quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Aglutinação na retaguarda

Existem momentos históricos nos quais o movimento ascensional evolutivo só pode iniciar uma nova fase se consolidando ao redor de símbolos, personagens e instituições que pertencem ao mundo antigo - em vias de demolição. O novo ainda não possui força para se consolidar de forma concreta no mundo, causando as mudanças as quais se propõe. Esse (aparente) retrocesso - que é momentâneo - visa conseguir a força do número (quantidade), única capaz de alçar uma posição de poder e autoridade para fazer frente a uma corrente de pensamento que se impõe sutilmente, se encarnando em ideias e projetos "sensatos", que são a "única alternativa" ao caos em que se encontra uma sociedade - nesse caso, o Brasil. 

Fig 1: Livro escrito por uma artista plástica alemã.
Ilustra bem o que é o capitalismo, e como
tentaram construir uma alternativa.
Deixa em aberto a questão da reinvenção
da organização humana.
As ideias esboçadas aqui não se baseiam em nenhum grupo humano, apesar de tangenciar questões levantadas por certos grupos ou visões. Elas visam servir como uma pitada de elementos de coesão a uma situação composta de múltiplos ingredientes que estão em proporções erradas. Uma síntese que facilite a visão do que de fato ocorre em nosso país.

À medida que navego pela internet passo a conhecer mais pessoas engajadas em esclarecer o mundo. Pessoas que não tenham décadas de experiência ou uma formação tão específica em temas da esfera humana [1]. Porque certos assuntos, que dizem respeito à vida de todos, não podem ficar 100% sob responsabilidades de tecnocratas, cujas decisões tem poder deliberativo e repercutem na vida de milhões e bilhões de pessoas - que jamais são convidadas a dizerem o que acham, o que pensam, o que sentem e no que vêm afetando determinadas políticas. 

Sem voz nos meios de comunicação e sem poder de decidir as leis que regulam a própria vida, as pessoas ficam descrentes no sistema político e na lógica econômica que as domina. Reflexo da falta de democratização dos meios de comunicação, - e regulação dos grandes monopólios. E da democracia de baixa intensidade, puramente representativa, na qual tudo é esquematizado para manter os representantes do capital no planalto.

Quem elege alguém não é o povo. A este é apresentado algumas opções. Aqueles que mais aparecem tendem a aumentar a probabilidade de serem eleitos, nem que por apenas 10 ou 15% dos votos. E para aparecer - diga-se, ter mais tempo nos canais de TV - devem ser feitos acordos, como um neoliberal-fascista travestido de paladino da liberdade e do progresso [2], que aparentemente tem adesão ou aprovação de boa parte do eleitorado. Combate-se a corrupção no discurso, mas faz-se os velhos acordos com uma massa composta de elementos afogados em escândalos [3, 4], que votam em projetos que estão começando a surtir efeitos nefastos [5], conforme previsto aqui desde o início.

Pode alguém contestar, afirmando que todos que atingem o poder procedem da mesma forma. De fato, essa prática é comum e permeou a (breve) história da Nova República (1988-2016), atingindo o seu ápice no governo do Partido dos Trabalhadores (2003-2016). Mas a questão é que, apesar de todas contradições típicas de um governo de coalizão, houve um diferencial. Um diferencial que, convenhamos, está completamente amarrado às máfias (grupos privados de ensino universitário, convênios, bancos, construtoras, agronegócio, etc) de todos ramos, mas que possibilitou, de alguma forma, a inserção de uma parcela grande, historicamente excluída, nos meios universitários, no mercado de consumo de bens básicos (eletrodomésticos, móveis, energia elétrica, transporte), a implantação de programas que visavam dar chance àqueles mais marginalizados (políticas de cotas, prouni, fies, etc)  e a valorização de todas as carreiras do serviço público, com expansão dos Institutos Federais e Universidades Federais. 
Fig.2: Essas são trabalhadoras de uma fábrica de ferro de passar.
Elas compreenderam a lógica do sistema atual. E não
gostaram muito, pois no fundo elas perdem muito mais do que
ganham. Querem criar algo novo. Fizeram várias tentativas de
criar uma nova forma de organização que chamaram
de "comunismo". Mas nenhuma ainda funcionou como o
íntimo delas imagina. Você tem alguma ideia?

