quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

ANÁLISE DO VOLUME O SISTEMA (parte 1)

Não me sinto à altura de fazer comentários sobre um dos volumes mais reveladores escritos pela intuição de Ubaldi. Por mais que eu tente expressar o que essa nova concepção de criação significou para mim, as palavras serão insuficientes e demasiadamente diluídas. A beleza sublime que se edificava em minha mente no decorrer da leitura do livro O Sistema: Gênese e Estrutura do Universo, é indescritível. E insuperável. Tanto que começou a mudar efetivamente a minha forma de encarar a vida. Começou apenas. Porque sabemos que, por mais profunda a idéia transmitida e por mais receptivos que sejamos às altas concepções, a vivência só pode ser alterada infinitesimalmente.

Apenas os santos, gênios e místicos são capazes de viver em sua plenitude, como realidade, os idealismos sublimes que elevam nossa alma, trazendo conforto e esperança nos momentos mais obscuros e insólitos. Eles são antecipações biológicas. Seres fora de série que entraram em contato direto com o mais profundo significado da vida. E por isso pacíficos.

O Sistema: encapsula os volumes
A Grande Sìntese e Deus e Universo.
Muitos, por vaidade, tentam se tornar místicos. Mas diante da primeira dificuldade cedem. Porque julgam que se trate de uma moda. Mas o mundo já conhece esses truques e aprendeu a analisar rapidamente e desconfiar de qualquer gesto escandaloso. Mas os verdadeiros místicos superam todas as provas, usando as marteladas incessantes para se elevar, tornando sua visão mais vasta e suas capacidades mais afloradas. Esse foi o caso vivido pelo místico da Umbria, Pietro Ubaldi, durante toda sua vida missionária.

Os primeiros volumes da Obra não foram escritos pelo autor. O nível moral-espiritual de Grandes Mensagens atesta, assim como diversos analistas e periódicos da época que as avaliaram: aquelas mensagens não podem ter sido escritas por seres humanos. Tamanha a beleza da forma, tamanha a sublimidade do conteúdo. Trata-se de um conjunto de mensagens inspiradas, no qual o autor teve o papel de receptor consciente devido à sua alta sensibilidade às correntes de pensamento elevadas (noúres).

Em A Grande Sìntese “Sua Voz” utiliza sua ferramenta (o autor) para transcrever a jato um volume de 400 páginas. Em três verões – 1933, 1934, 1935 – o Professor ginasial, devendo cumprir seu dever de professor concursado, enviar parte do ordenado para a família, cuidar da casa, ainda se vê diante de um trabalho homérico: transcrever a síntese de todo pensamento científico e do espírito. Trata-se de uma obra que eleva a ciência até a realidade do espírito usando os métodos da ciência material. Uma ascensão do átomo ao psiquismo. Na matéria, da formação do Hidrogênio até ao elemento Urânio, na qual inicia-se a desagregação atômica e surge a energia. Inicialmente ondas de alta frequência (a gravidade) e com a degradação a radioatividade, a luz, o calor, a eletricidade, o som. Com a eletricidade, energia degradada, há uma fusão com os elementos atômicos mais leves, gerando a vida orgânica. Inicialmente molecular, depois celular e assim sucessivamente, formando organismos mais complexos até chegar ao ser humano. O psiquismo pode-se manifestar cada vez mais, possibilitando uma atuação cada vez mais plena do espírito no universo físico.

Chegando ao homem, inicia-se a expansão. A psicologia, os sistemas políticos, a distribuição de riqueza, a economia, a educação, a função do estado, a arte,..Todos são explicados em palavras cristalinas e diretas, satisfazendo tanto especialistas quanto leigos. Toda obra humana é tratada em sua essência e relacionada com as demais, formando uma rede cuja finalidade é cada vez mais evidente à medida que a leitura se aproxima do fim: atingir a unidade.

A Grande Síntese: Um poema científico, em que descobertas científicas são antecipadas (como a do espaço-curvo, apenas apresentada por Einstein em 1950) e tudo que existe é ordenado e o universo é visto em seu transformismo e possibilidades. Pessoas descrentes passaram a retomar sua fé; cientistas passaram a sentir a necessidade de uma nova orientação em suas pesquisas; e o crente sincero se beneficiou com uma visão e explicação capaz de colocá-lo num patamar de segurança interior contra críticas de qualquer cético.

A mecânica quântica vem confirmando isso.
Repito: para o leitor introspectivo, ciente da profundidade dos fenômenos da vida, a leitura da Grande Síntese trará uma sensação de esperança. Sentirá no fundo de sua alma que tal obra não foi escrita por um ser deste mundo, tamanha sua elevação. Todo esse blog é de uma pequenez tão insignificante e limitada comparado ao conteúdo e sublimidade das palavras de A Grande Sìntese, que sinto a obrigação de me humilhar constantemente ao escrever sobre um livro de beleza e inteligência inconcebíveis para minha limitada mente racional (se tanto). Aqui somente deposito impressões a titulo de explicar – e se possível interessar – almas já prontas em busca de uma explicação para os problemas mais fundamentais da existência.

Mas voltando ao livro O Sistema.

O leitor tem diante de si uma obra que explica através de uma lógica irrepreensível a formação de cada ser e nosso universo físico. É apresentada uma teoria da criação capaz de resolver várias (se não todas) contradições presentes nas diversas explicações sobre a criação do mundo e das almas. São apresentadas exemplificações diversas com a finalidade de transparecer a essência da obra. Do abstrato descemos ao mais concreto, e ainda mais, até um nível em que boa parte dos leitores – antes confusos – podem formar uma idéia clara na mente, partindo deste seu degrau para atingir os mais altos conceitos da criação dos espíritos. Pois a verdadeira criação é tão real quanto abstrata para nós, seres mergulhados num mundo relativo e em transformação. Ela está num plano imaterial, e portanto difícil de imaginar.


(continua)

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