Atividade 2.2 – Fórum Avaliativo – O público-alvo da Educação Especial no contexto educacional Regular
Neste fórum iremos analisar e debater o processo de inclusão de alunos que fazem parte do público-alvo da Educação Especial no contexto de cursos do Centro Paula Souza.Você já teve ou tem alunos público-alvo da Educação Especial (deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TEA) ou altas habilidades ou superdotação) em algumas de suas salas de aula? Compartilhe com os colegas as seguintes reflexões:
- Você conversou com esse aluno no início do curso?
- Você realizou alguma atividade ou conversa com sua turma ao receber esse aluno?
- Foi necessário adaptar algum material, procedimento ou conteúdo?
- Como foi a convivência desse aluno com o restante da turma?
Bom dia a todos(as) !
Eu
nunca tive de lidar com um aluno que exigisse cuidados especiais. Não
imagino como eu agiria. Provavelmente seja necessário algum treinamento
para saber como proceder durante o curso - pois trata-se de alguém que
possui menos sentidos e/ou diferente ritmo de aprendizado, com
limitações do ponto de vista do que consideramos normal.
Acredito
que há pessoas com mais (ou menos) aptidões para lidar com esse tipo de
público, assim como temos docentes que lidam melhor com o público
infantil do que com adultos - e vice-versa. Percebo que pessoas que
possuem mais afinidade com as artes, em geral, são mais receptivas ao
diferente, por serem capazes de internalizar sentimentos de forma mais
pronunciada. Isso não significa que a pessoa tenha de ter uma formação
na área, mas uma afinidade com as formas de expressão. Da mesma forma, o
fenômeno pode se dar para quem se envolve de forma muito intensa com
aspectos mais profundos da realidade através da ciência, da comunicação
ou da filosofia.
Recentemente vi um filme
muito bom que trata justamente do tema. Uma freira na França que
trabalha num convento para meninas surdas acaba se responsabilizando por
uma menina cega e surda, mesmo que o lugar não tenha competência para
tratar de tal problemática. Ela acaba recebendo a menina e acaba
conquistando sua confiança, tornando-a uma pessoa autônoma em vários
sentidos.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=D5qJv_I7K6M&feature=emb_title
O
espectador vê o árduo trabalho assumida pela jovem e frágil freira. Ela
possui saúde precária e acaba falecendo no final, mas cumpre sua
missão, considerada impossível (e indesejável) pelas suas colegas:
elevar uma menina a um status aceitável, dando-lhe autonomia e
confiança, expandindo seus horizontes através de um trabalho formidável,
criando uma forma de comunicação nova. É realmente muito bonito.
Recomendo o filme.
Concordo
contigo X. Eu particularmente estou muito despreparado. Não sei como
agir. E às vezes, mesmo com as melhores das intenções, podemos estar
fazendo algo prejudicial a alguém. Precisamos ter vivência e um certo
treinamento para essas situações. Como você bem disse (grifos meus):
Analisando o contexto de inclusão de uma forma mais ampla, acredito que grande parte dos docentes, ainda está despreparado para receber em sala de aula, alunos com deficiências e dificuldades físicas e cognitivas mais significativas."
Eu fico pensando em termos de comunicação...
Nos apoiamos nos cinco sentidos para atuarmos e formarmos nossas opiniões. A carência de um deles - ou de um membro, ou de uma capacidade cognitiva - traz um problema para o indivíduo. No entanto, percebo que há casos fenomenais, em que a amputação de um sentido, membro ou capacidade intelectual acaba servindo de estímulo para a potencialização de virtudes, gerando-se assim ideias e obras de arte fantásticas.
Quantos casos de gênios não há em que personalidades fora do padrão viviam tormentos constantes e intensos durante toda a vida. Van Gogh, Beethoven e Alan Turing exemplificam esse fenômeno. O sofrimento, se atinge seres de elevado grau de consciência, tirando-lhes às vezes sentidos muito queridos (Beethoven ficou surdo) é o catalisador das criações que ecoam na vasta esteira do tempo. É sem dúvida um fenômeno muito intrigante, que nos deixa perplexos e nos leva a perguntar se existe uma função pedagógica em tudo isso.
Fico pensando em evolução com tudo isso..
Várias obras cinematográficas apontam para uma realidade futura imprevisível, porém muito ansiada pelo íntimo coletivo.
No filme Inteligência Artificial (idealizado por Kubrick e filmado por Spielberg), quando o menino-robô se depara com alienígenas num futuro distante, o espectador percebe que esses seres esbeltos, transparentes (em todos aspectos), eficientes, verdadeiramente inteligentes e pouco materializados, se comunicam por pensamento. Não é necessário ver, ouvir, cheirar, tocar, saborear...Não é necessário um subtrato físico para que ocorra a transmissão de ideias e sentimentos...Logo, a deficiência inexiste, pois vive-se num plano superior, que (aparentemente) superou, há muitos milênios, tendências instintivas que acompanham a nossa personalidade.
