Quem
nunca, em algum momento da vida, pensou em ser mais para si e para os
outros?
Quem
nunca, em algum momento de reflexão e solidão, pensou em alguém
especial que conheceu?
Quem
nunca, em algum momento de dor, pensou sobre como está levando sua
vida?
Quem
nunca, em algum momento de raiva, quis ser como um daqueles sábios
calmos?
Quem
nunca, em algum momento de abandono, pensou que deve existir uma
criatura no Universo capaz de compreendê-la?
Quem
nunca, em algum momento de privação material, pensou que a
humanidade está endeusando um sistema insano?
Quem
nunca, em algum momento de isolamento, pensou que suas atitudes são
incompreendidas?
Quem
nunca, em algum momento de doença, pensou que se escutasse os gritos
de seu organismo, poderia ter evitado muitos males?
Quem
nunca, em algum momento de incerteza, não pensou em abandonar
algumas de suas ideias e ideais e sentimentos?
Quem
nunca...
Quem
nunca teve coragem de dizer o que pensa por medo da rejeição da
maioria?
Quem
nunca teve coragem de fazer a coisa certa por medo de perder seus
status ou cargo ou dinheiro ou vida ou amigos ou tudo isso junto?
Quem
nunca sentiu prazer ao ver um pôr-se-sol diferente?
Quem
nunca sentiu um arrepio ao ouvir uma música profunda?
Quem
nunca sentiu conexão com algo diferente, desconhecido, intocável e
incompreensível?
Quem
nunca quis ser mais e melhor na profissão?
Quem
nunca pensou em abandonar o emprego por se sentir sufocado?
Quem
nunca pensou em dizer “não” para o que sempre disse “sim” e
“sim” para o que sempre disse “não”, porque tinha medo de se
expor ao ridículo?
Quem
nunca pensou em falar alto e claro sua opinião diferente diante de
um mar de homogeneidade?
Quem
nunca?
Por que
então, com tanta coisa em comum, nós, humanos, solitários, com
medo, com perdas e doenças, com desejos e vontades e sonhos e
planos...por que não começamos a olhar pros lados e ver essas
pessoas que sempre estiveram aí – às vezes por anos?
Por que
não ARRISCAMOS um olhar ou um gesto mais caridoso?
Por que
não abrirmos uma brecha em nossas almas para que possamos ser salvos
de nossa loucura.
Por que
não ESCUTAMOS os “estranhos” e “bobos” e “subversivos” e
“fracassados”?
Por que
não AVALIAMOS com mesmo rigor o que os “sucedidos” e
“vencedores” e “legais” e “populares” dizem?
Por que
nos recusamos a trilhar caminhos apontados como desvantajosos e
errados pela maioria?
Por que?
Eu não
sei...
Medo
talvez. Ou inveja. Ou falta de sensibilidade. Ou...tudo isso junto e
mais um pouco.
Será
que não está na hora de colocar esses temas em pauta?
Estamos
em 2013.
Já
tivemos uma boa dose de mentes iluminadas que fizeram o favor de
mostrar que existe
ALGO A
MAIS – e foram mutiladas por isso...
Quantos
ainda precisarão sofrer para que a maioria compreenda o caminho do
Progresso?
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