quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

A Quarta Revolução

Revolução está para revolver - ou seja, virar. No campo das ciências humanas, trata-se de uma mudança abrupta na estrutura de uma sociedade, isto é, em seu sistema político-econômico. Ela pode se dar a nível local ou nacional. Apesar de que, se isso ocorrer - ou seja, ela não for global -  o resultado será uma  estrutura  de vida curta e fim desastroso, doloroso e, acima de tudo, deprimente. Por que? Pelo simples fato de que o mundo é interconectado, dinâmico e possui uma sociedade inerte em termos de consciência. Além disso, a ideologia dominante (sabendo muito bem disso) opera magistralmente no subconsciente das massas, tornando o controle muito mais simples e fluído - pois o autocontrole em prol de um ideal de vida já está implantado em mentes e corações.

Dessa vez ela deve se dar em outro plano.
O mundo, desde o início das navegações (século XV), começa a se tornar globalizado. O Renascimento é um movimento de resgate da mentalidade clássica, da valorização do ser humano, da beleza das coisas do mundo. Com isso a Ciência tal como a conhecemos nasce e começa a avançar a passos largos. Nasce o Estado moderno, que centraliza o poder e cria uma série de instituições próprias, operando em conjunto com empresas privadas (sim, desde essa época elas existem). O capitalismo nasce.

A transição do feudalismo para o capitalismo se deu naturalmente. Não foi um evento, mas um processo que durou séculos, cujo desenvolvimento foi pautado pelas conquistas anteriores e (principalmente) subsequentes. Esse novo sistema viabilizou o que Yuval Harari denominou de Revolução Científica - a terceira de uma cadeia de mudanças fundamentais sofridas pela nossa espécie Homo sapiens

Qual foram as outras duas?

Elas já foram citadas alhures [1]: a cognitiva (~70.000 a.C.) e a agrícola (~9.000 a.C.). Foram denominadas 'revoluções' porque trouxeram mudanças muito profundas no modo de se fazer as coisas. Por exemplo, a capacidade de nos comunicarmos de forma mais elaborada permitiu a formação de grupos maiores (muito superiores a 150 pessoas) coesos, que por sua vez colimou numa maior interação entre seres, o que gera novas ideias. Pense nos utensílios de ferramenta, no uso dos objetos, na organização para defesa e caça, na busca por informações úteis para realizar deslocamentos e coisas do tipo. É de certa forma o início da manifestação dos princípios sistêmicos a nível humano. As demais espécies do gênero Homo (ramapithecus, florensiserectus, neanderthais,...), ao que tudo indica, não tinham essa capacidade de organização - pelo menos em grupos grandes. Isso significa que um Neanderthal, apesar de mais rápido, mais forte e mais adaptado ao frio do que um sapiens, poderia muito bem vencer uma luta 1-1 ou n-n (contanto que 'n' fosse um número baixo). Mas quando grandes quantidades desses grupos se enfrentam - seja por busca de local seguro, alimentos, recursos, segurança ou coisas do tipo - os sapiens levavam a melhor. Porque em grandes quantidades fica evidente a superioridade organizacional (através da comunicação) para vencer um inimigo. 

A transmissão de informação entre sapiens é muito mais rica do que qualquer outra espécie do gênero Homo. É rica, falando sobre hábitos e costumes dos neanderthais, o que os afugenta, o que os atrai, qual a explicação para determinados membros do grupo exercerem tal função, etc. O mesmo não se dá com as outras espécies do gênero Homo. Fofocar, ao que parece, foi um elemento vital para que aprendêssemos a criar relações de confiança com membros do grupo [2]. Porque essas conversas aparentemente vazias acabavam dando pistas em quem era melhor para tratar de certo assunto, como deveríamos abordar cada um, em que momento e diversas particularidades. Cria-se uma rede de informação na tribo.

