Como podemos dar o máximo de nós mesmos?
Essa pergunta vem latejando em minha mente nos últimos meses. Fala-se tanto no que deve ser feito, mas às vezes nos esquecemos do que nós próprios podemos fazer em prol da evolução planetária (e de nós mesmos).
Fig. 1: Horizonte que clama por verticalidade. Velocidade que anseia ascensão.
Dimensão inferior em busca de outra a qual se submeter. Integração...
Eu vejo cada vez mais à fundo essa realidade. E percebo que ela é integral. Isso significa que os fenômenos são comunicantes, contíguos entre si, e ocorrem simultaneamente. Isso significa que enquanto um está em sua gênese, outro está em seu desenvolvimento, outro em sua maturidade e ainda outro em seu declínio. E o princípio de um apoia a manifestação de outro - que por sua vez preludia o fim - e vice-versa, no outro sentido. Sendo integral, isso significa que a busca por reforma íntima é um aspecto da busca por evolução coletiva sistêmica - e vice-versa.
No livro História de um Homem, Ubaldi resume as leis que os seres seguem em três:
1) Da conservação do indivíduo;2) Da conservação da espécie;3) Da evolução.
Essas leis se sofisticam à medida que progride-se na maturação interior. Mas trata-se apenas de derivação (ou desdobramento). De algo simples chega-se a um sistema sofisticado. Mas essa sofisticação pode ser sintetizada na lei. A grande jornada evolutiva no momento presente é continuar a sofisticação das duas primeiras leis, conservando o ser em sua individualidade e coletividades. Mas mais importante ainda é iniciarmos um impulso no sentido evolutivo.
Essa evolução de que se fala sempre esteve presente. Mas até o momento nosso consciente só operou no nível de superfície, gerando conhecimento, ferramentas, métodos e sistemas artificiais. Tudo isso visava domínio - sobre o outro ou sobre a natureza. Eis que chegamos ao limite dessa forma mental que opera a partir da superfície e em prol da mesma.
A evolução é um impulso íntimo que parte do ser. Não podemos forçar ninguém a se interessar por questões profundas - ao menos não diretamente, exteriormente, por argumentos. No entanto, podemos conduzir o processo pelo qual as pessoas possam despertar (por si mesmas, a única maneira).
No ser aspirante a evoluído a terceira lei passa a ter uma importância considerável: o que era nulo, com funcionamento pleno na 1ª e 2ª leis (5-5-0), passa a ser elemento jovem, cheio de novidades e vigor, capaz de preencher a vida de significado. E assim chega-se a um esquema em que essa nova lei se manifesta nos planos e ações cotidianas do indivíduo (4-4-2).
Antes:
5 graus de importância para a conservação própria;
5 graus de importância para a conservação da família/grupo;
Zero grau de importância para a evolução.
Depois:
4 graus de importância para a conservação própria;
4 graus de importância para a conservação da família/grupo;
2 graus de importância para a evolução.
Os números são arbitrários- servem apenas para dar uma ideia do quanto de tempo/energia/inteligência empregamos em cada lei.
Podemos fazer uma analogia com o mercado financeiro: imaginemos uma carteira de n fundos (n podendo ser qualquer número maior do que a unidade...2, 3, 5, 8, etc.). Imaginemos que tenhamos três fundos de naturezas variadas (renda fixa, multimercado, etc.). A quantidade de dinheiro que eu injeto em cada um deles, formando uma proporção, irá caracterizar o desempenho da minha carteira ao longo do tempo - e com isso podemos usar índices para avaliar esse desempenho. No mercado financeiro temos o índice Sharpe, a volatilidade, o rendimento médio num período, entre outros. A proporção irá fazer toda a diferença.
A diferença entre o veneno e o remédio reside unicamente nas porções.
As leis representam aspectos fundamentais do desenvolvimento do ser. Todas são indispensáveis. Mas devido ao grau de consciência, o ser faz uso de proporções compatíveis ao que ele vê e sente. Logo, um ogro vive de acordo com a proporção 10-0-0; um homem mais civilizado, 5-5-0 ou 4-6-0 (ou algo por aí); um já avançado na visão, 4-5-1 ou 5-4-1; um santo, gênio, herói se situa nos antípodas do ogro, com 0-0-10 (ou muito próximo).
A coletividade humana deve expressar em sua forma mental as necessidades de seu tempo para ser capaz de enfrentar os desafios sistêmicos que se apresentam. Caso contrário corre-se o risco de retrocesso tremendo.
Fig. 2: Não é uma religião, nem um método, nem um grupo.
É uma consciência mais profunda, que integra e reordena tudo até hoje criado/conhecido.
Agora podemos tratar do ponto central.
O máximo de cada um será dado de acordo com a vontade (interna) e as condições (externas). Ambas devem se combinar para que algo ocorra.
De nada adianta vontade sem condições.
De nada serve condições sem vontade.
É claro: vontade pode criar condições - e as condições estimulam o ser. Mas a questão não é essa, e sim que devem haver ambos, alinhados, para que algo grande se efetive.
