Sabe
aqueles filmes de viagem no tempo? Da década de 80, como De Volta
Para o Futuro? Aquilo sempre me interessou do ponto de vista do que
fomos e iremos nos tornar. Como indivíduos e como sociedade. Só
que, pelo que me lembro, as únicas mudanças legais pra mim eram
aquelas associadas à tecnologia. Mas, com o passar dos anos, percebi
que as mudanças mais interessantes - ou, melhor dizendo, legais -
eram aquelas não associadas a carros voadores ou skates
flutuantes ou super-eletrodomésticos. As mudanças realmente
interessantes eram aquelas DENTRO de NÓS e ENTRE NÓS.
Desde o
advento da Revolução Industrial progresso de vida - a melhoria, o
futuro, o melhor,... adjetivos do tipo - é associado a progresso
tecnológico. Claro, nos milênios precedentes a humanidade teve
pouca evolução tecnológica. Muito menos moral. E quando a
indústria chegou, o choque foi muito grande. Choque bom para poucos
e ruim para muitos. Mas um choque.
As
invenções ao longo dos séculos XIX e XX foram muitas. Trens,
carros, iluminação elétrica, aviões, foguetes, satélites,
eletrodomésticos, eletro-eletrônicos, câmera fotográfica e
filmadora, remédios, materiais, computação, teorias, clonagem,
energias (petróleo, nuclear, eólica, solar,...) e etc. Sem contar
os avanços nas Artes proporcionados pela indústria, como o Cinema.
Apesar
de todos avanços tecnológicos que devem se dar nesse século - já
adentrando em sua adolescência - o salto nesse campo não será tão
impactante quanto aquele que houve nos dois (séculos) que o
precederam. E muitos já tem essa noção.
Livro de Pietro Ubaldi, que fala sobre a nova civilização, ainda em processo de gestação. |
Estudiosos
dos meios de comunicação, de ciências sociais e filósofos
percebem que nos próximos anos a verdadeira evolução da
Civilização será no sentido do auto-conhecimento. O ser humano
passará a desenvolver seu senso criativo e sua moral, que até agora
estava em estado latente - ou se manifestando timidamente. O CARÁTER
começará a ganhar peso na escolha de nossos relacionamentos. O
bem-estar espiritual - das coisas intangíveis - será colocado à
frente do bem-estar material. Este continuará existindo, mas terá
peso (cada vez) menor. Isso deve ocorrer à medida que as gerações
forem ganhando percepção de que existe um ponto de saturação nos
ganhos materiais, e de que a luta por um mundo de segurança
material, de ESTABILIDADE, é imprescindível para que as pessoas
possam buscar desenvolver outros vetores de suas capacidades sem
correr risco de passar fome ou dores ou doenças e coisas do tipo.
É claro
que me refiro a uma estabilidade que garanta o mínimo do ponto de
vista de dignidade humana. Porque, por menos que uma pessoa gere,
essa pessoa não merece passar privações agudas. Especialmente num
mundo que produz muito além do necessário para a subsistência de
todos e todas. Além disso, numa sociedade que se diz Cristã, a
responsabilidade em garantir a todos o mínimo é fundamental. Caso
contrário, tudo será mais encenação do que ação.
O Século
XXI apresenta várias possibilidades. Os precursores desses novos
tempos já afirmavam tudo que falei - de forma infinitamente melhor,
claro - em seus trabalhos ao longo do Século XX. Como tinham visão
esses caras! Até hoje é impressionante.
Um novo
ciclo está prestes a iniciar, e quem insistir em ficar de fora corre
o risco de sofrer dor desnecessária.
As
pessoas que desejam seguir a senda do progresso já fazem sua busca.
Busca esta individual no momento. Pois nosso mundo, em grande parte,
- especialmente por parte daqueles que o controlam - não enxerga ou
não aceita esse caminho evolutivo. O único para nos aproximarmos do
criador. Essa é uma das causas que geram muitas dúvidas por parte
daqueles que já descobriram esse caminho. É duro viver de modo
melhor num mundo que vê isso com maus olhos. As atitudes do ser
orientado ao espírito devem ser discretas para não se colocar em
evidência e ser mordidos pelos lobos materialistas deste mundo. Não
há outro meio de se manter vivo e usufruir dos benefícios básicos.
O
desenvolvimento dos próximos séculos será mais Moral do que
Tecnológico. A Inteligência terá uma aplicação mais fraterna e
portanto mais eficaz para melhorar o estado de bem-estar individual e
coletivo. Isso trará o verdadeiro aumento de eficiência. Aumento de
eficiência nas RELAÇÕES HUMANAS. Na COMPREENSÃO. Na ACEITAÇÃO.
As idéias serão debatidas sem preconceitos e desenvolvidas ao
máximo.
Por mais
utópico que essa visão possa parecer, ela se torna cada dia mais
palatável às pessoas. Boa parte da humanidade, mesmo que ainda não
aceite esse lento desenrolar dos fatos, sente no fundo de sua alma
que existe algo de verdadeiro e lógico em todas essas previsões. Os
sentimentos e idéias mais profundas se encontram em todos seres. Até
nos mais brutos e endurecidos. Em estado latente. Esperando o momento
certo para começar a germinar. E o estímulo adequado. Porque é o
único caminho para a evolução.
É essa
a mensagem que Pietro Ubaldi em todas suas obras, procura difundir. E
é dever de todos que começam a sentir e compreender os novos
fenômenos se manifestar. A difusão é o único caminho de gerar
instabilidade virtuosa.
A luta
do momento é a das idéias. É o resgate das Utopias vindas
precocemente de um passado não tão remoto. Só que de forma branda,
reformulada, melhor compreendida. Será dada uma interpretação
sábia. Graças às experiências dos últimos dois séculos é
possível evitar dor no futuro.
O
progresso dos próximos anos não virá nem com a força física nem
com a econômica. Esta, apesar de ser o mecanismo da moda para
repressão do Progresso, deve ter seus efeitos minimizados cada vez
mais com o passar das décadas e séculos.
Será a
força das IDÉIAS e dos SENTIMENTOS o motor de desenvolvimento
humano.
Esse é
o progresso que devemos esperar daqui pra frente. Quem se adaptar aos
novos tempos tende a ter uma vida mais equilibrada, que conduzirá a
uma evolução intelecto-moral. Quem se recusar a essa adaptação,
se prendendo aos bens materiais tende a prolongar o sofrimento, e sua
vida será uma espiral de desordem.
Portanto,
é fundamental a compreensão das nuâncias e o estudo. Este deve
permear – consciente ou inconscientemente – tudo que fazemos.
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