Uma síntese de nossa trajetória.
Quando a agricultura surgiu nós já estávamos em todos os quatro cantos do planeta. Entre 9.000 e 1.500 a.C várias sociedades, em diferentes continentes, desenvolveram a técnica da domesticação. Na flora, o trigo, a batata, o arroz e o milho foram as principais culturas que passaram a fazer parte de nossa dieta. Na fauna, passamos a incorporar os cães e cavalos como nossos auxiliares -  e bovinos, caprinos, suínos e aves como nosso menu. Um passo substancial para nossa espécie se tornou o inferno para determinadas espécies animais. Nunca se controlou, confinou, maltratou tanto os animais quanto nos últimos dez mil anos - época em que se iniciou o uso ordenado deles. 

Nesse meio tempo - entre a segunda e terceira revoluções - houveram várias criações importantes: a escrita, o bronze, o ferro, o dinheiro, a roda, as cidades, os reinos, os impérios, a imprensa, a filosofia, os fundamentos da ciência, a geometria, os navios, as artes, as religiões e muito mais do que posso ou quero citar. Todas elas estão inseridas numa ordem. Uma cadeia de processos e eventos, que são paralelos e se fundem em ocasiões específicas (ex.: o casamento entre ciência e império de que Harari fala em seu livro). Mas podemos ver todas essas transformações como criações subsequente relacionadas - direta ou indiretamente - ao advento da domesticação. Esta possibilitou a concentração de energia, criação de excedentes, especialização de funções. Que se desdobraram em outras coisas. A palavra-chave aqui é desdobramento. Evolver significa desdobrar-se. Ou seja, des-envolver. O que estava empacotado é aberto. As potencialidades se manifestam. Do potencial para a realização. (Rohden adora escrever dessa forma)

Chega um ponto em que parecemos ter atingido uma saturação. E quando ímpeto evolutivo esbarra com limitações em vários campos, começam a eclodir ideias. Em forma de loucuras e persistências. Giordano Bruno é um exemplo notável. Mas há outros - muitos dos quais provavelmente desconhecidos e desconhecidas. Assim damos um salto rumo ao desconhecido - sabendo no fundo de que havia algo concreto após a longa e temerosa travessia. O mundo começa assim a se tornar globalizado. Começamos a nos tornar uma aldeia global aos poucos.

Momento de mudar nosso horizonte de possibilidades.
O capitalismo se junge a esse movimento de globalização, fomentando a colonização e as descobertas científicas. O crédito permite às pessoas empreenderem hoje baseadas em expectativas futuras. Não é preciso ter o dinheiro agora - apenas a confiança daqueles que irão emprestá-lo a juros (os bancos). O sistema financeiro pode emprestar até dez vezes o que ele possui de dinheiro real depositado [2]. Isso alavanca o sistema de crédito, tornando possível o florescimento de diversos negócios. Essa lógica perdura até hoje, apesar de ter assumido uma sofisticação que deixa a grande maioria apenas interessada no início e no fim do processo - e não em seus inúmeros malabarismos de comos e porquês

O livro de Yuval tem o mérito de permanecer o mais imparcial possível. Avalia os ganhos e perdas de cada movimento histórico. O dinheiro, a escrita, a roda, a expansão de nossa espécie, a ciência, a domesticação, o domínio sobre a natureza,...Uma resenha muito boa destaca a obra de Harari [3].

Antes de fazer um mergulho no sistema econômico e político hodierno - aparentemente invencível, insubstituível e de expansão inexorável - quero voltar à revolução cognitiva, que foi o pontapé inicial cujo desdobramento foi o advento da civilização - ou seja, as revoluções subsequentes.

Tudo começa com nossa capacidade de abstração. O caso da Peugeot é usado como exemplo. Uma torcida de futebol também. Na verdade se observarmos uma miríade de conceitos à nossa volta, que apreendemos como normais inconscientemente (como nação, religião, time, classe social, profissão, etc.) se apoia numa narrativa abstrata. Essa capacidade mexe com algo dentro das pessoas. Torna-as capazes de fazer coisas que não fariam sem uma visão mais vasta. Elas se mobilizam. Morrem por governos. Destroem sua saúde, sua vida, pela empresa. Constroem aparatos fantásticos.


