Atividade 1.2 – Fórum Avaliativo – Mural de histórias
Bem-vindo ao nosso Mural de Histórias!
Aqui, você poderá expor um pouco
de suas vivências pedagógicas e, também, conhecer muitas outras
histórias interessantes que serão compartilhadas por seus colegas
cursistas.
Para tornar este espaço ainda
mais interessante, sugerimos que você escreva ou grave áudios (máximo 1
minuto) para contar suas histórias e disponibilizá-las neste fórum.
Você pode utilizar recursos
simples, como o próprio gravador do seu celular e compartilhar o arquivo
no fórum ou, se você quiser saber mais, sugerimos que acesse as dicas
da Rede de Jornalistas Internacionais ou do
Blog Resultados Digitais. Você descobrirá que este recurso também pode ter um grande potencial educacional!
Nas unidades 1, 2 e 3 serão
propostos 4 temas em 4 tópicos que serão abertos neste fórum (dois na
unidade 1, um na unidade 2 e um na unidade 3) onde você postará suas
histórias.
Não esqueça que os tópicos estarão disponíveis para que você poste suas histórias até o final da unidade 4.
Agora, veja quais os tópicos de discussão já estão disponíveis para você participar!
Bom estudo!
Tópico 1
Estive perscrutando a internet essas noites e me deparei com uma dissertação muito interessante da EESC da USP:
"SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL COMO UMA FERRAMENTA DE AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO"
(Muriel de Oliveira Gavira, 2003)
Na seção 2.4 Aquisição de conhecimento, a autora trata justamente dos conhecimentos tácito e explícito. Ela define e fala sobre os modelos de conversão do conhecimento NONAKA E TAKEUCHI (1997).
Esses
trabalhos confirmam como as coisas estão profundamente relacionadas.
Simulação computacional passa a ser vista em um outro aspecto seu que
não o de simples aplicação no mundo técnico. Trata-se também de uma área
do conhecimento que possibilita essas transformações - de um
conhecimento em outro.
"A partir dessas definições, pode-se assumir que um modelo de simulação de um sistema é uma forma de converter conhecimento tácito em codificado,
já que as atividades de reflexão, discussão, dedução, indução, etc.,
inerentes à modelagem, proporcionam o conhecimento do sistema (aquisição
do conhecimento sobre o sistema modelado)."
GAVIRA, 2003 (grifos meus)
O conhecimento tácito, em sua forma mais elevada, se relaciona à intuição - o que o Prof. Ubaldi denomina 'superconsciente', ou seja, o destino da natureza humana, a ser atingido através do longo processo evolutivo. E também aos instintos,
que nada mais são do que os automatismos biofísicos e psíquicos, que o
ser humano se apropriou e tornou parte de sua natureza. Portanto, esse
tipo de conhecimento possui muitos elementos do subconsciente humano:
emoções, valores, perspectivas, etc., e ao mesmo tempo, que estão no
inconcebível mas não são naturais ao ser. Esse conhecimento dificilmente
é sistematizável, transmissível ou utilizável para fins concretos.
Porque as visões de mundo são relativas entre si e progressivas no tempo.
Acredito que, sabendo filtrar o conhecimento tácito, dividindo as particularidades relativas (subconsciente) da universalidade substancial (superconsciente), ambas
fora do alcance da sistematização, podemos fazer uma conversão
tácito-tácito (socialização) e tácito-explícito (externalização) mais
eficaz que dê força à evolução humana.
Já o conhecimento explícito se relaciona diretamente à zona do consciente humano (médio), pois ele é sistematizável e transmissível através de fórmulas, teorias, textos, diagramas, etc.
Um grande pensador húngaro, Karl Polanyi
(1886-1964), atesta a limitação do conhecimento explícito frente ao
tácito, que representa apenas uma pequena parte de todo conhecimento
humano:
"Podemos saber mais do que podemos dizer." Polanyi (1966, p.4)
Isso
comprova que o conhecimento tácito está no inconsciente humano, cuja
força de reprodução vem das camadas do subconsciente (o passado do ser) -
e cuja potencialidade de transformação reside na intuição humana, a ser
sistematizada e assimilada pelo consciente, para um dia se tornar
natureza. De tácito para explícito. De explícito para tácito - mas um
outro tipo de tácito, mais elaborado, mais sutil e potente. Uma
transformação de qualidade unidirecional, ascensional e fatal.