Analisando o contexto de inclusão de uma forma mais ampla, acredito que grande parte dos docentes, ainda está despreparado para receber em sala de aula, alunos com deficiências e dificuldades físicas e cognitivas mais significativas."
Eu fico pensando em termos de comunicação...
Nos apoiamos nos cinco sentidos para atuarmos e formarmos nossas opiniões. A carência de um deles - ou de um membro, ou de uma capacidade cognitiva - traz um problema para o indivíduo. No entanto, percebo que há casos fenomenais, em que a amputação de um sentido, membro ou capacidade intelectual acaba servindo de estímulo para a potencialização de virtudes, gerando-se assim ideias e obras de arte fantásticas.
Quantos casos de gênios não há em que personalidades fora do padrão viviam tormentos constantes e intensos durante toda a vida. Van Gogh, Beethoven e Alan Turing exemplificam esse fenômeno. O sofrimento, se atinge seres de elevado grau de consciência, tirando-lhes às vezes sentidos muito queridos (Beethoven ficou surdo) é o catalisador das criações que ecoam na vasta esteira do tempo. É sem dúvida um fenômeno muito intrigante, que nos deixa perplexos e nos leva a perguntar se existe uma função pedagógica em tudo isso.
Fico pensando em evolução com tudo isso..
Várias obras cinematográficas apontam para uma realidade futura imprevisível, porém muito ansiada pelo íntimo coletivo.
No filme Inteligência Artificial (idealizado por Kubrick e filmado por Spielberg), quando o menino-robô se depara com alienígenas num futuro distante, o espectador percebe que esses seres esbeltos, transparentes (em todos aspectos), eficientes, verdadeiramente inteligentes e pouco materializados, se comunicam por pensamento. Não é necessário ver, ouvir, cheirar, tocar, saborear...Não é necessário um subtrato físico para que ocorra a transmissão de ideias e sentimentos...Logo, a deficiência inexiste, pois vive-se num plano superior, que (aparentemente) superou, há muitos milênios, tendências instintivas que acompanham a nossa personalidade.
Me
pergunto se uma evolução profunda de nossa espécie, à nível íntimo,
substancial, não terá o poder de plasmar o organismo físico de modo
orientado, rumo a uma neo-configuração orgânico-molecular,
reestruturando tudo. Uma evolução interior, que se dará cada vez mais no
campo psíquico do que no físico. E este sofrerá influências concretas a
partir de fenômenos internos, intangíveis.
Tudo me indica que
deslocar nosso centro de gravidade de preocupações para planos mais
sutis nos libertará cada vez mais da necessidade de sermos dependentes
de órgãos saudáveis para nosso pleno desenvolvimento. Quando discorro
sobre essas questões, obviamente penso na escala de milênios e milênios -
pois sei que a evolução...especialmente da consciência humana...é
lentíssima.
Enfim...acredito que chegará um momento em nossa
trajetória multimilenar em que não haverão mais deficiências. Porque
estaremos vivendo em planos de existência hiper-sensórios (como os
alienígenas do filme). Mas antes de chegar lá precisamos saber tratar os
outros como gostaríamos de ser tratados. É mister ter empatia para com o
outro para operar essa ascensão de espírito. E...por mais paradoxal que
pareça...é apenas sabendo abraçar o outro e inseri-lo na sociedade que
permitirá à humanidade se livrar da dependência desse organismo pesado,
com vínculo férreo ao tempo, que sente a existência se arrastar; um
organismo muito sensível às perturbações do ambiente.
Criamos
tecnologias para aliviar o sofrimento. Tratamentos e medicamentos para
reverter doenças e deficiências. E temos tido sucesso. E continuaremos
tendo com o progresso. Mas acredito que a maior conquista a ser feita
deixará tudo isso como capítulos da pré-história de uma humanidade
futura, que venceu as amarras de um mundo fortemente calcado na
materialidade. Trata-se de um destino irresistível mas (aparentemente)
irrealizável. Mas já se constata que a utopia de hoje é a realidade de
amanhã. E é graças a essas visões "loucas" que poderemos chegar em
lugares inimagináveis.
Eu não sei como esse processo se dará. Mas
sinto que, quando se consumar, abolirá definitivamente as deficiências e
doenças. E assim nada nos atingirá - pois teremos aprendido sobre as
limitações do outro e sofrido outras dores, de outras formas. Variadas
formas.
Link:https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=ns3YRpeeGwI&feature=emb_title
FIM
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