sexta-feira, 14 de abril de 2017

Dias 3 e 4

O número de alunos caiu. Eram 6 (D-2). Depois apareceram apenas 3 (D-3), e na última quarta, novamente 3. 

Essa queda revela que o curso está fora de contexto. Ou talvez sua importância seja pequena. Ou ainda, que ele seja muito ambicioso, tentando passar uma visão que exija uma mente muito especulativa, capaz de lidar com as questões mais profundas do conhecimento. Ou uma combinação dessas explicações - e outras.

As três alunas me parecem interessadas. Não posso garantir que terei público até o final (dia 15), mas se houver posso garantir que as pessoas sairão do curso com uma nova visão acerca dos fenômenos, e quem sabe passem a agir de forma diferente em uma ou mais esferas da vida. 

Passar vídeos relacionando filmes com o assunto tratado parece ser bom. Citar alguns textos. Fazer as aulas como apresentação, com diagramas sintéticos e figuras atraentes também parece ajudar a reter os poucos alunos que restam. A verdade é que existe uma dificuldade muito grande em fazer as pessoas compreenderem a importância de algo cujas causas estejam muito distanciadas dos efeitos. Mas essas são as causas mais poderosas. A região em que, uma vez compreendida e experimentada, pode se tornar um poderoso ponto de alavancagem em qualquer vida.

Na penúltima aula passei um trecho do filme Enigma. O intuito era mostrar a como funciona a mente do gênio - no caso Alan Turing. Trata-se de atividade contínua, construção de relações em qualquer local, circunstância e tempo, analogias, resgate de conceitos,...Total imersão num plano distinto daquele em que o grosso da humanidade vive e valoriza. É graças a isso que florescem as teorias, as ideias, as técnicas, as revelações, a arte,...tudo que impulsiona o coletivo da humanidade para o Alto, impactando nas vidas de cada indivíduo, que poderá fazer uso das facilidades consolidadas para criar mais. E assim sucessivamente. 

Na última aula continuei a martelar conceitos já apresentados na 2ª parte, adicionando novos e exemplificando. O tópico foi sistemas lineares e não-lineares. Defini cada um deles. Citei exemplos. A linearização é algo que nossa mente gosta. Por isso criamos tantas técnicas para tratar de sistemas reais (não lineares), que são complexos, de forma simples - linearizando. Com isso suprimimos uma infinidade de fenômenos e possibilidades. 

Exemplos de relações não-lineares: regar uma planta; quantidade de nutrientes que uma plantação necessita; dinheiro-felicidade; vibrações mecânicas; fenômenos físicos, químicos. 

Não compreender não-linearidades implica em não saber atuar no mundo. Reconhecer que existem regiões desconhecidas - que podem ou não ser desvendadas pela nossa mente. Saber linearizar é bom. Mas isso às vezes não basta para atingir o conhecimento integral do fenômeno. 

Na próxima aula iremos adentrar nos diagramas. Já defini estoques e fluxos. O primeiro é a memória do sistema. O segundo são o que fazem o estoque alterar. São as entradas e saídas. O exemplo mais simples é uma banheira: a quantidade de água nela é o estoque. A torneira é o fluxo de entrada. O ralo o fluxo de saída. Às vezes não é possível definir a taxa de entrada e saída. Mas em sistemas representamos esse controle de vazão por uma torneira. Pode se tratar de matéria, energia, informação.

A partir daí poderemos começar a montar diagramas de sistemas do mundo real.








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