Fico
muito empolgado quando percebo essa unidade de saberes. É cada vez mais
evidente que a fenomenologia universal só possa ser abordada a partir
de uma visão integral da realidade. Aqui observamos um aprofundamento de
relação entre simulação computacional (meu métier) e aquisição de
conhecimento (nosso estudo presente), que um dia pode virar casamento.
Estamos
caminhando para a fusão. O par que antes era visto como antagônico
passa a ser visto como complementar. Porque a mentalidade mudou. E a
(nossa) natureza talvez esteja prestes a dar um salto...
Tópico 2
---
Tópico 3
Olá a todos(as).
Até hoje nunca trabalhei com mapas conceituais - nem sequer estava a par da existência deles.
No entanto, como engenheiro de simulação,
já tive a oportunidade de trabalhar com diversos diagramas esquemáticos
que modelam um fenômeno físico ou informacional. Por exemplo, o Diagrama de Blocos (DB), muito usado nas leis de controle de sistemas e também na modelagem de planta (sistemas físicos); e os Grafos de Ligação (GL), adequados para modelar fenômenos físicos, em que existe um fluxo bidirecional entre elementos (causa-efeito).
Planejo implementar mapas conceituais em uma disciplina que darei no próximo semestre: Física Aplicada, para o técnico concomitante/subsequente em mecânica.
Recentemente li um artigo falando sobre as sete inteligências,
cada vez mais reconhecidas e adotadas pelos psicanalistas para
avaliação das pessoas - e pelo pedagogos para diagnosticar as
potencialidades dos alunos. Elas são:
a) Linguística;
b) Lógica;
c) Espacial;
d) Motora;
e) Musical;
f) Interpessoal;
g) Intrapessoal.
O
grande mérito do mapa conceitual é transmitir uma informação que é
geralmente comunicada verbalmente ou oralmente através de diagramas
esquemáticos. Diminui-se o peso da inteligência linguística - aumenta-se o peso das inteligências lógica (diagramas esquemáticos) e espacial (formas e coloração dos ícones e setas). Trata-se de uma transformação na forma de comunicação. Às vezes diagramas são mais sintéticos, abrindo possibilidades para intuições aos alunos.
Acredito
que seja possível esboçar a possibilidade de serem criados diagramas
que envolvam movimento (das figuras), seja na forma de vibração, rotação ou translação.
Seria necessário estabelecer se esses movimentos particulares possuem
alguma relação com a transmissão de algo tipicamente comunicado por
outras inteligências. Assim poderia ser atrativo para aqueles com
inteligência motora bem desenvolvida. O mesmo poderia ser feito em
relação a sons e musicalidade.
Enfim, os idealizadores e sistematizadores estão de parabéns. É realmente uma ideia muito interessante.
Tópico 4
Boa noite a todos(as).
Referências:
[1] https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=FkjH-s1eVF8&feature=emb_title
Vivemos numa era de abundância de informações e sensações. Mas informação não é conhecimento - muito menos sabedoria. E sensação não é sentimento. Por isso é preciso saber se orientar no dia a dia. É necessário, antes de tudo, saber o que está ocorrendo e por que.
Quem se beneficia com as fake News? Por que muitos (que não tiram vantagem efetiva) propagam a mesma?
Ao
longo dos últimos anos pude constatar a força de um poder que se
interessa em manter um certo equilíbrio entre dois protagonistas.
Correntes de pensamento antagônicas nos seus propósitos - porém muito
semelhante em seus métodos...Esse poder não declara partido, religião,
ideologia. Ele apenas manipula a informação de acordo com
interesses mais profundos. Ele opera criando contextos, com passos muito
bem calculados e esquematizações que fogem da capacidade das massas. Ao
longo do tempo, esse poder é capaz de colocar em marcha um plano
diretor geral, em que não interessam as conquistas ou derrotas
momentâneas, mas sim o aprisionamento da capacidade de imaginar e criar
das pessoas, mantendo-as restritas a um paradigma.
Falo sobre tudo isso porque o controle de informação é um fator-chave para conquistar e manter o poder. Noam Chomsky cita dez estratégias de manipulação das massas [1].