É no âmbito da capacidade de abstração que reside a possibilidade de acionar engrenagens interiores humanas que acabam não apenas por viabilizar, mas também concretizar, consolidar e perpetuar formas de vida concreta, que influem em muitas (se não todas) esferas de vida de pessoas, grupos e nações. Em geral, essa habilidade exclusiva de nossa espécie (ao menos nesse planeta), sempre foi usada para o mal. Isto é, vencer um grupo, ou explorar, ou coisas derivadas. Mas é verdade também que nessa marcha de satisfação do egoísmo coletivo houveram personagens históricos de espírito verdadeiramente alado, que imprimiram um tom ascensional à marcha da humanidade. Alguns o fizeram de forma mais radical, imprimindo novas ideias à força. Ideias originariamente belas e sublimes, que apontam para uma forma de vida mais coesa, eficiente e livre - mas que durante a implementação logo sofreram uma degradação, tornando os executores reféns das forças da vida. Outros o fizeram de forma pacata, mais harmônica. Sem dar tiros ou abalar a ordem estabelecida - mesmo que a mesma fosse uma barbaridade perante os idealistas que já sentem no imo o palpitar de um mundo verdadeiramente digno de ser chamado de 'decente e 'civilizado'. No entanto as pessoas não compreendem o significado de certos atores históricos, condenando-os sem compreender as razões profundas de seus atos - nem percebendo a profunda mudança causada pelos mesmos. Já discorri essa questão alhures [4]. Quem deseja saber o porquê do autor possuir essa visão deve fazer um estudo da ideia desenvolvida.

Como usar os dados? Intenção de melhorar o ser.
Voltemos ao capitalismo. Mas é preciso que antes, para quem não tenha lido, fazer uma leitura calma e sem julgamento de um ensaio [5]. Ele trata daquilo que vejo como alternativa verdadeiramente revolucionária a esse modelo atual. Destruo mitos e dilato visões. Desdobro conceitos e pontuo detalhes que passam despercebidos na correria do dia-a-dia. É importante que 'percamos' tempo com aquilo que possua as reais possibilidades de salvação.

Harari desenvolve de forma brilhante uma breve história da humanidade. Seu livro, a meu ver, é pré-requisito para qualquer um que deseje esboçar alternativas para a civilização contemporânea. Lê-lo me fez consolidar uma série de conhecimentos que passaram corridos em meu ensino. Aprendi coisas que desconhecia - apesar de suspeitar como elas se deram. E assim consigo ver de forma mais coesa o desenrolar multimilenar do sapiens. A leitura te prende. É cativante sem rebuscamento acadêmico. É sintética (considerando o período de tempo abordado) sem atropelar grandes conquistas e feitos. Não apenas vale a pena como é um dos livros centrais em meu acervo. Daqui para frente minha meta é inciar um esforço de unificação - um trabalho verdadeiramente homérico, por ser tão ousado.

À medida que lia o livro de Harari sempre me vinha em mente a Obra de Pietro Ubaldi. Tudo ia se encaixando na teoria desse grande missionário da Umbria. Desde a questão dos ciclos históricos até o caráter ambivalente das conquistas humanas. É muito interessante ler um livro de história com uma perspectiva que transcende o espaço, o tempo e nosso nível de consciência. Porque nos pontos em que o autor se depara com a dúvida começamos a delinear soluções para a mesma. Um encaixe entre a síntese da ciência e do espírito (Ubaldi) e a síntese do mundo (Harari). A partir daí pode-se esboçar uma quarta revolução - que com certeza deve nascer em breve.

