Um blog que é tudo e nada.
Poesia científica.
Fé raciocinada.
Ciência orientada para a unidade.
Vários assuntos esmiuçados tendo por base o sentimento nas profundezas da alma e possibilidades do futuro. Deste sentimento chega-se às análises do mundo cotidiano, sentido e valorizado.
A mensagem verdadeiramente importante deve anular quem a transmite, que nada mais é do que uma ferramenta de ideias.
Fig.1: As linhas gerais foram traçadas. Resta assimilarmos tudo isso, percebendo que o novo
não nega, mas unifica as partes.
Alguns anos atrás (dois ou três), no ambiente de trabalho, me encontrava na sala dos professores - haveria a reunião semanal. Houve um assassinato a tiroteio numa escola. Em Suzano se não me engano. Um homicídio cometido por um aluno armado. Numa escola - coisa comum nos EUA. Uma pessoa soltou um comentário, que ia mais ou menos assim:
"Isso não é coisa da família, da sociedade, do governo, etc...a pessoa é que tinha problema psicológico."
Eu ouvi o comentário e, como foi proferido em alto e bom som sem se direcionar a ninguém, fiz uma breve observação, expressando uma opinião que poderia ajudar todos a irem um pouco mais à fundo nas causas:
"Na verdade a sociedade e o governo também influenciam o clima que pode gerar essas coisas."
Eu não queria por um ponto final - apenas queria mostrar que o problema não se resumia a compartimentalizar um indivíduo e rotulá-lo de acordo com conveniência pessoal. Eis que essa criatura, ao ouvir, olhou para meu rosto. Sua face transmitia insegurança, medo, um pouco de raiva e coisas do tipo. Parecia não saber lidar com aquela situação, em que ou as pessoas não comentavam o que foi dito ou simplesmente reforçavam exatamente aquilo. Então, após dois ou três segundos demonstrando esse pavor facial, vira seu rosto pro lado oposto ao meu e pergunta para outra pessoa (longe da conversa):
"Fulano, que horas começa a reunião?"
Fui cortado, como de costume. E aí, ao longo dos dias, me dei conta de que não era possível desenvolver assuntos com pessoas que simplesmente não desejam sair de seu mundo.
Esse caso, em sua forma geral, ocorre em todo o planeta, a todo momento, de diversas formas.
Nós sempre fomos de defender pontos de vista particulares. Visões de mundo que são produto de nossa vida pessoal; o(s) meio(s) cultural(is) que crescemos; o(s) local(is) geográfico(s) que habitamos; e sobretudo o nosso grau de consciência. Mas no momento atual, com tanta tecnologia, informação, potência e dinamismo nos processos, esse modo de se comportar adquire características doentias que estão nos levando a um abismo - em termos de civilização.
A lei da polaridade está descrita extensivamente, com vários exemplos, no livro A Grande Síntese. Ela atesta que a realidade é unitária, mas que essa unidade (cada unidade) é composta por dois pólos. Eles podem ser visto como antagônicos a se combaterem - ou complementares a se coordenarem e evoluírem ao longo do tempo, através de interações progressivamente profundas.
A Física até hoje não conseguiu encontrar fenômenos tripolares ou multiploares, ou unipolares. Divide-se uma ímã em dois, separando os pólos norte e sul. O que obtém-se? Dois ímãs menores, cada qual com seu pólo norte e sul. Essa divisão poderia ser replicada indefinidamente até anos perdermos infinitamente pequeno - e continuaria a ocorrer o mesmo fenômeno. O que ocorre? O que isso significa?
A natureza está fora de nós e dentro de nós. Ela tem seu aspecto exterior (bem conhecido por nós através da ciência) e interior (investigada pelos aspirantes a iluminação de todas religiões). Não podemos alterar suas leis. Apenas ignorá-las, se não somos capazes de lidar com uma determinada realidade. Essas leis no entanto, apesar de constituírem o íntimo dos fenômenos, podem ser superadas.
Começamos a superar uma lei quando percebemos a sua inexorabilidade. Após esse estágio, passamos a usá-la a favor de nossos interesses, como indivíduos e espécie: aprendemos a evitar determinadas coisas a fim de nos preservarmos; estudamos coisas novas baseadas nas leis; criamos coisas que se sustentam baseado nas leis; criamos nossas próprias leis, inspirados numa verdade universal e em nossas relações sociais; e por aí vai.
