A forma menos sutilizada da substância assume - em nosso universo - a denominação "matéria". É ela a manifestação mais bruta de princípios superiores, que regem seu desenvolvimento através de leis físicas inexoráveis, tal como a da gravidade, da condução de calor, da acústica, da desintegração atômica, entre outras. A matéria obedece as leis mais rudimentares de nosso cosmo de forma determinística, não sendo capaz de se emancipar dos princípios que a mantém refém, sendo portanto o ponto de involução máxima do Universo trifásico em que existimos - falarei dessa característica trina posteriormente.
Vimos que atualmente nos encontramos em fase ascensional (γ→β). Parte-se do ponto de maior condensação da substância para em consequência atingir sua degradação, dando gênese a uma nova manifestação: a energia. E com isso nasce o tempo tal qual o conhecemos e sentimos.
"Chegareis, como vos disse, a produzir energia por desintegração atômica, ou seja, a transformar matéria em energia.
Conseguireis penetrar com vossa vontade na individualidade atômica, produzindo alterações em seu sistema." Cap. X, AGS
As implicações de tal descoberta irão muito além das aplicações práticas imediatas, sentidas em forma de destruição (bomba nuclear) e bem-estar social via geração energética (usinas nucleares). A partir do bombardeio do núcleo atômico e suas implicações a humanidade irá ter dentre suas fileiras de espíritos e mentes mais inquietos progressistas incessantes. Serão almas diversas, cada qual com sua formação profissional, história de vida, classe social, sexo, constituição genética e prática cultural, que irá buscar o princípio pelo qual o fenômeno atômico ocorre, e desnudará o mistério a partir de analogias, vivência e implicações, buscando situar o acontecimento na grande corrente histórica do progresso humano, cujo vértice é a libertação da ignorância. Leia mais antes de julgar...
A solução de problema físico-químico, de ordem material, traz junto consigo, em germe, um novo problema, em forma filosófica, que demanda por espíritos com grande capacidade de abstração - e igualmente, vivência. Isso é ignorado até o ponto em que a aplicação do novo "invento" começa a ser visto como algo destituído de sentido se não orientado por um princípio superior, íntimo, que está no ser humano escondido.
O modelo atômico se desenvolve à medida que os instrumentos de medição e as ferramentas (métodos, teorias, saberes) aumentam seu espectro de detecção. Assim passamos do átomo contínuo e estático de Dalton (esfera sólida), e depois de Thompson ("pudim da passas"), para o descontínuo e dinâmico de Rutheford (sistema planetário). Este seria detalhado por Niels Bohr, que introduziu os níveis de energia definidos - e a partir daí nasce a Física Quântica. Chega-se à conclusão não apenas que no átomo não apenas domina o espaço vazio, mas que a posição dos elétrons é uma probabilidade que depende do seu vetor velocidade - e vice-versa.
A solidez é uma impressão causada pelas incríveis velocidades das partículas da eletrosfera. Esta tem "planetas" em órbitas indefinidas pelos nosso instrumentos. Em suma: a nova ciência quântica nos dá a limitação de nossas possibilidades racionais. Mas nos deixa tão mais sedentos por uma solução, nem que mínima, e intrigados, que a onda de adeptos (profissionais ou não) só cresce com o passar dos anos. Chega-se a conexão de espiritualidade com fenômenos quânticos [1]. Junto com essa confirmação empírica a consciência humana começa a sentir e viver de acordo com o princípio recém-descoberto, que aponta para a dinâmica da (dolorosa, misteriosa mas gloriosa) imperfeição, abandonando cada vez mais a estática da (incompleta) perfeição.
