Atividade 2.2 - Fórum Avaliativo – Parte I (Disciplina 3)
A educação profissional no Brasil ainda se apresenta balizada pelo senso comum, historicamente arraigado dentro e fora das instituições escolares. Um exemplo:
A educação profissional é
uma modalidade inferior ao ensino superior [como licenciaturas, bacharelados]
e, portanto, menos importante e destinada às camadas economicamente menos
favorecidas.
Acesse
o fórum e debata com seus colegas algumas ideias do senso comum que você identifica
atualmente na escola de educação técnica, especialmente entre os professores e
gestores com os quais convive. Aponte evidências que derrubam ou reforçam estes
pressupostos citados.
Vou começar pinçando um aspecto específico de senso comum e na segunda parte fazer observações mais substanciais e sintéticas.
Levando em consideração a afirmativa inicial do Fórum:
"A
educação profissional é uma modalidade inferior ao ensino superior [como
licenciaturas, bacharelados] e, portanto, menos importante e destinada às
camadas economicamente menos favorecidas."
Podemos perceber que essa visão de educação profissional está arraigada em muitas mentes. Há no
imaginário das pessoas – possuam elas ensino superior, técnico ou nenhum estudo
– aquela ideia de que a educação profissional é inferior ao ensino superior e a
licenciatura. Em geral, a mente das pessoas é permeada de pensamentos que
concluem que aqueles que fazem curso técnico ou tecnológico o fazem porque não
tiveram a oportunidade de ingressar diretamente para o ensino superior. Isso pode ser
verdade em alguns casos, mas não reflete a multiplicidade de fatores que levam
as pessoas a optarem por uma formação profissional. Muitos podem optar por essa
modalidade por desejarem estar mais próximos a aplicação da técnica, por
exemplo.
A Suíça é um país que
comprova como o ensino profissional pode ser de grande importância para a
economia – e a sociedade. Uma reportagem da BBC Brasil revela a potencialidade
dessa modalidade:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45546075
O ensino profissionalizante
é uma das alavancas da economia suíça, contribuindo igualmente para a qualidade
de vida daqueles que decidem cursá-lo. Existem diversos fatores que levam ao
sucesso desse modelo. O primeiro deles diz respeito à visão que a sociedade possui em relação a esse tipo de formação: em
geral não existe preconceito de profissionais que não possuem faculdade. Outro
quesito é a valorização do profissional:
na suíça o profissional é bem remunerado. Muitos deles, como pedreiros,
marceneiros e mecânicos, recebem salários na faixa dos 5 mil francos suíços
(mais de R$ 20 mil).
É verdade que o PIB
per capita suíço é elevado comparado ao brasileiro – o que pode justificar os
altos salários. Mas ao mesmo tempo pode-se considerar que a valorização do
profissional, que executa uma atividade essencial do ponto de vista industrial,
acaba sendo um dos fatores de incremento da riqueza produzida pelo país. Trata-se de uma questão
cultural (visão que as pessoas tem) e de vontade política
(programas governamentais articulados que valorizem o profissional e fortaleçam
sua formação).
Quanto ao senso comum em sua essência, creio que se trata de um saber instintivo,
baseado em observações e experiências do cotidiano que acabam se
sedimentando no imaginário da sociedade. Todos somos "reféns" dele de
alguma forma, em algum grau. Não se trata de algo ruim - mas devemos saber suas limitações e o que ele nos diz.
Tendemos
a apelar para o senso comum quando desejamos comprovar um argumento.
Buscamos ocultá-lo ou minimizá-lo quando ele pode ir contra nossos
interesses. Ele é algo que emerge observando-se o coletivo humano: é o
instinto em seu cotidiano - e base intuitiva no modo de conduzir a vida,
quando se devem tomar grandes decisões sem base racional-analítica. Ele tem um quê de verdade, apesar dessa verdade ser de superfície.
A
ciência se baseia na objetividade. Ela deve adentrar no universo das
causas dos fenômenos - captados pelos nossos sentidos - para explicar e
explicitar melhor o funcionamento do mundo. Portanto são necessárias
demonstrações, teorias e levantamento de hipóteses. Ela é o árduo
trabalho de sistematização na consciência, que em alguns casos de
interesse (para a vida) acabam se consolidando no subconsciente humano,
se tornando parte do senso comum (ex: hoje todos aceitam como óbvio que a
Terra é redonda, ao passo que na Antiguidade e Idade Média isso estava
sendo descoberto por alguns cientistas e estudiosos).
O
senso comum, por outro lado, afirma coisas que não podem ser negadas -
ao menos em seu aspecto de superfície. Mas ele carece de "vontade
investigativa". Trata-se de uma verdade evidente, aceita por uma grande
quantidade de indivíduos. Isso não significa que esse senso comum não
tenha uma dinamicidade intrínseca: ele muda com o tempo. À medida que a
consciência coletiva humana se dilata, esse senso comum se apropria de verdades que outrora eram apenas aceitas e investigadas pela ciência. E esta avança para outros terrenos...
