O sistema financeiro trava a economia do país. A regulamentação já é frouxa no mundo de forma geral - considerando um mundo evolvido. Mas aqui no Brasil é realmente desconexa. São juros exorbitantes cobrados sobre atividades não-produtivas (em termos reais e virtuais). Isso é visível e (sobretudo) sentido.
Essas questões jamais ou raramente são colocadas em pauta pelos grandes meios de comunicação. Não se fala disso dentro de corporações. E se o assunto é tangenciado, o tema é tratado de forma unidimensional, enfocando um dado ponto de vista, tido como definitivo (anti-transformista) e ideal. E assim, as pessoas, com pouco tempo e disposição para investigar os fenômenos globais e locais, sob todos os prismas (religioso, político, cultural, social, científico, psicológico, filosófico e afetivo), se vê forçada a internalizar conceitos superficiais, prontos - como "fast-food" - e começa a falar e marchar e agir em função dessa visão insuficiente e empobrecida.
Um New Deal conforme as teorias de Keynes, aplicado ipsis litteris, no mundo do século XXI, pode não ser A solução. Mas muitos de seus conceitos deveriam vir à tona; e outros adaptados às questões ambientais e existenciais que emergem a ritmo nunca antes visto. Além disso, poderíamos dar um tempero a tudo isso: disseminação de cultura de forma criativa. Para isso precisamos colocar as pessoas com ânsia de transmitir experiências e saber a públicos ansioso por receber esse alimento sólido. No momento me parece que existem poucos canais para isso.
Há muitas pessoas que gostam de Cinema crítico, profundo, questionador e humano e não tem acesso por viverem longe de São Paulo ou Rio de Janeiro (capitais); há pessoas que gostariam de cursar uma faculdade de Humanas mas são impedidas por necessidades financeiras urgentes; há pessoas que gostariam de expor conceitos, da sua forma, no seu ritmo, com uma linguagem própria, às pessoas famintas de sentido para a vida, mas se veem afogados por um mundo que não para de gritar; há pessoas que desejam construir pontes entre saberes mas tem dificuldade em iniciar sua obra; há pessoas e mais pessoas em busca de algo a mais. E me parece que a lógica atual - forma mental humana ainda dominante -, que sustenta um sistema em desmoronamento, não está viabilizando isso. Isso é muito grave.
Donella Meadows construiu uma carreira muito bonita. Assim que puder, pretendo ler em maior profunidade seus livros. Sua carreira é bela porque ela É fantástica. Exemplo de pessoa que combina Consciência e intelecto. Logos guiando Lúcifer.
Nosso planeta está virando um circo dos horrores por não sabermos buscar a causa dos sofrimentos. Oras, se não está dando certo, por que não expandir os horizontes, aprofundar o sentimento e buscar orientação universal? Sem medo ou esperança. Indiferente ao mundo.
Mas existem pessoas sérias trabalhando nesse circo. Pessoas que usam os finitos (meios) da melhor forma possível: para apontar os outros finitos para o Infinito (fim).
Eu procuro trabalhar da minha forma: lecionando de forma criativa; escrevendo de forma simples, com o máximo de cuidado e responsabilidade, aqui; usando o dinheiro de forma eficiente; refletindo; preparando meu curso de extensão com ânimo e seriedade; pensando no meu doutorado; dialogando e vivendo com minha esposa; negando o consumo conspícuo. E...sentindo a força diretora que coordena tudo, além de nosso Universo preso na dimensão espaço-tempo: a Lei de Deus.
Algumas entrevistas enriquecedoras:
Jorge Furtado [cineasta]
Roberto Requião [deputado federal]
Leonardo Boff [teólogo, filósofo]
Links:
http://donellameadows.org/
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Para-Chomsky-republicanos-sao-os-mais-perigosos-da-historia-dos-EUA/6/37281
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