sexta-feira, 13 de maio de 2016

As Dez Estratégias de Manipulação das Massas de Noam Chomsky

As dez estratégias para manipulação das massas pode parecer assunto de esquerdista que detesta meritocracia, à primeira vista, para muitos. No entanto algo me leva a crer que a cada dia que passa mais e mais gente - de bom senso, que realmente quer superar uma realidade miserável e desagregadora - está disposta a ouvir vozes que expliquem em profundidade o que ocorre no mundo e quais as causas.

Da minha parte, vindo de Chomsky, o valor que dou para o vídeo é enorme. Não porque eu cultue esse intelectual ou sua "ideologia" (se é que ele tem) vá de encontro à minha, mas porque ele é capaz de desmistificar várias idéias impressas em nossas mentes pelos meios de comunicação e pela sociedade, incluindo em muitos casos a nossa família. Ele é ponderado, sério e vê a longo prazo. Sua reflexão é orientada para resolver mazelas permanentemente e unificar conceitos (mal vistos ou mal entendidos). 

Até o momento não encontrei nenhuma observação vazia ou presa a uma corrente mental da parte dele. Isso não significa que ele não assuma posição a respeito de grandes temas. Significa apenas que, antes de chegar às suas opiniões, faz uma profunda reflexão, não apenas usando as ferramentas dadas pelo mundo, mas se guiando por uma intenção de elevar a humanidade - isso ele não expõe, o que de certa forma comprova sua humildade. Quanto à dedicação, basta saber que aos 87 anos esse homem continua a fazer conferências, estudar, ouvir os outros, questionar e viver plenamente. Viver no sentido de dar significado à sua breve existência. Viver no sentido de ocultar suas (elevadas) intenções para que o mundo mais se preocupe em acordar e atuar do que em cultuar desperdiçar.

Eu gosto da seriedade deste homem. Não sei o porquê, mas ele me passa a imagem de uma pessoa modelo: paciente, esforçado, compenetrado, equilibrado, humilde, persistente. Ele dá ideia de que não chegou ao ponto final, e portanto continua sua jornada sem preocupações particulares (egoísticas). Ele é ciente do trabalho que deve ser feito e cumpre tudo que sua consciência lhe pede, da melhor forma possível.

Todas estratégias de manipulação fazem sentido. Não sou estudioso do caso, mas uma coisa que tenho feito de forma consciente e frequente há mais de duas décadas é observar a vida, com todas suas nuâncias: olhares, gestos, ideias que vão e voltam, ideias que se transformam, discursos, momentos históricos, relações entre pessoas, fenômenos, teorias, saberes,...E isto, somado à marteladas, me despertou um senso de urgência para assuntos que muitos (ainda) não veem como tal. Loucura ou não, esse é o meu caminho, e quanto mais constato mais me convenço. Tentando me abrir para tudo e todos. O monismo simplesmente é capaz de explicar os últimos problemas sem uso de artificialismos humanos. Isso me assusta e me encanta - simultaneamente!

Estar ciente do que estão fazendo com a gente já nos afasta de correntes de pensamento vazias e temporárias. Também evita que caiamos em muitas das armadilhas da vida, sejam elas amorosas, familiares, profissionais, financeiras, entre outras.

Não deixaremos de sofrer, mas saberemos evitar o sofrimento inútil e nos lançaremos ao sofrimento útil (a bela tristeza), sabendo eliminar os caminhos do mundo que levam a uma horrorosa alegria, que só leva a tristeza e degradação.

Focar em temas irrelevantes;
Repetir notícias incessantemente;
Tratar interlocutores como crianças;
Criar problemas, doenças, violências para justificar medidas de restrição de liberdade;
Criar circunstâncias que induzam pessoas a adotarem decisões pré-definidas "livremente";
Recompensar indivíduos que adotem formas mentais "boas" discretamente;
Remover direitos gradativamente, para não causar revoluções;
Criar discursos eloquentes e científicos para direitos se transformarem em privilégios.

Tudo me indica que isso ocorre e existem grupos poderosos atuando para que tudo fique sob controle. Para que o mundo continue se degradando e desagregando.

A mídia tem grande responsabilidade mas a sociedade também deve despertar para a realidade. As grandes empresas privadas, transnacionais, portadoras do estandarte neoliberal, são as instituições que mais desejam conduzir o "progresso" humano por vias que lhes agradem. Como a ideologia (corrente mental) se identificou com o corpo (empresas privadas), tem-se uma hidra com um poder imenso. Nossa única salvação é nos conscientizarmos e nos unirmos contra esse binômio mente-corpo, cujas finalidades tem curto alcance: lucrar cada vez mais, explorar mercados, e submeter o mundo humano e espiritual a interesses particulares.

Não se trata de negar ou reduzir os males de ideologias passadas; nem sequer retomá-las em pleno século XXI. Trata-se de fazer uma reinterpretação dos eventos históricos, pois sabe-se que a História só começa a ser compreendida ao ter seus eventos contextualizados, ou seja, à medida que o tempo passa nossa interpretação se torna mais profunda e portanto passamos a admitir o que era o "demônio" como uma simples implementação prematura, infantilíssima e violenta de ideais extremamente elevados, sejam eles de Justiça Social, de Moral e até mesmo da Ciência.

De uma coisa eu sei: precisamos colocar em pauta temas como esses, levando-os a todos lugares que pudermos.








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