Minha
percepção diz que se trata de dois saberes com "lógicas" distintas. E
ambos progridem - embora de forma desigual - na sociedade. E colaboram
entre-si de formas muito sutis - apesar de às vezes não parecer.
O senso comum se relaciona (mas não é) ao nosso subconsciente.
A ciência se relaciona (mas não é) à nossa consciência.
Boa noite a todos(as).
De
fato. As experiências pessoais acabam servindo de base para a formação
de saberes do senso comum. Podem formar uma nova ramificação ou
simplesmente reforçar algo já em circulação no circuito social. Conforme
a intensidade e duração da experiência - seja ela positiva ou negativa -
o indivíduo é capaz de repassá-la ao seu circuito de afetos mais
próximo (amigos, família, cônjuge, subordinados, etc.) de uma forma
particular. Ele dá o tom da experiência, ressaltando alguns pontos,
diminuindo outros, relativizando conforme o seu subconsciente lhe
"diz".
Existem diversos recursos utilizados pelas
pessoas para construir narrativas que reforcem um senso comum - que
lhes agrade ser difundido. Ou que diminuam outros - que lhes desagradem.
Dessa forma tudo se torna maleável através da construção de narrativas.
O que conta é a capacidade de narrar um acontecimento (uma experiência)
e saber como capturar o público - e não compreender o que ocorreu à luz
de outros conceitos, disciplinas e relatos. Usa-se um conhecimento
consolidado pelo senso crítico/investigativo em função de interesses. É a força do estilo freando o ímpeto da descoberta, que pode desagradar (num instante) e incomodar (ao longo do tempo).
A colega Y levantou uma questão interessante relacionada ao senso comum:
"Se a experiência foi boa, queremos repetir e se não nos agradou, não queremos mais repeti-la."
É papel do senso comum trazer um orientações ao errante para que não cometa novamente os mesmos erros. "
Eu
concordo que existe um forte instinto em não desejar uma repetição de
certas experiências que não deram certo. Faz parte de nossa natureza.
Por outro lado, percebo que é preciso perceber que certas experiências - guiadas por ideias - tem um tempo de maturação mais longo,
que requerem uma percepção mais profunda dos fenômenos. Às vezes, um ou
mais fracassos repetidos numa direção tornam as ideias mais refinadas, e
as experiências (de fracasso) mais relevantes, destacando outros
aspectos da ideia que a sustenta. Quero dizer com isso que pode ser
necessário diversificar a forma de implementar uma ideia, e até
reformulá-la - mas não abandonar o conceito que lhe imprime potência de
manifestação.
Conforme a X destacou alhures, é importante explicitar a existência (e méritos) de ambos saberes:
"A abordagem de ambos os saberes na sala de aula, pode propiciar e provocar uma análise mais detida de tais saberes, possibilitando a compreensão das relações tecidas entre os mesmos, bem como, a identificação de possíveis diferenças e conflitos de teses e interpretações entre os mesmos. " (grifos meus)
Trazer
à luz ambos pode ajudar professor e aluno a compreender a relação entre
saberes de natureza distinta. Como evolvem. Como deixam (ou não) de
existir, se transfigurando em outro tipo de saber, seja de natureza
idêntica ou diversa. Pode-se tratar de um princípio que se plasma através de múltiplas formas - cada qual revelando um aspecto da realidade.
X, interessante esses pontos levantados.
A
experiência do sofrimento em nós, humanos, pode ser vista como
diferenciada mais a nível psicológico. Não que esteja ausente o
sofrimento físico - e suas sequelas individuais das pessoas e coletivas
dos povos. Mas este é um ponto em comum com as outras espécies animais
do planeta.
Vejo essa "orientação" providenciada pelo senso comum como uma sedimentação das experiências,
que vão ganhando força com repetições que permitem ao ser formar uma
memória digna de se consolidar, se enraizando nas mente e (às vezes)
permeando todo organismo biofísico.
Como você disse, regredir para o caos das emoções (expressões refinadas de instintos deletérios na maioria dos casos) ou estagnar no supersaturamento da razão
(intelecto que foca no benefício relativo e individual em detrimento do
bem geral e construção do indivíduo no longo prazo) geram
desequilíbrios que propiciam terreno para regressões.
Eu busco
trabalhar o senso comum apresentando seu significado - a partir de
certas perguntas que me permitam estabelecer ganchos com o conceito - e
exemplificando suas limitações e potencialidades dentro destas.
