Àqueles que se antecipam evolutivamente em muitos aspectos a humanidade presente, resta a incompreensão do semelhante. Não apenas ela, mas o seu esquecimento ao longo da vida. Uma invisibilidade que permeia o cotidiano - e a qual essa elite espiritual, que só deseja servir a todos, cada qual a seu modo, se faz serva e humilde. Um descaso com as palavras, e até mesmo uma agressividade do semelhante, são constantes na vida desse ser. Mas onde muitos desistem, ele continua e persiste, se renovando.
Cada golpe de martelo, cada ameaça, cada oferta de prazeres, não tem potência suficiente para remover o ser de sua trajetória. As tentativas vêm de várias formas. O diabo se manifesta de vários modos. Ele se encarna naqueles mais receptivos à sua filosofia (que é a do Anti-Sistema). Filosofia de fragmentação. Dualismo que se recusa a chegar ao monismo.
Quem segue um ímpeto interior sem se importar se isso irá ou não trazer reconhecimentos momentâneos ou benesses materiais pode atingir posições inesperadas ao longo da vida. Me refiro a fenômenos inexplicáveis que salvaguardam certos indivíduos de catástrofes - que varrem tudo que não é sólido. Inexplicavelmente ocorre a preservação de certos tipos, raríssimos em sua substância. A previdência humana, tendo se esgotado e ocorrido de forma completamente orientada e sincera, cai nas graças da providência divina, campo de forças inexpugnável. Assim viabiliza-se o cumprimento de uma missão.
Á medida que o autor conduz seu caminho, não se deixando vencer pelas facilidades e prazeres de uma vida terrena, sente que algo está sendo edificado. Um destino gloriosamente exaustivo se constrói a partir de uma fé inabalável, permeada de busca incessante pela melhora íntima. O conhecimento é um meio que pode ajudar - especialmente a depender da posição em que a pessoas se encontra. Estamos na fronteira do concebível - que representa uma barreira ao saber conviver com o outro. É a vertigem da pobre razão causada pelos mistérios do imponderável.
Quem segue um ímpeto interior sem se importar se isso irá ou não trazer reconhecimentos momentâneos ou benesses materiais pode atingir posições inesperadas ao longo da vida. Me refiro a fenômenos inexplicáveis que salvaguardam certos indivíduos de catástrofes - que varrem tudo que não é sólido. Inexplicavelmente ocorre a preservação de certos tipos, raríssimos em sua substância. A previdência humana, tendo se esgotado e ocorrido de forma completamente orientada e sincera, cai nas graças da providência divina, campo de forças inexpugnável. Assim viabiliza-se o cumprimento de uma missão.
Muitos já começam a traçar o roteiro evolutivo. Aquele que melhor cumpriu essa tarefa, a meu ver, até o momento, foi Pietro Ubaldi.
Até o momento o maior filósofo monista (e talvez de todos os tempos) tenha sido Benedito Spinoza. Mas segundo a perspectiva de Gilson Freire (e minha, igualmente), esse posto logo será tomado por outro, ainda não reconhecido em nenhum meio que tenha peso de influência do imaginário humano. Esse outro foi um professor de inglês de ginásio da Umbria, que abdicou de uma vida de prazeres e domínios para mergulhar numa existência de incompreensões e labuta infindável. Alguém que abandonou, conscientemente, tudo que o mundo valoriza (inclusive aqueles seres sáttvicos), perdendo sua (pequena e fictícia) vida terrena para salvar uma (verdadeira e eterna) vida integral. Isso ficou comprovado com o fim de sua Obra - e cumprimento da Missão. Trata-se de Pietro de Alleori Ubaldi.
Décadas depois começam a surgir os assimiladores da Obra. Gilson Freire e Maurício Crispim são dois grandes nomes que possuem por trás de si criaturas com sensibilidade capaz de assimilar tão profundos conceitos e perceber o quão real e necessário é caminharmos em direção a essa vida sublime, que Francisco de Assis tão intensamente viveu - e que Franco Zeffirelli tão poeticamente retratou, de forma sintética e potente, em seu filme Irmão Sol, Irmã Lua, de 1972 - mesmo ano da morte do grande arauto da nova civilização do espírito.
Alguém que "se tocou" não pode mais retroceder. Isso seria uma distorção profunda de sua natureza - e compressão insuportável de suas possibilidades.
Olhando o infinito que nos aguarda - para inspirar. Inspirar para criar. Criar para caminhar. Caminhar para evoluir. Evoluir para retornar ao S. |
O fenômeno tem seu devenir característico. Ele é embalado por um imponderável que se faz trovejante em seu silêncio, potente em sua inação, inabalável em sua postura e convincente em sua paciência. Ele infecta certas criaturas, que se colocam como servas desse Grande Senhor - o único e verdadeiro Senhor a ser servido de corpo e alma.
Assim cumpre-se um destino de dores e glórias.
A vida, para a imensa maioria, parece ser destituída de uma finalidade suprema. As relações aparentam ser mero verniz intelectual para a construção de teorias, metodologias e ferramentas para ocupar o ser humano com pequenas questões. No entanto, essas construções tem uma finalidade profunda, que apontam para algo muito mais interessante. Não à toa denominei o pensamento sistêmico como uma possibilidade (ponte) de se atingir o misticismo salutar que embalou Francisco de Assis.
Se nossos cientistas, estadistas e homens de negócios se deixarem invadir por esse espírito, as soluções chegarão. Elas hão de vir, por bem ou por mal.
Eu quero que elas venham por bem. Minha vontade é tão ardente que sinto a alma rasgar. Minhas contribuições, quanto maiores são, menores a sinto, por ver que a construção no finito nada é perante o Infinito que nos aguarda.
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