Ele investigou à fundo a questão midiática, revelando ao público vários
aspectos que não são colocados em pauta nas mídias de massa - nem nas
massas de mídia. Acredito que explicitar esses aspectos às
turmas, sejam elas técnicas, de engenharia ou cursos não-relacionados
diretamente às humanidades, é um início. Tímido, mas já algo. No
entanto, é importante ressaltar que essa exibição deve ser feita:
(a) se a turma apresentar maturidade para lidar com a temática;
(b) se houver tempo disponível na disciplina;
(c) se não houver nenhuma lei proibindo tais exposições (como numa ditadura);
(d) se não houver nenhum aluno que precise de mais tempo de reforço, sem o qual ele seja incapaz de apresentar;
(e) se os alunos concordarem com a exibição do vídeo.
Trata-se
de uma possibilidade. Não somos professores de ciências humanas ou
filosofia. Mas somos humanos, e por isso possuímos em nosso imo o germe
filosófico que nos permite conceber correntes de pensamento. Não somos
fragmentados - somos íntegros.
Se alguém julga a questão da
informação é tão importante, essa pessoa deve ser coerente com essa
crença, difundindo da forma que puder isso. Sem medo. Com ousadia inteligente [2]. No meu caso, já expus isso em meu blog [3],
desenvolvendo o tema de forma intuitiva, criando uma taxonomia para os
tipos de manipulação de informação. Também, graças ao meu gosto por
cinema (de verdade!), já pude vivenciar na tela grandes questões
envolvendo a manipulação da informação. Um grande filme que trata
magistralmente a questão midiática é Meet John Doe (1941), de Frank Capra. Sempre
expor sua opinião, de forma incisiva, organizada e orientada, onde
puder, nos meios sociais, é outra estratégia. Tangenciar a questão em
cursos criados (de extensão). Há muita coisa a ser feita. Apesar de
pouca, é alguma coisa e é o que um indivíduo sem muitos contatos pode
fazer.
Há um número grande de produções
norte-americanas e europeias que tratam dos meios de comunicação. O
Cinema nos brinda com boas produções nesse quesito.
Mas...voltando à questão da manipulação da informação, percebi que existem seis modos de jogar com a informação [3].
São eles:
O direcionamento se
dá em função da reatividade de um nicho específico de público (que pode
ser grande). Ela visa informar uma parcela da população sobre um
aspecto ou dois (jamais todos) de uma realidade. Dessa forma os
algoritmos que direcionam informação o fazem a partir de uma
subjetividade que estabelece uma base axiomática que se manifesta como
desdobramento de toda lógica. Quem decide qual o público que vá ter em
maior dose este ou aquele tipo de informação? Obviamente não há
participação da sociedade nisso.
A amplificação visa maximizar feitos de um grupo humano (partido, religião, personagem histórico ou presente, ideologia, país, etc) e simultaneamente minimizar feitos, universalmente aceitos como bons (tanto nas intenções quanto nas implementações), de outros grupos. Essa relação entre maximização de conjunto A - minimização de conjunto B deve ser feita de modo a não deixar evidências (pistas) da estrutura por trás desse comportamento. Isso torna o trabalho investigativo mais laborioso. E num mundo repleto de obrigações inúteis e rituais insanos, qualquer coisa que demande um esforço além do mínimo é prontamente desconsiderada. A amplificação geralmente funciona de modo duplo: minimiza-se as ações deletérias de grupo A e maximiza-se as do outro; e maximiza-se as ações benéficas do grupo A enquanto se minimiza as do B.
A supressão é o extremo da amplificação (para mais ou para menos). Trata-se de nulificar os aspectos positivos do outro - e maximizar os próprios, dando aspecto de "tudo de bom aqui se deu graças a mim, ao meu grupo, à minha ideologia, etc" - e "tudo de mal que existe se deve a ideologia x, partido y, pessoas z, etc". Essa tática é mais agressiva do que a anterior, pois passa-se ao público uma visão absolutista de um relativo humano - que as pessoas tendem a aceitar com relativa facilidade. Essa aceitação irá depender do quão frustrada a pessoa está. Trabalho alienado e consumo conspícuo intensos reforçam as chances de alguém aceitar as supressões da mídia.
A retenção nem amplifica nem suprime nem direciona uma informação. Ela apenas capta ela em sua forma mais pura e original e espera a passagem de tempo para liberá-la ao público. Qual o sentido em fazer isso? A depender do momento em que você recebe uma informação, pode ser que sua reação a ela surta um efeito mais fraco devido a esse atraso. Isso se relaciona diretamente ao conceito sistêmico de atraso (delay). Geram-se oscilações em variáveis humanas (ex: ansiedade, expectativa, tensão, etc), o que acaba causando mais instabilidade na sociedade, deixando-a mais desorientada e em busca de "soluções" mais simples - a nível de evento.