É
interessante observar que a partir do senso comum pode-se chegar a um
conhecimento científico, com métodos, definições e sistematizações. E
que o conhecimento objetivo (da ciência) pode se tornar senso comum,
quando geração após geração passa a conviver com uma realidade prática
que exige como pré-requisito o domínio desse conhecimento informal.
Atividade 6.2 - Fórum Avaliativo – Parte II (Disciplina 3)
Nesta unidade, foram apresentados alguns princípios relacionados à teoria sociocognitiva de Bandura, como:- Tornar explícito, em todas as aulas, o valor da aprendizagem e das competências que serão desenvolvidas naquele momento do trabalho escolar.
- Procurar envolver os alunos nas atividades escolares, buscando conhecer, por exemplo, suas motivações, projetos de vida, caminhos que pretendem trilhar com a educação profissional etc.
- Desenvolver um programa estruturado nas disciplinas em que você atua e também em nível interdisciplinar e escolar, de modo a envolver e a apoiar os alunos em suas expectativas e ideias sobre o futuro na profissão ou na área que escolheram.
- Encorajar os alunos a perseguirem interesses específicos e a encontrem áreas em que sejam bons.
- Relacionar as tarefas de aprendizagem com as necessidades dos alunos, seus interesses, preocupações e experiências.
- Promover a modelagem do comportamento entre pares, quando os alunos demonstram uns aos outros seus procedimentos ou abordagens para a resolução de problemas ou situações.
Escreva um breve relato para que seus colegas professores entendam seu percurso e possam, eventualmente, dar sugestões ou adaptar sua atividade para suas próprias turmas de jovens ou adultos.
Não deixe de comentar também os relatos que seus colegas postarem neste fórum.
Bom trabalho!
Bom dia a todos(as).
Venho
alterando o modo de introduzir os cursos que ministro. Procuro passar
aos alunos minha formação e trajetória profissional, sem no entanto dar
um ar de despejo de informações. É importante que o aluno compreenda que
carreiras e "nomes" são construídos ao longo de anos (e décadas), com
muito esforço, busca e inquietação.
Uma iniciativa
interessante que tive no último semestre foi criar uma mini-apresentação
para a turma de automação (disciplina de mecânica técnica), mostrando tendências tecnológicas e suas implicações
nas engenharias e áreas técnicas. O objetivo era mostrar ao aluno que
estamos inseridos num contexto muito amplo, que está se alterando
vertiginosamente. E que o conceito de produção (Era industrial) está se
plasmando, com a complexidade adquirindo peso cada vez maior,
minimizando o volume de produção (Era pós-industrial). Isso implica
diretamente nas carreiras, profissões e saberes - consequentemente, nas
escolas, inseridas nesse subsistema maior. E na forma de estudar, no que
estudar, e como buscar aprender e apreender conceitos e técnicas.
Destaco também a importância da pessoa se apropriar dos conceitos,
deixando vídeos, notícias e materiais diversos disponíveis em ambiente
virtual. Deixo claro as formas de avaliação possíveis, datas e conteúdo
desde o primeiro dia.
João, essa ideia de estabelecer
esse "contato mais próximo" é muito boa. O outro pode nos ajudar em
nossa trajetória, seja ele aluno, familiar, amigo, professor, etc. Eu
vou tentar aplicar isso no ano que vem, ao menos em uma turma. Sempre
destaco que nas relações (todas) a sinceridade é essencial, evitando
muitas ilusões (mal entendidos) à frente. Deixar as intenções, sonhos e
projetos às claras é a maior segurança que se pode ter - tanto
interior, com sua consciência, quanto exterior, com os mecanismos
sociais e jurídicos do mundo.
A interação indivíduo-coletividade é bidirecional, conforme aponta Albert Bandura. A comunicação é essencial para se trabalhar a autosuficiência. É
com o intercâmbio de visões de mundo, ideias e experiências que o aluno
pode desenvolver suas potencialidades e orientar suas habilidades.
A sinergia gera condições para maturações interiores - esta influencia o
ambiente, de várias formas, geralmente muito sutis. É preciso ter
sensibilidade para perceber as grandes linhas mestras de desenvolvimento
sendo traçadas.
Bom dia a todos(as)!
Acredito que muitos pontos interessantes estão sendo
levantados aqui. Gostaria de desenvolver alguns deles por me sentir atraído
pelas implicações dos mesmos.
“ ... A autoeficácia, de acordo com Bandura, está
relacionada à disposição dos indivíduos em dispor de seus recursos internos e
externos para superar problemáticas e mesmo para realizar mudanças e
transformações em seus modos de ser, considerando que, muitas vezes, para encaminhar a resolução de
um problema faz-se necessário realizar transformações em seus próprios recursos
internos, em hábitos constituídos e em crenças constituídas sobre
determinado assunto, contexto etc. (X)
A Física quântica já comprovou, via instrumentos, que a
realidade observada depende do próprio observador. O subjetivismo penetra o
âmbito da ciência, atualmente em vias de desmaterialização por perceber que a
própria matéria é uma simples manifestação de uma realidade imaterial,
coordenada e – aparentemente – com um telefinalismo supremo. Sob esse prisma,
essas “transformações internas”, citadas pela Monica, apontam para uma
elaboração das capacidades
intersubjetivas do indivíduo para, a partir de um mesmo contexto ambiental,
– cultural e físico – poder extrair mais significados da realidade circunjacente.