Nosso planeta está passando por um período de transição planetária. Perceber isso independe de alguém ser espírita, espiritualista, budista, suicida ou qualquer outro sistema de crença ou religião. A Inteligência Artificial, a Automação, a financeirização, a liquidez das relações, a nossa relação intensa com as tecnologias e a informação, o aquecimento global, o esboço de uma noosfera,...tudo isso é o início de um processo global de destruição e construção. Dois movimentos simultâneos. Um de degradação intensa e infernal. Outro de gênese de conceitos e criaturas fantásticas - que estão ousando afirmar formas de vida inconcebíveis à mentalidade comum. Na mesma medida em que brota o desespero, as ofensas e a destruição dos pilares da civilização [6], observa-se o despertar de consciência. 

Indivíduos fantásticos se revelam - e se superam a  cada grito e ofensa desferido por demônios poderosos. Podemos conhecer os trabalhos desses profetas do século XXI - verdadeiros emissários do Cristo! - graças a essa revolução na tecnologia de comunicação e ampliação do acesso. Em meio a muito excremento propagandístico afloram pérolas que portam os segredos da salvação. 

MASCARO. A: Profeta do século XXI.
Assistir às suas palestras dá a meu ser uma visão cada vez mais madura do mundo. Mas isso não é o mais importante. Existem alguns que nos inspiram. Nos fazem crer na possibilidade de vencer em meio a uma derrota iminente. Vencer a nós mesmos. A nossa ignorância segregadora. Estamos vendo talvez o renascimento do ideal que animou os primeiros cristãos - dispostos a sofrerem as maiores atrocidades em prol da difusão da visão de Cristo. E com isso diversos ideais secundários - mas muito importantes - que animaram as almas de teóricos que descreveram como a sociedade está organizada e quais as linhas gerais para a superação do estado atual - que deve chegar a um fim, de uma forma ou de outra.

Queremos progredir à força da dor ou através do esforço de um trabalho completamente novo? A humanidade está, em seu íntimo, cansada dessa lógica insana de consumir e fofocar e se blindar contra tudo e todos que desvie um grau sequer de sua opinião. Está doente porque não está sabendo pensar por si só. Repete velhas máximas de modo desordenado. É raríssimo encontrarmos uma pessoa nesse mundo capaz de pensar por si só - gerar ideias de dentro de si. O próprio autor se indaga sobre sua capacidade (ou falta de) de ir além de uma fronteira. Seu desejo é transcender seus próprios pensamentos. Seu sonho é ser útil si, para tudo e para todos - o que implica em uma coisa só...pois todas as três coisas estão profundamente interligadas. Num estágio futuro (de conscientização profunda) a tendência será a fusão: unidade de sentimento vertendo em potência de atuação e orientação de pensamento.

A última grande figura que começo a conhecer melhor se chama Alysson Leandro Mascaro [7]. É professor doutor de filosofia do direito da USP. Capacidade de comunicação formidável. Inteligência profunda. E humanidade no gesto, na fala e na atitude. Suas palestras ajudaram a reorientar minha visão universal sobre o momento histórico que passamos (crise sistêmica do capitalismo). Uma delas em particular, ministrada no V CONTAJ, na Bahia, me fez pensar melhor em várias questões. 


Para aqueles sem tempo (e/ou paciência), tenho separado - logo abaixo - um vídeo mais curto, do mesmo palestrante. Ele explica qual a real função do poder judiciário em nosso mundo. Após assistir o vídeo fica cada vez mais claro a unidade de pensamento entre o monismo ubaldiano e o espírito de Alysson Mascaro.


Uno a visão desse grande ser ao último livro de Ubaldi, Cristo. As ideias centrais estão em ressonância:

"Por enquanto, subsiste ainda a luta de classes. Mas ela serve para a formação de grupos, que dão origem a uma consciência coletiva de dimensões sempre mais vastas. Assim se organizam as massas, de modo que as primeiras iniciativas tomadas neste sentido pelos vários socialismos e comunismos se expandem no terreno das democracias, realizando um processo de organização mundial. A ideia de justiça social, que era antigamente prerrogativa de um determinado partido, extravasa para além dos confins dos grupos que a haviam pensado primeiramente. Assim, o princípio pelo qual a assistência ao pobre e a supressão ou a suavização das desigualdades econômicas é um dever se expande sempre mais no mundo inteiro, inclusive nos regimes capitalistas."
CRISTO - Pietro Ubaldi (grifos meus)
 