Ao mesmo tempo, e contraditoriamente, a elite aumenta seu poder, lucrando muito com essa conjuntura. Nada da estrutura feudal do país da Casa Grande e Senzala mudou substancialmente. Tocar em privilégios seria como declarar uma guerra àqueles que realmente detêm o poder. Se isso fosse feito - conforme Guilherme Boulos deseja fazer, e eu concordo com ele - no período histórico 2003-2015 sem dúvida teríamos um conflito que levaria o país a um caos. Porque quem detém o poder não precisa se esforçar muito para transformar uma visão e projeto de melhoria geral numa confusão coletiva, colocando irmão contra irmão e todos estes culpabilizando aquele que mais estava tentando unificar.

Observa-se esses movimentos do 1% contra os 99% em tudo em nosso mundo. Tão logo o ideal começa a ser encarnado em personagens e políticas concretas, tão logo ele começa a ser distorcido pela (grande) mídia e Cia e desviado pelos mecanismos econômicos e políticos. Apenas um grau muito baixo de ideal é permitido - e ainda assim apenas se os poderosos continuarem vivendo às custas da natureza e da sociedade, mantendo seu sistema invulnerável a questionamentos substanciais.

Nunca foram feitas reformas de fato no Brasil. Quem pretendia fazer isso pela primeira vez, João Goulart (Jango) foi afastado com a desculpa que iria implantar o comunismo (com todas suas "brutalidades") no país. E eis que atualmente o país sangra por jamais ter feito uma reforma agrária, tributária, política, urbana, educacional e de saúde.

Márcia Tiburi explica de forma muito clara o que foi o governo do PT [6]. Por ora me parece - feliz ou infelizmente - que esse grupo é o único capaz de aglutinar forças para frear a destruição civilizatória que está em curso neste país. Oxalá Guilherme Boulos (MTST) tivesse adesão do grosso da população - ou seja, fosse verdadeiramente compreendido. Ou Manuela D´Àvila (PCdoB). Ou João Pedro Stédile (MST). Ou mesmo Roberto Requião (MDB), homem de princípios, íntegro, com formação, experiência, capacidade de sintetizar e combinar crescimento econômico com direitos humanos, justiça social, independência científico-tecnológica e sustentabilidade em suas ideias, projetos. E fundir poesia e precisão, ciência e fé, em seus discursos. Mas o país conhece pouquíssimo essas pessoas. Nem deseja ouvir falar deles. Nem liga.

Fig. 3: Roberto Requião, senador, do MDB.
Exceção do grupo, junto com Kátia Abreu.
Mais chama atenção uma pessoa superficial cheia de frases prontas que se apresenta como novo, mas não passa de explorador de medos e excitador de lugares-comuns na mente hodierna, do que uma personalidade de valor, que mostra a realidade e trabalha na complexidade. Me refiro a Bolsonaro (PSL) e muitos outros que seguem com menor ou maior grau essa linha. De certa forma podemos dizer que este é alguém escrachado comparado ao candidato do PSDB (Alckmin), mas ambos não veem a brutalidade da PEC 95, da Reforma Trabalhista e da entrega de Alcântara, da Petrobrás e da privatização de indústrias de base como algo a ser alterado - mas até intensificado. Além disso, tem uma visão do ensino que submete-o à lógica do mercado, que supostamente resolveria o problema pelo qual hoje atravessa. Ampliar o ambiente EaD, cessar concursos, retirar a estabilidade de servidores públicos são algumas das reformas imprescindíveis para "colocar o país nos trilhos", segundo esses homens, encarnações da mais egoísta e sutil das ideologias: o neoliberalismo.