O atraso se relaciona diretamente a retenção. A diferença é que o período de tempo entre a recepção (pela mídia) e a transmissão (ao público) é um período finito, ao passo que existem casos de retenção no qual o período de tempo pode ser infinito. Ou seja, a intenção da mídia é nunca divulgar certas verdades. Ou, numa escala de vida humana, num período de cinco, seis ou mais décadas, o que praticamente pode ser considerado eterno - do ponto de vida da existência material. Exemplo disso é a divulgação de alguns crimes contra a humanidade de regimes autoritários - muitos sustentados pela lógica capitalista diga-se de passagem. Outro exemplo clássico é a condenação de Galileu Galilei por dizer que a Terra se move. Ele se retrata e admite que a Terra está parada (mas diz bem baixinho a alguns..."E pur si muove!". "Mas ela se move"). 350 anos depois a Igreja admite seu erro...
A distorção , ao contrário da amplificação, não visa regular a quantidade (grandeza do ato positivo ou negativo). Ela tem por escopo inserir uma miscelânea de elementos de análise para tornar a informação maleável sob outros pontos de vista. Podemos dizer que ela dá uma característica plástica a um evento.
A amplificação visa maximizar feitos de um grupo humano (partido, religião, personagem histórico ou presente, ideologia, país, etc) e simultaneamente minimizar feitos, universalmente aceitos como bons (tanto nas intenções quanto nas implementações), de outros grupos. Essa relação entre maximização de conjunto A - minimização de conjunto B deve ser feita de modo a não deixar evidências (pistas) da estrutura por trás desse comportamento. Isso torna o trabalho investigativo mais laborioso. E num mundo repleto de obrigações inúteis e rituais insanos, qualquer coisa que demande um esforço além do mínimo é prontamente desconsiderada. A amplificação geralmente funciona de modo duplo: minimiza-se as ações deletérias de grupo A e maximiza-se as do outro; e maximiza-se as ações benéficas do grupo A enquanto se minimiza as do B.
A supressão é o extremo da amplificação (para mais ou para menos). Trata-se de nulificar os aspectos positivos do outro - e maximizar os próprios, dando aspecto de "tudo de bom aqui se deu graças a mim, ao meu grupo, à minha ideologia, etc" - e "tudo de mal que existe se deve a ideologia x, partido y, pessoas z, etc". Essa tática é mais agressiva do que a anterior, pois passa-se ao público uma visão absolutista de um relativo humano - que as pessoas tendem a aceitar com relativa facilidade. Essa aceitação irá depender do quão frustrada a pessoa está. Trabalho alienado e consumo conspícuo intensos reforçam as chances de alguém aceitar as supressões da mídia.
A retenção nem amplifica nem suprime nem direciona uma informação. Ela apenas capta ela em sua forma mais pura e original e espera a passagem de tempo para liberá-la ao público. Qual o sentido em fazer isso? A depender do momento em que você recebe uma informação, pode ser que sua reação a ela surta um efeito mais fraco devido a esse atraso. Isso se relaciona diretamente ao conceito sistêmico de atraso (delay). Geram-se oscilações em variáveis humanas (ex: ansiedade, expectativa, tensão, etc), o que acaba causando mais instabilidade na sociedade, deixando-a mais desorientada e em busca de "soluções" mais simples - a nível de evento.
O atraso se relaciona diretamente a retenção. A diferença é que o período de tempo entre a recepção (pela mídia) e a transmissão (ao público) é um período finito, ao passo que existem casos de retenção no qual o período de tempo pode ser infinito. Ou seja, a intenção da mídia é nunca divulgar certas verdades. Ou, numa escala de vida humana, num período de cinco, seis ou mais décadas, o que praticamente pode ser considerado eterno - do ponto de vida da existência material. Exemplo disso é a divulgação de alguns crimes contra a humanidade de regimes autoritários - muitos sustentados pela lógica capitalista diga-se de passagem. Outro exemplo clássico é a condenação de Galileu Galilei por dizer que a Terra se move. Ele se retrata e admite que a Terra está parada (mas diz bem baixinho a alguns..."E pur si muove!". "Mas ela se move"). 350 anos depois a Igreja admite seu erro...