"O comunismo quis antecipar demasiadamente os tempos, presumindo no indivíduo uma maturidade que não existe, uma consciência coletiva que lhe permitisse viver no estado orgânico, uma consciência a ser conquistada, da qual se está ainda longe. Eis então que o comunismo pode cumprir uma função útil à vida, enquanto, sob a forma de imposição ou de coação, serve como escola que ensina a viver em forma coletiva e enquanto, como antecipação de um futuro hoje utópico, serve para lançar ideias de justiça social que eram desconhecidas no mundo democrático."
CRISTO - Pietro Ubaldi (grifos meus)

Não veja um homem. Sinta o princípio.
A Quarta Revolução, ao que me parece, deve ser uma revolução de consciência - se a vontade de sobreviver como espécie superar a inércia de perpetuar a lógica consolidada que não mais funciona. Mas como vivemos num mundo globalizado, uma de suas consequências será a gênese de um sistema político-econômico completamente novo. A organização da sociedade deve mudar para que possamos continuar criando as coisas fantásticas que as eras passadas nos brindaram. A herança do capitalismo deve ser lida tanto em suas conquistas (em envelhecimento) quanto em suas limitações (crescentes).

O futuro verdadeiramente projetado pelas vias do bom-senso deve envolver distribuição de recursos, igualdade de oportunidades, controle democrático dos meios de produção e comunicação, respeito às diferenças, liberdade de expressão, formas de intercâmbio mais sofisticadas (e simples), heterogeneidade de ideias substancialmente férteis, eficiência energética e valores que sejam realmente incorporados nas atitudes do dia-a-dia. O sistema atual não se interessa em garantir esses princípios. Não é questão de opinião - apenas de observação. É preciso outra forma de organização social.

Claro. Para isso é preciso que algo dentro de nós esteja ciente. A mudança do mundo externo deve partir de dentro. Mas ambos os mundos - interno e externo - irão mudar juntos. Pois são uma só coisa. 

Justiça social e reforma íntima formam uma unidade. Hoje em dia o ser humano não é capaz de dissociar uma da outra. A implicação é bidirecional. O monismo de Ubaldi se faz cada vez mais evidente. Segregar princípios é uma prática do intelecto. Devemos transcendê-lo! A chave para essa superação reside na maturação interior.

Os nomes pouco interessam. O fato é que ou geramos um novo sistema - uma forma de organização nunca vista antes - ou corremos o risco de desaparecer ou passar muitos séculos ou milênios nos arrastando numa vida miserável, violenta, altamente tecnológica e fria, esperta mas destituída de inteligência, de modo a olharmos para a deprimência do mundo atual e pensarmos "Nossa...como eram bons aqueles tempos..." Isso é uma forma de morte.

Temos condições de criar uma nova vida coletiva. Criemo-la.

Referências:
[1] https://leonardoleiteoliva.blogspot.com/2019/12/sim-generalistas-profundos-nao.html
[2] HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. L&PM Pocket. 2012.
[3] https://www.deviante.com.br/noticias/resenha-sapiens-uma-breve-historia-da-humanidade-yuval-noah-harari/
[4] https://leonardoleiteoliva.blogspot.com/2019/05/so-dor-revela-e-liberta.html
[5] https://leonardoleiteoliva.blogspot.com/2018/08/incorporar-o-ecossocialismo-ou-perecer.html
[6] https://www.google.com/search?q=emborcamento+do+rumo+natural&source=lmns&bih=679&biw=1143&hl=pt-BR&ved=2ahUKEwierrDWyOPmAhVFKrkGHWjjDiMQ_AUoAHoECAEQAA
[7] https://pt.wikipedia.org/wiki/Alysson_Leandro_Mascaro
[8] https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/As-grandes-mentes-de-esquerda-do-seculo-XX/4/45687
[9] https://piaui.folha.uol.com.br/materia/como-vai-acabar-o-capitalismo/

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