Dúvidas surgem aos montes. Questionamentos por parte do leitor(a). Pois então eu os convido a observar o gráfico ao lado (Fig. 4). Ele mostra o grau de concentração de renda nos EUA e na Europa ocidental no período de 1980-2018. Como toda pessoa de bom senso sabe, a UE está longe de ser socialista, mas colocou pitadas boas de socialismo dentro de suas políticas de desenvolvimento. Isso levou a uma menor desigualdade através da consolidação de sistemas de saúde, de educação, de transporte, de previdência, de segurança e de comunicação públicos, de qualidade. E a cadeia produtiva de alimentos. Os EUA, por outro lado, enfraqueceram a atuação do setor público em todos setores essenciais à vida (saúde, alimentação, educação, comunicação, transportes, energia, previdência, alimentação e legislação trabalhista). Como reflexo a concentração de recursos - que já era alta - aumentou.

Fig. 4:
Evolução da renda média dos 50% mais pobres
e 1% mais rico nos EUA e Europa Ocidental,
respectivamente, nos últimos 40 anos.
Riqueza não é apenas renda alta. Aliás, é muito - mas muito - mais do que isso. Especialmente à medida que o mundo (dolorosamente) migrar seu centro de gravidade do capitalismo para o socialismo.

Ter acesso a serviços públicos básicos à vida é muito mais riqueza do que um salário alto. Para isso ocorrer é necessário uma entidade (Estado) sob controle da população. Isso é democracia. Essa população deve ser conscientizável e cada vez mais consciente.

À medida que se toma consciência da interconexão das sociedades, da vida, dos conhecimentos e dos subsistemas, percebe-se que o que é essencial não pode ficar à mercê do mercado, cuja palavra de ordem é "aumento de lucro", o que implica em aumentar o preço de tudo. E ele (o mercado) deseja se apropriar dos itens básicos, pois sabe que aí as pessoas não tem poder de negá-los com vistas a boicotar a força do dinheiro. Ao capitalismo-neoliberal interessa que a pessoa fique refém do poder de megacorporações e bancos. 

Conforme disse Umair Haque, a inflação dos itens básicos nos EUA suplantou os salários em dezenas de vezes [7]. Logo, o norte-americano médio mal consegue pagar para ter suas necessidades básicas atendidas - com serviços de má qualidade, ao passo que o europeu médio, com renda próxima, consegue ter todos serviços e ainda economizar um pouco. E os serviços que ele obtém são de maior qualidade. O Brasil está focando na lógica norte-americana. Os meses e anos irão mostrar quais suas implicações.

Socialismo é o sistema no qual a justiça social esta à frente do crescimento do capital sem excluí-lo.
Isso é o que vimos em parcela pequenas na Europa Ocidental no período 1945-2018, com um ligeiro desmonte a partir de 1980 em alguns países.

Capitalismo é o sistema no qual o crescimento do capital está à frente das questões sociais.
Isso é o que vimos nos EUA no período 1932-1980.

Capitalismo na forma neoliberal é a tendência a eliminar por completo a questão social e ambiental, tornando na mente de todos a ideia de que o mercado e as finanças são a essência da vida e o centro que tudo sustenta.
Isso é o que vê-se nos EUA de 1980 até hoje.

Regimes autoritários são socialistas? Como, se o próprio conceito de socialismo - centrado em maior participação da sociedade, ou seja, maior democracia - implica em liberdade? Logo, o mundo nunca viu socialismo em funcionamento e portanto não pode falar em fracasso do mesmo. Podemos sim falar no fracasso de regimes que se auto intitulavam socialistas, mas que no fundo era nada mais do que ditaduras de partidos que não estavam alinhados à questões centrais da vida, excluindo o contraditório em prol de um suposto ideal de ser humano.

O que justifica o capitalismo é o baixo grau evolutivo do ser humano.
O que não justifica o socialismo é sua implementação à força.