A distorção , ao contrário da amplificação, não visa regular a quantidade (grandeza do ato positivo ou negativo). Ela tem por escopo inserir uma miscelânea de elementos de análise para tornar a informação maleável sob outros pontos de vista. Podemos dizer que ela dá uma característica plástica a um evento.
O princípio é simples: quanto mais
gente se lançar ao turbilhão da investigação, em busca da verdade, mais
pessoas se sentirão impelidas a pensar sobre essa questão.
Referências:
[1] https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=FkjH-s1eVF8&feature=emb_title
Bom dia X, Y e participantes.
No meu 1º curso de extensão eu costumo passar dois trechos do filme O Jogo da Imitação.
O primeiro trecho revela o processo de inserção numa realidade mais profunda, adotado
pelo Sr. Turing (e por todos os gênios da ciência, da arte, do
pensamento e da liderança), usando o ambiente apenas como meio para
capturar possíveis soluções para o "seu" problema;
O segundo mostra a capacidade intuitiva desse homem em saber usar o conhecimento adquirido - isso nos remete à sabedoria. Não basta ser um especialista fenomenal - é mister revelar-se um sábio condutor do processo histórico.
O primeiro trecho mostra o processo de construção do conhecimento.
O segundo, a sapiência em usá-lo.
Existe um canal muito bom no youtube que pode ajudar as pessoas a melhor compreenderem a hierarquia DIKW [1]:
Data (dados)
- símbolos ou palavras organizadas que representam uma percepção. não
tem significado e portanto pode-se usar automação computacional para
capturá-la e processá-la.
Information (informação) - dá contexto e significado aos dados. pode responder questões interrogativas como: quem, o que, onde.
Knowledge (conhecimento)
- síntese de múltiplas fontes de informação ao longo de um período
visando estabelecer uma plataforma conceitual, teorias e axiomas. é tácito, ou seja, possui uma dimensão subjetiva.
Wisdom
(sabedoria) - estado de percepção capaz de dar pleno discernimento dos
objetos e sujeitos. é saber os porquês. é ver o Todo. é o que a ciência
sistêmica visa atingir pelas vias do que já existe.
Percebe-se
que o conhecimento, quando convertido (sistematizado) em símbolos e
equações, passa a ser informação. Logo, tudo que é informação é
completamente assimilável pela mente racional - por outro lado, tudo que
é conhecimento só pode ser "gerado" por faculdades singulares,
residentes na subjetividade de cada um.
Racionalizar é fazer descer (conceptualmente) uma ideia superior.
À
medida que se ascende, muda-se a percepção do que é consciência. Uma
transmigração de valores do superconsicente para o consciente. E deste
para o subconsciente, ao longo de milênios e milênios. Sedimentando em
nosso imo princípios mais elevados, ascende-se mais facilmente.
Alan Turing percebeu que sua genialidade de nada valeria se não soubesse usá-la. Ele se superou ao se inserir numa posição de humildade, percebendo que é preciso ter muito cuidado após atingir-se um grande feito. Por que? Porque as pessoas ficam inebriadas com suas conquistas,
e se tornam cegas à realidade, decaindo logo após uma (pequena)
ascensão. Essa é a armadilha - que Turing muito bem soube perceber.
Quando capturamos uma fake News que seja do nosso agrado - isto é, satisfaça nosso subconsciente - tendemos a difundi-la loucamente. Ocultamos o grande quadro em prol de satisfações momentâneas.
Verdades fragmentadas, ordenadas de modo simplório. Muitas vidas
destruídas - muitas dores indescritíveis, que se arrastam por
gerações...Quem monta uma fake News sabe que está retirando algo de contexto. A intenção é clara. Quem difunde é menos culpado - mas muito ignorante.
A manipulação é um artifício humano para escapar de questões que o incomodam. Isso parece trazer vitória - mas eu digo que é aquisição de débito
perante uma realidade imponderável. Daí a dificuldade da sociedade em
combater grandes corporações que geram e criam métodos (para as fake News): nós fazemos parte desse jogo,
e muitos acabam contribuindo, seja criando esse problema, seja
divulgando-o. A neutralidade significa não oferecer resistência para
essa avalanche de desorientação. É participar do processo através da
inércia. É - no vocábulo do Baghavad Gita - uma atitude tamásica com leves pitadas de rajas [2].
Enfim...eu continuo acreditando que o que pode ser feito é nos engajarmos individualmente em projetos pessoais.