E assim, como consequência, ser capaz de aumentar a eficiência de sua atuação.
Os hábitos e crenças, fortemente fixados na personalidade
em forma de automatismos (o subconsciente), só podem ser explicados com base numa
sedimentação de experiências repetidas, em que determinadas características se
amalgamaram de tal forma à personalidade do ser que passaram a fazer parte de
sua natureza. No entanto, a História nos comprova com seus exemplos sublimes –
seja na ciência, na filosofia, nas artes ou na santidade – que essa natureza é
passível de superação. Bandura, introduzindo o conceito de autoeficácia,
buscou, a meu ver, definir um dos mecanismos tipicamente humanos usados para
essa superação, incorporando à esfera do ensino esse processo.
A vida me revela que as superações (de hábitos, crenças,
vícios) podem se efetuar em vários níveis. A dor, como uma manifestação de
forças discretas e inteligentes, dá pistas de que há características a serem
superadas (contraproducentes, destrutivas) – e outras a serem potenciadas
(construtivas, edificantes). Esse roteiro pode ser estabelecido autonomamente
para indivíduo já habituado a dobrar-se sobre si mesmo, disposto a renunciar às
(parcas) conquistas momentâneas em prol de ganhos que presentemente nem sequer
ele imagina que seja capaz de adquirir – e sustentar. Mas a escola deve
introduzir esses princípios de forma sistemática, orientando os alunos. É mister permear as coisas perenes,
limitadas e relativas por um espírito de superação. Travam se batalhas no
consciente (razão) para aos poucos sedimentarem-se hábitos novos
(subconsciente). Realizar esse processo de forma autônoma deve ser – a meu ver –
a meta suprema da Educação. Somente assim ela irá cumprir sua verdadeira função
na ordem do universo: formar seres cada vez mais conscientes e autoguiados.
Não se deve
liderar – e sim despertar o líder dentro de cada um.
“De acordo com
Bandura, e talvez isso seja muito óbvio, quanto mais interessante o modelo observado, maiores as
chances do indivíduo prestar atenção e, portanto, aprender mais. Um
aluno motiva-se a envolver-se nas atividades de aprendizagem caso acredite que,
com seus conhecimentos, talentos e habilidades, poderá adquirir novos
conhecimentos, dominar um conteúdo, melhorar suas habilidades etc. Com fortes crenças de
auto-eficácia, o esforço se fará presente desde o início e ao longo de todo o
processo, de maneira persistente, mesmo que sobrevenham dificuldades e revezes.” (Y)
A Y capturou o cerne da questão: atrair as mentes
e corações dos alunos. Como fazer isso? Relacionando
fenômenos. Desenvolvendo pensamentos
(implicações na sua área, depois em outras, e ai por diante). Deixando
propositadamente certas etapas
incompletas – incitando o aluno a usar o que aprendeu para dar passos.
Nas minhas aulas de mecânica técnica e desenho técnico gosto
de partir do geral (história, os porquês e os desenvolvimentos) e após seguir
uma sequência lógica, na qual adicionam-se elementos de forma coordenada, sendo
o predecessor pré-requisito para o salto a ser dado a seguir. E faço questão em
retomar conceitos e práticas, conjuntamente, como uma “espiral vibrante”, que oscila
em seu vir-a-ser fenomênico.
Recentemente um ex-aluno, que estava de DP na minha
disciplina – cursando-a pela terceira vez, – ao me entregar a última avaliação,
cuja nota fora muito boa em relação à classe, me agradeceu, afirmando que “graças a você (eu) aprendi mecânica técnica”.
Essa forma de reconhecimento, silenciosamente sincera, inunda os olhos de
satisfação e abastece a alma de vontade criadora.
Quando a Y diz: “Com fortes crenças
de auto-eficácia, o esforço se fará presente desde o início e ao longo de todo
o processo”, atesta-se que a fé é imprescindível para o processo
evolutivo do aluno. No entanto não se trata de uma fé aristotélica medieval, de
geometria fechada em limites muito aquém das capacidades de nossos instrumentos
e divagações intelectivas, mas de uma fé raciocinada, inteligente, em
transformação, tal qual a que Pietro
Ubaldi nos desvenda em sua monumental obra literária de 24 volumes. Essa “crença
de auto-eficácia” da Y é o que eu denomino “combustível espiritual”.
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