No entanto, à medida que os cortes (de "gastos") se desdobrarem em caos as pessoas começarão a acordar. No Brasil e no mundo.

Mister é evoluir o ser humano antes de iniciar a construir novas formas de organização coletiva. A atual já não serve. Está falida porque em suas premissas a biosfera é mercadoria, a sociedade é massa amorfa a ser controlada e as ideias devem ser manipuladas pela razão para o utilitarismo.

Mas muitos sofredores atuam como lacaios do sistema dominante. Márcia Tiburi diz:

"Há, sem dúvida, também o lacaio do neoliberalismo. Em geral, ele não gosta de Lula, não gosta de esquerda, mesmo quando se favorece com as lutas em nome de direitos e garantias sociais levadas adiante por movimentos, ativistas e até políticos de esquerda. O neoliberalismo não respeita nada que não seja útil, e o cidadão, entre ingênuo e astucioso, tenta “prestar” seu serviço ao capital. Não é só a ingenuidade do corpo docilizado o que entra em jogo na inércia da população, é também a covardia interesseira que o “aburguesamento” do mundo nos legou. Muitos que um dia foram honrados com a consciência de serem trabalhadores perdem agora o seu desejo de lutar – porque o desejo político é a coragem da luta – enquanto são rebaixados a produtores e consumidores. Para essas pessoas, a política vira uma humilhação. A política deve ser rejeitada, pensam aqueles que não sabem o que dizem, nem o que fazem."

O momento histórico é grave e exige seriedade de todos.  A vida se degrada e a insensibilidade se espalha. Tão difícil encontrar gente séria quanto água no deserto do Saara. Mas digo: a seriedade pode ser "divertida", se trabalhada de forma madura e colocada à serviço de um projeto de vida que envolve a construção de uma personalidade.


Fig. 5:
Márcia Tiburi consegue colocar em palavras de forma
clara o que ocorreu no Brasil, o que significam os
paradoxos dos bons. Tem coragem de seguir seu rumo,
indo na contramão das tendências. 
A eleição deste ano será - se houver - a mais antidemocrática da história da Nova República. Nela a intenção de votos nulos ou brancos supera a de qualquer candidato. Dentre os candidatos, o que mais tem intenções de voto está preso por motivos políticos. O resto se pulveriza em percentagens pífias. Mas quem pretende continuar a lógica já se uniu ao "centrão" carcomido que estabelece as regras - um grupo que chega a 300 deputados, representantes da velha ordem, lacaios de grandes grupos, do interesse privado. A esquerda inicia um movimento pela unidade, mas tímido e lento (Manuela D´Àvila com vice de Lula ou Haddad. Assim PT, PCdoB e PCO se aliam para frear a barbárie iniciada no Golpe de 2016. O PSOL com o Boulos continua firme em sua trajetória. Eu apenas temo que a intensificação dessas jornadas progressistas possam levar a uma fragmentação desse campo - que possui em comum a ideia de que há outro caminho para sair da crise além de jogar as pessoas na escravidão e miséria de uma vida limitada.

A aglutinação da esquerda em torno de uma frente única é, a meu ver, o melhor meio de combater no momento a onda de retrocessos que se alastra pelo Brasil. E a única maneira de trazer as pessoas (o povo) em número para a causa comum é mostrar aquilo com o qual ele mais se identifica. Não há dúvidas de que Boulos é uma antecipação biológica e tende a iniciar um novo ciclo muito mais coerente e justo, com predomínio da lógica socialista, do que Lula. A questão é: o povo está pronto para assimilar um líder mais evoluído, com propostas que transcendam a "sensatez" de outro, bem mais velho, com seu partido mais velho, tendo a coragem de enfrentar os absurdos que nunca ninguém quis ver de fato? Eu acho difícil.

Ao mesmo tempo, aglutinar o povo em torno de um velho bem intencionado que fornecerá os meios de um novo se desenvolver pode ser a melhor maneira de combater efetivamente a onda conservadora que permeia a sociedade.