Tudo que puder ser feito independentemente, seja feito. Com o tempo
surgirão outros, que perceberão a importância da questão. Gênese de
associações coletivas. Crescimento que culminará numa massa crítica.
Crítica porque conscientizada e conscientizável.
Referências:
[1] https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=67pGihlSTt8&feature=emb_title
Bom dia a todos(as).
Como soa esta questão para você? Faz sentido? Você tem orientado seus alunos para práticas eficazes de pesquisa na Internet? Se não, ao ter contato com o conteúdo deste curso, você se sente estimulado e seguro para fazer este tipo de orientação? Conte nos como você acredita que pode incorporar esta prática à sua rotina junto aos alunos. Nos relate uma situação real de aula onde isso poderá ocorrer.
Acesse este fórum com frequência para acompanhar e comente as respostas dos colegas para dar continuidade ao debate.
Bom dia a todos(as).
Referências:
[1] http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/04/smartphone-passa-pc-e-vira-aparelho-n-1-para-acessar-internet-no-brasil.html
[2] https://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=245644
X, esse mapa conceitual montado por ti é muito interessante!
Muitas vidas são destroçadas justamente porque existe uma associação íntima (e perversa) entre aqueles que fabricam
as fake news (poucos, muito criativos) e aqueles (muitos, neutros, que
seguem tendências) que, sem seguir sua consciência - leia-se
internalizar o vosso diagrama, aplicando-o sempre, em todas situações -
acabam acatando, gratuitamente, como verdade absoluta, o que lhes é apresentado. Sem questionar, sem investigar...por medo de ficarem de fora do grupo.
As relações sociais podem ser facilmente erodidas em função da nossa incapacidade em seguir essa lógica
- tão bem apresentada por você. Mas acredito que para segui-la não
basta sabermos conscientemente que ela seja uma verdade que nos
conduzirá a um melhor estado de convivência: devemos internalizá-la em nossas vidas.
Somente
quem sente na pele os efeitos das fake news, e tem uma orientação para a
justiça, consegue chegar a concepções mais vastas da realidade.
Gostaria de relembrar sobre os três filtros de Sócrates (que pode ser encarado como um precursor de Cristo).
Segue a história:
Na
Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria.
Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido que lhe
disse:
- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?
- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros".
- Três filtros?
- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vais me dizer.
O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade?
- Bem... Acabo de saber...
- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar?
Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno?
- Não, pelo contrário.
- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade!
Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade. O que queres me contar vai ser útil para mim?
- Acho que não muito.
- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar?
Este episódio demonstra porque era tão estimado.
- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?
- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros".
- Três filtros?
- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vais me dizer.
O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade?
- Bem... Acabo de saber...
- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar?
Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno?
- Não, pelo contrário.
- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade!
Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade. O que queres me contar vai ser útil para mim?
- Acho que não muito.
- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar?
Este episódio demonstra porque era tão estimado.
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Quando formos falar para outros sobre outras pessoas, devemos sempre aplicar os três filtros. Se a nossa "verdade" passar por pelo menos um deles, podemos contar - se não, não vale a pena, pois poderá causar um mal irreparável.
No fundo trata-se de uma questão de consciência. Uma sociedade consciente é séria.
Sendo séria, procurará apenas o útil - em seu sentido mais lato, não
apenas em termos de utilidade sensória-materialista. Os esquemas falsos
terão a finalidade de elevar as pessoas, unificá-las, irmaná-las num
amplexo de compreensão e fraternidade, não prejudicando a ninguém, e sim
revelando aspectos mais profundos da vida.
"Os artistas usam a mentira para revelar a verdade, enquanto os políticos usam a mentira para escondê-la."
V de Vingança
Não existem apenas políticos puros e artistas puros. A humanidade é composto de seres híbridos. Existem políticos-artistas e artistas-políticos.
Político-político segue a corrente de seu meio - sendo assim, serve de ferramenta do diabo.
é (apenas) sagaz como a serpente.
Artista-artista segue o belo e o ideal, mas não é capaz de permear todas as esferas da vida com sua criações.
é (apenas) simples como a pomba.
O político-artista usa das ferramentas do real para desmascarar as falsidades que dividem e travam o progresso.
é simples como a pomba e sagaz como a serpente.
O artista-político é embalado pelo ideal, usando sua criatividade para materializar suas belezas.
também é simples como a pomba e sagaz como a serpente.