"Com a nova civilização mundial que está por surgir, a humanidade viverá então num mundo dinâmico." Cap. X, AGS
As confirmações já vêm ocorrendo de forma inquestionável em vários campos. Desde um sociólogo e filósofo de renome, com sua obra de mergulho no mundo liquefeito [2], até a gênese da ciência de sistemas, com expoentes de todos campos [3], alguns vencedores do Prêmio Nobel. Esse dinamismo não apenas significa progressão de ideias e revisão de conceitos, mas acima de tudo desconstrução de visões de mundo profundas, arraigadas em nosso subconsciente. Isso nos conduz à interpretação radical da realidade.
No aspecto geral (média universal) nosso universo já está na fase de envelhecimento da matéria (γ).
"Viveis num ponto relativamente velho do universo, e vossa Terra representa o período γ não no início, em sua primeira condensação, ainda próximo da energia, mas no fim, ou seja, no princípio de sua fase oposta, a desagregação, o regresso a β." Cap. X, AGS
"Em vossa fase de evolução, a Lei vos abre o caminho através da passagem γ→β, e não de β→γ. Em outras palavras, o problema da desintegração atômica é solúvel para vós, não nas formas mais longínquas e menos acessíveis da condensação das nebulosas, mas naquelas da desintegração das substâncias radioativas." Cap. X, AGS
Existe um caminho natural que possibilita o progresso. Quando a marcha humana se alinha ao momento fenomênico do universo, descobertas se dão. Deve-se sentir o transformismo que rege tudo e todos, de todas formas, a todo momento.
Não há um movimento α→β→γ seguido de um γ→β→α. Tudo ocorre a todo momento (simultaneidade). É apenas a partir de um relativo que as coisas aparecem em sua manifestação sequencial. Isso é apenas uma impressão criada pelo estágio evolutivo hodierno. O ser humano irá aprender a superar essa limitação. Para isso deve abrir seu íntimo para o fenômeno 'vida'. Deve aprender a apreender o significado das leis. Auscultar a Voz do Silêncio [4].
Reflitamos: "Deus está, assim, onipresente em cada manifestação. Se assim não fora, como vos seria possível a observação de tais fenômenos, que certamente não poderiam ter esperado na eternidade para existirem e se mostrarem a vós exatamente no instante em que também nascestes e desenvolvestes em vós os sentidos e uma consciência que a eles se dirigem?" Cap. XI, AGS
Leia. Releia. Depois pare e tente compreender com a mente. Viva um pouco. Caminhe, cozinhe, trabalhe e converse. Observe os outros. Pegue novamente. Reflita em nível mais abstrato, se libertando um pouco das imposições lógicas que as escolas e academias tanto inculcam em nossa mente racional. Sinta...
A cadeia de causalidade é uma ferramenta racional para compreendermos os fenômenos que nosso espírito assimila e admite como realidade. Mas ela em si não é a última verdade. Sua Voz aponta para a transcendência iminente do paradigma dominante. Do racional-analítico para o intuitivo-sintético. Daí nascerá a nova humanidade descrita por Ubaldi [5].
A matéria, encarada do ponto de vista estático, se individua em diversos elementos. Na época do tratado, eram 92 [6] - do Hidrogênio ao Urânio. O que distingue cada elemento é o número de elétrons, ou seja, o aspecto dinâmico aponta para a visualização estática. Outro ponto: por mais que decomponhamos o núcleo atômico jamais chegaremos ao último termo: pelo simples fato de que ele não existe (em nosso concebível).
"Disse que os elétrons giram ao redor do núcleo. Ora, nem mesmo o núcleo é o último termo; em breve aprendereis a decompô-lo. Porém, por mais que procureis o último termo, jamais o encontrareis, porque ele não existe." Cap. XII, AGS
Por que não existe? Pelo simples fato de nosso Universo ser trifásico ω=(α=β=γ), e portanto não admitir realidades que extrapolem os limites de manifestação da substância, seja em sentido involutivo, seja em evolutivo - retornarei esse conceito em outro ensaio. Por essa razão somente progrediremos nossos estudos da fase matéria quando adentrarmos na fase energia, em sentido evolutivo, que é um retorno conceitual do que está ocorrendo de forma natural no cosmos. Pode ser realmente alucinante mergulhar nesses conceitos, mas faz sentido quando vemos à fundo a vida.