Deseja-se avançar. Mas diante das complexidades do Brasil, controlado integralmente (ou quase) por uma mentalidade pobre, pode ser necessário recorrer ao antigo para conseguir formar uma frente. Para aglutinar, criar o número que este mundo reconhece. E assim combater a barbárie que se deseja instalar nas mentes e corações de cada um. Retroceder um para evolver dois. Mas retroceder pode doer e parecer fracasso no curto prazo. Eu bem o sei. Nós bem o sabemos. Mas a realidade está aí, diante de nós, e deve-se buscar um meio do mundo para possibilitar a difusão de ideias de outro mundo (futuro), ainda inimaginável.

O fato é que o sistema econômico está falido. A democracia brasileira está em frangalhos. E continuar com essas "reformas" significa aumentar a miséria e pauperizar por completo a vida do povo e as possibilidades de quem estuda. Já vemos isso no aumento de vagas informais, na precarização do trabalho e na inviabilidade de manter assistência médica decente na velhice - mesmo juntando milhões de reais. A realidade dos bolsistas, futuros candidatos a cientistas num mundo ideal - mas verdadeiramente tendentes ao desemprego ou subempregos [8] - é evidente. Tudo política das "reformas". Isso é sair da crise?

Fig.6: Umair Haque. Livre pensador.
Chega ao cerne da questão. É disso que eu
gosto. É isso a salvação. Quem duvida, leia
seus ensaios na Medium.
A mente das pessoas é dominada pela ideologia utilitária neoliberal que simplifica tudo. É agradável porque gostamos de sempre ter soluções simples. Ou adotar um pensamento que seja sustentado pelo número (maioria).

Eu sempre optei por seguir minha consciência. E graças a isso construo minha personalidade. Isso só se nota com os anos e décadas. O mundo não percebe - o imponderável capta e gratifica, no momento e hora certa. O mundo não quer ouvir, não deseja se aprofundar, é avesso à sensibilização, que vê como uma fraqueza. Por isso é um desafio forjar uma mentalidade e transformar uma sociedade. Mas isso não irá frear o ímpeto do progresso, que elege suas ferramentas, dando-lhes energia infindável e criatividade infinitamente dinâmica para persistir.

Tudo que o autor imaginou que iria ocorrer está ocorrendo. Tudo registrado há meses e anos neste espaço. O(a) leitor(a) é livre para buscar, constatar e tirar as próprias conclusões.

Unidade está para consciência. Num mundo ainda sem consciência, a unidade é praticamente impossível. Mas apenas ela nos salvará da ruína. E não falo apenas de economia...


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1. Roberto Requião diz que governo destrói 'Estado Social' 
     para favorecer sistema financeiro


2. István Mészáros no Roda Viva [12.02.2002]



3. Melancolia no poder | Vladimir Safatle


4. Economia Ecológica, uma nova visão - 
     Hugo Penteado  » cpfl Cultura - Café Filosófico


Referências:

[1]https://www.youtube.com/channel/UCNqfUt1KeEiNd2ULYBQHCow/videos?shelf_id=1&view=0&sort=dd
[2]https://www.google.com.br/search?source=hp&ei=PEZsW-TyLcWZwgTJwrjQDw&q=alckmin+tucanist%C3%A3o&oq=alckmin+tucanist%C3%A3o&gs_l=psy-ab.3...3144.7060.0.7227.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.mslJwisxtqs
[3]https://www.cartacapital.com.br/revista/1014/centrao-a-bacteria-que-o-PSDB-rejeitou-e-agora-abraca
[4]  https://www.youtube.com/watch?v=tDKB9L7qlwM
[5] https://www.youtube.com/watch?v=yaA2bIqNUww
[6] https://revistacult.uol.com.br/home/lula-o-mais-perigoso-dos-lideres/
[7] https://eand.co/how-capitalist-utopia-became-everyone-elses-dystopia-a25a88713956
[8] https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44696697

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