Os
híbridos combinam o melhor dos dois mundos. Eles fazem a síntese,
associando o mais belo do ideal com o mais forte do real. Razão e Fé, de
mãos dadas, ascendendo em meio a golpes - para que as pessoas percebam a
armadilha na qual estão imersas.
Atividade 6.3 – Fórum Avaliativo
Muitas vezes dizemos que os alunos copiam e colam da Internet, mas na realidade nunca os orientamos para processos de busca eficazes de informações.Como soa esta questão para você? Faz sentido? Você tem orientado seus alunos para práticas eficazes de pesquisa na Internet? Se não, ao ter contato com o conteúdo deste curso, você se sente estimulado e seguro para fazer este tipo de orientação? Conte nos como você acredita que pode incorporar esta prática à sua rotina junto aos alunos. Nos relate uma situação real de aula onde isso poderá ocorrer.
Acesse este fórum com frequência para acompanhar e comente as respostas dos colegas para dar continuidade ao debate.
Os
estudantes fazem muito uso de equipamentos eletrônicos. O celular é o
que ganha de longe. Estima-se que atualmente a maioria dos acessos à
internet seja realizada através do smartphone [1]. Existem
vantagens e desvantagens no uso de tal equipamento. As vantagens são as
possibilidades: pode-se, com um único dispositivo, realizar fotos e
vídeos para documentar trabalhos; usar aplicativos para mensurar e
apoiar estudos; organizar eventos; repassar informações sem necessidade
de deslocamento; etc. No entanto o mau uso gera problemas.
Os aparelhos celulares criam uma barreira entre os jovens e o hábito de ler [2]. Muitos ficam conectados nos seus aparelhos visando jogos e novidades. Fazer um uso orientado e eficaz ainda é difícil.
Recentemente
uma aluna me apresentou um aplicativo que está usando na disciplina de
desenho técnico. Ele ajuda a desenhar e cotar as peças, com o aluno
construindo o desenho de uma das vistas. Essa é uma boa iniciativa.
As
tecnologias digitais, como todas outras que precederam as mesmas, devem
ser usadas com ponderação. Deve-se fazer uso - nem abuso nem recusa -
das possibilidades da tecnologia. Para isso procuro sempre imprimir em
meus discursos (durante as aulas) da importância da auto-orientação do
aluno. Alguém em busca de esclarecimento deve ser capaz de discernir o
que é ou não verdadeiro. Deve saber perceber a coerência entre coisas.
Referências:
[1] http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/04/smartphone-passa-pc-e-vira-aparelho-n-1-para-acessar-internet-no-brasil.html
[2] https://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=245644
Bom dia a todos(as).
X, essas informações que você citou são muito interessantes. Destaco o caso da Wikipedia, cuja confiabilidade é próxima à da Enciclopédia Britânica, conforme você constata baseado nas referências.
Ainda
existe muita resistência a novas formas de obter informação
(referências). O meio acadêmico, nesse aspecto, é muito conservador:
teses e dissertações não podem referenciar a wikipedia pelo fato
dela não ter uma "base científica". Isso revela que a ciência, assim
como as religiões e ideologias, também possui um sistema de crenças e
valores que se calcam em práticas consolidadas (clássicas), com
dificuldade de abraçar novas formas de busca e métodos de trabalho. É
preciso perceber o transformismo evolutivo que se dá em todas vertentes.
É
claro que o tipo de dogmatismo que embala boa parte da comunidade
científica não é do mesmo grau e tipo de outros. Mas devemos estar
atentos ao fato de que toda esfera do saber e meio de manifestação está
sujeito à sua época, às suas ferramentas, à sua história particular e ao
seu conhecimento relativo da pessoa/grupo. Ninguém nem nada escapa por
completo de uma visão sintética que aponte as limitações e necessidade
de transformação (adaptação).
Nossos alunos devem ser capazes de
questionar construtivamente, afirmando possibilidades que expandam a
realidade - ao invés de negar baseado em outras crenças.
A
wikipedia demonstra que a compilação do conhecimento pela via
democrática faz frente a outras obras elaborada por um corpo
profissional. Isso aponta para o fato de que dar liberdade às pessoas
abre as portas para a revelação de pessoas talentosas, com capacidade de
organizar e desenvolver (e vontade de se ocupar). Esse exemplo pode
servir de base para a democratização de outras instituições (ex.: meios
de comunicação, participação política, deliberação sobre as fontes de
energia e o destino dos recursos, etc.).
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