, filósofo e ativista político), Nicholas Georgescu-Roegen (economista e matemático), Leonardo Boff (teólogo e filósofo), François Mitterand (estadista), Ilya Prigogine (químico), Vladimir Safatle (filósofo), Carlos Novaes (cientista político), Frank Capra (cinema).

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