Esse blog nasceu sem propósito declarado: foi simplesmente ocorrendo. A vontade do autor em se expressar, trazendo à tona diversas questões da vida, encontrou os meios para poder se manifestar e assim atingir os quatro cantos do mundo. Quem está sintonizado chega a este espaço. Do mesmo modo, quem está sintonizado entra em ressonância com a vida e obra de Ubaldi. Vale para tudo.
As condições: internet; plataformas digitais (aqui o blogger); habilidade na escrita; um público que anseia por verdades mais completas, unificação, coordenações mais vastas, sentido.
A vontade: tempo de maturação do autor (teoria e vivência); sentimento profundo de sintonização com outra realidade.
Mas deseja-se avançar nessa vivência através de outros meios. O desejo se torna algo mais passível de expansão. Sente-se uma atmosfera que pode ser impactada, bastando para isso uma forma de expressão variada, que se infiltre em outros meios, de outras formas.
Vejo portanto como planos a serem implementados em curto prazo:
- Criação e cursos voltados ao monismo - em especial o ubaldiano, mais completo de todos;
- Organização de palestras versando sobre os mais diversos temas sob a lente monista;
- Criação de material audiovisual.
E a médio prazo:
- Criação de projetos envolvendo a sétima arte;
- Criação de centros monistas.
E a longo prazo:
- Formação de uma comunidade centrada na obra ubaldiana.
Os planos são grandes - a vontade cresce. O meio parece estar se forjando. É preciso avançar sempre, ordenadamente.
Os objetivos de curto prazo são relativamente simples de serem implementados. Não há necessidade de um envolvimento profundo por parte dos participantes. Mas esse é o primeiro passo para transmitir a ideia que irá redimir a humanidade para um público já preparado para o alimento sólido.
Essa primeira etapa pode durar um bom tempo. Ela irá trazer mais próximo das pessoas tudo o que tem sido desenvolvido aqui, além das vivências. Será o pontapé inicial para a criação de uma rede fraterna, que enxerga os fins e sente a gravidade do momento histórico.
Fig. 3: Cristo já retornou ao mundo. Seu porta-voz: um simples professor de inglês ginasial, que se fez pobre.
Uma criatura fantástica, cuja vida se iguala à sua obra. Continuar ignorando essa grande verdade pode nos custar
muito caro. Uma dor tremenda desnecessária. Basta enxergar o mundo e compreender suas necessidades...
Mais para frente, os Centros Monistas (CM). Eles devem ter características simples - porém longe de simplórias. Eles devem ser um ambiente em que as pessoas possam falar sobre suas dores, trazer suas experiências, aprender coisas e conhecer pessoas que anseiam por uma transformação em suas vidas. Para isso poderá haver exibição de filmes (arte para elevar); músicas de fundo profundas e universais (ex.: Ludovico Einaudi); palestras sobre temas como a criação e a queda, a evolução, os motos fenomênicos e os movimentos vorticosos, os aspectos positivos e negativos de cada religião, as últimas descobertas da ciência, as correntes filosóficas, habilidades úteis a todos (ex.: receitas, nutrição, costura, programação, finanças, hortas, hidráulica, uso de energia, cuidados básicos de saúde, orientação sexual, conceitos de ciência, idiomas, música, marcenaria, fundamentos de construção, etc.). Qualquer pessoa pode dar sua contribuição.
O ponto central é que o monismo será eixo central.
Por quê? Pelo simples fato de que, em seus princípios - em especial na obra ubaldiana, que sistematizou a realidade de forma tão magistral - nada fica de fora, Ou seja, trata-se de um sistema de inclusão gradativa. Uma reabsorção da ignorância pelo conhecimento. Método do S. Método de inclusão - e não de exclusão. Um conhecimento construído aos poucos e vivido sinceramente - e intensamente.
Isso tudo representa um sonho. Um objetivo de vida. Algo que dê sentido à existência de quem aqui escreve tão apaixonadamente. Com plena ciência das imensas barreiras que o mundo impõe com seus métodos. Métodos que refletem a ignorância. Ignorância a ser transformada em conhecimento.
Fica esboçada a vontade e a visão.
As condições e o ímpeto do ser ditarão a concretização ou não desse sonho.
O trabalho a ser feito agora é de paciência, persistência.
Tudo deve ser natural.
Método do S - proposta dos C.M.'s.
Gilson Freire sentiu pelo coração e compreendeu pela mente a grandeza do fenômeno Ubaldi. O vídeo abaixo (palestra sua sobre o homem do 3° milênio) revela essa transformação pela qual devemos passar.
Referências:
Caro Leo, seus ensaios são simplesme nte espetaculares! Devia você compila-los em um livro e eu seria o primeiro a adquiri-lo!!! 😊
ResponderExcluirTivemos hj o seminario online A Historia de um Homen, do CEU BH no youtube. Excelente!
Abraços amigo! Saude e luz no teu caminho!
Tenho dito, meu caro: ler o blog do Léo é como ler o mestre (Pietro Ubaldi) outra vez!
ExcluirGrande Leo! Abraço
Meus queridos, gratidão. Quem sabe um dia eu faça essa compilação. Vi que iniciaram as aulas pelo CEU BH do youtube do último livro de nosso querido e iluminado Gilson. Vou procurar alinhar meus horários para tentar participar ao vivo.
ResponderExcluirAbraços fraternos.