O princípio que a matéria obedece é o mesmo que nós, humanos, somos levados a seguir de forma mais sofisticada. Em sua essência o fenômeno de transmissão de energia que o Sol realiza a seu conjunto de planetas orbitantes é uma doação. Até na bruta matéria vê-se o amor. O Universo é um canto infindável de amor, cuja manifestação tende a se tornar cada vez mais límpida, livre e libertadora. Não pode-se negar o que o coração admira.
Assim o indivíduo progride, juntamente com sua companheira de viagem, a matéria, que o sustenta enquanto há necessidade.
Referências:
"Chegareis, como vos disse, a produzir energia por desintegração atômica, ou seja, a transformar matéria em energia.
Conseguireis penetrar com vossa vontade na individualidade atômica, produzindo alterações em seu sistema." Cap. X, AGS
Nossa jornada iniciar-se-á na juventude da matéria, com suas formações macro (nebulosas). A partir daí seremos arrastados pelas vias do transformismo. Esse é o convite de Sua Voz. |
A solução de problema físico-químico, de ordem material, traz junto consigo, em germe, um novo problema, em forma filosófica, que demanda por espíritos com grande capacidade de abstração - e igualmente, vivência. Isso é ignorado até o ponto em que a aplicação do novo "invento" começa a ser visto como algo destituído de sentido se não orientado por um princípio superior, íntimo, que está no ser humano escondido.
O modelo atômico se desenvolve à medida que os instrumentos de medição e as ferramentas (métodos, teorias, saberes) aumentam seu espectro de detecção. Assim passamos do átomo contínuo e estático de Dalton (esfera sólida), e depois de Thompson ("pudim da passas"), para o descontínuo e dinâmico de Rutheford (sistema planetário). Este seria detalhado por Niels Bohr, que introduziu os níveis de energia definidos - e a partir daí nasce a Física Quântica. Chega-se à conclusão não apenas que no átomo não apenas domina o espaço vazio, mas que a posição dos elétrons é uma probabilidade que depende do seu vetor velocidade - e vice-versa.
Modelo atômico de Rutherford-Bohr. Séculos para sofisticar. Instantes para potenciar novas descobertas. |
"Com a nova civilização mundial que está por surgir, a humanidade viverá então num mundo dinâmico." Cap. X, AGS
As confirmações já vêm ocorrendo de forma inquestionável em vários campos. Desde um sociólogo e filósofo de renome, com sua obra de mergulho no mundo liquefeito [2], até a gênese da ciência de sistemas, com expoentes de todos campos [3], alguns vencedores do Prêmio Nobel. Esse dinamismo não apenas significa progressão de ideias e revisão de conceitos, mas acima de tudo desconstrução de visões de mundo profundas, arraigadas em nosso subconsciente. Isso nos conduz à interpretação radical da realidade.
No aspecto geral (média universal) nosso universo já está na fase de envelhecimento da matéria (γ).
"Viveis num ponto relativamente velho do universo, e vossa Terra representa o período γ não no início, em sua primeira condensação, ainda próximo da energia, mas no fim, ou seja, no princípio de sua fase oposta, a desagregação, o regresso a β." Cap. X, AGS
"Em vossa fase de evolução, a Lei vos abre o caminho através da passagem γ→β, e não de β→γ. Em outras palavras, o problema da desintegração atômica é solúvel para vós, não nas formas mais longínquas e menos acessíveis da condensação das nebulosas, mas naquelas da desintegração das substâncias radioativas." Cap. X, AGS
Existe um caminho natural que possibilita o progresso. Quando a marcha humana se alinha ao momento fenomênico do universo, descobertas se dão. Deve-se sentir o transformismo que rege tudo e todos, de todas formas, a todo momento.
Nossa expressão e emoção se ligam à manifestação da matéria. Nela - mas não apenas - buscamos inspiração. Iremos superá-la. Mas no momento vivemos nela. |
Reflitamos: "Deus está, assim, onipresente em cada manifestação. Se assim não fora, como vos seria possível a observação de tais fenômenos, que certamente não poderiam ter esperado na eternidade para existirem e se mostrarem a vós exatamente no instante em que também nascestes e desenvolvestes em vós os sentidos e uma consciência que a eles se dirigem?" Cap. XI, AGS
Leia. Releia. Depois pare e tente compreender com a mente. Viva um pouco. Caminhe, cozinhe, trabalhe e converse. Observe os outros. Pegue novamente. Reflita em nível mais abstrato, se libertando um pouco das imposições lógicas que as escolas e academias tanto inculcam em nossa mente racional. Sinta...
A cadeia de causalidade é uma ferramenta racional para compreendermos os fenômenos que nosso espírito assimila e admite como realidade. Mas ela em si não é a última verdade. Sua Voz aponta para a transcendência iminente do paradigma dominante. Do racional-analítico para o intuitivo-sintético. Daí nascerá a nova humanidade descrita por Ubaldi [5].
A matéria, encarada do ponto de vista estático, se individua em diversos elementos. Na época do tratado, eram 92 [6] - do Hidrogênio ao Urânio. O que distingue cada elemento é o número de elétrons, ou seja, o aspecto dinâmico aponta para a visualização estática. Outro ponto: por mais que decomponhamos o núcleo atômico jamais chegaremos ao último termo: pelo simples fato de que ele não existe (em nosso concebível).
"Disse que os elétrons giram ao redor do núcleo. Ora, nem mesmo o núcleo é o último termo; em breve aprendereis a decompô-lo. Porém, por mais que procureis o último termo, jamais o encontrareis, porque ele não existe." Cap. XII, AGS
Por que não existe? Pelo simples fato de nosso Universo ser trifásico ω=(α=β=γ), e portanto não admitir realidades que extrapolem os limites de manifestação da substância, seja em sentido involutivo, seja em evolutivo - retornarei esse conceito em outro ensaio. Por essa razão somente progrediremos nossos estudos da fase matéria quando adentrarmos na fase energia, em sentido evolutivo, que é um retorno conceitual do que está ocorrendo de forma natural no cosmos. Pode ser realmente alucinante mergulhar nesses conceitos, mas faz sentido quando vemos à fundo a vida.
O princípio que a matéria obedece é o mesmo que nós, humanos, somos levados a seguir de forma mais sofisticada. Em sua essência o fenômeno de transmissão de energia que o Sol realiza a seu conjunto de planetas orbitantes é uma doação. Até na bruta matéria vê-se o amor. O Universo é um canto infindável de amor, cuja manifestação tende a se tornar cada vez mais límpida, livre e libertadora. Não pode-se negar o que o coração admira.
Assim o indivíduo progride, juntamente com sua companheira de viagem, a matéria, que o sustenta enquanto há necessidade.
Referências:
[1] GOSWAMI, Amit. Programa Roda Viva, 12/03/2001. Link: https://www.youtube.com/watch?v=EgAPwSWuRog
[2] BAUMAN, Zygmunt. Link: https://www.youtube.com/watch?v=7P1MAZXFVG0
[3] PRIGOGINE, Ilya; MARIOTTI, Humberto; CAPRA, Fritjof; MORIN, Edgard. LORENTZ, Edward.
[4] BLAVATSKY, Helena. Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Voz_do_Sil%C3%AAncio
[5] UBALDI, Pietro. "A Nova Civilização do Terceiro Milênio". Link. http://www.aeradoespirito.net/Livros3/PietroUbaldiANovaCivilizacaodoIIIMilenio.pdf
[6] Á medida que o tempo passou novos elementos foram obtidos artificialmente, como o Plutônio, Uruntrium, Moscóvio, Tennessino, entre outros.
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