Após muito exercitar esse domínio das leis físicas e químicas, passamos a conhecer novas leis, de planos superiores. Leis mais sutis, que se manifestam no campo biológico, psíquico, coletivo humano, e espiritual. Dentro de cada desses níveis há outros subníveis. Há uma continuidade que se expressa através de incontáveis degraus, formando uma corrente ascensional que revela a estrutura do Universo e a dinâmica de sua evolução. O ponto é que passamos a investigar gradativamente essas leis, observando, experimentando, constatando e aplicando.
A superação de uma lei se dá quando vive-se intensamente num plano tão mais elevado que a própria constituição do indivíduo se transforma em algo capaz de não estar preso ao campo de determinadas leis. Todo o ser se sutiliza, integralmente. E começa a poda dos seus aspectos mais grosseiros.
A gravidade não é ruim. Basta sabermos usá-la. O mesmo vale para a lei de transmissão de calor, de refração da luz, de afinidade química, da homeostase, da osmose, da telepatia e etc. Leis que regem fenômenos.
Fig.2: yin-yang expressa o dualismo do AS que, combinando-se harmonicamente, traz
a força que nos impulsiona rumo ao S. Todo dualismo é regido por um infinito monismo.
Voltemos à questão da polaridade.
Tudo é dipolo. Logo, trata-se de algo que se reproduz em todos os níveis, incluindo o humano das relações sociais (profissionais e entre colegas), familiares e afetivas. Então a existência dessa polaridade, no nível humano, seria a interação entre as visões distintas para cada extremo ir trabalhando sua perspectiva, tornando-a mais completa, complexa e flexível. Isso leva a uma aproximação dos pólos - e aumenta a frequência de trocas e a qualidade das mesmas.
Muitos (se não todos) dos problemas da humanidade seriam resolvidos se as pessoas estivessem dispostas a escutar o outro e a compreender à fundo as coisas.Criar um ambiente receptivo, agradável e (sobretudo) centrado num sistema conceitual capaz de unificar todas as contradições humanas é o passo seguinte. Esse sistema conceitual é (a meu ver) o monismo. Em especial, o de Pietro Ubaldi porque ele consegui sistematizar, de forma magistral, os grandes princípios que regem a vida. Isso não excluí todas outras crenças, teorias, pensamentos, culturas, mas antes reordena todas elas, iniciando uma unificação.
Foi dada a plataforma conceitual sobre a qual podemos apoiar nossas investigações. E um ser, através de seu exemplo de vida, nos mostrou como isso pode ser feito no mundo moderno. Sua inspiração: Cristo.
Começa a ficar cada vez mais claro o significado de tudo isso aqui sendo feito ao longo de mais de oito anos. Cada caminho trilhado pela existência do autor ganha um novo significado, que se enquadra numa ordem universal predeterminada, cujo planejamento pode ter sido feito em conjunto, com outras almas.
Compreender as leis que regem tudo, em seu aspecto mais profundo, é o caminho para a libertação.
É preciso avançar para o próximo degrau - pois o atual está desabando.
Quanto mais claro isso ficar para uma massa crítica, mais seguros estaremos.
"Quanto aos pobres, sempre os tereis convosco, mas a mim vós nem sempre tereis."
João 12:8
Fig.1: Jesus fala àqueles sedentos por algo completamente novo. Aí se inicia o processo de ascensão moral
da coletividade - que nos levará do conhecimento fragmentário ao conhecimento integral.
Quando lemos algo não estamos compreendendo esse algo. Aquele que proferiu as palavras tinha uma determinada visão, que sustentou a ideia transmitida por palavras (uma forma de símbolo). Quando se transmite algo entre pessoas sempre há um processo de degradação do pensamento: passa-se do pensamento puro (Absoluto, aspecto da Verdade) ao modelo mental (aspecto psíquico Relativo desse Absoluto); depois, passa-se ao modelo simbólico, que pode ser um texto, um desenho (artístico ou técnico), uma equação diferencial ou algébrica, um fluxograma ou coisas do tipo - que podem ser colocadas no papel. Esse modelo (simbólico) é visto, ouvido, percebido pelas partes, que interpretam de acordo com:
sua visão de mundo;
sua memória;
seus interesses e valores;
seu conhecimento da linguagem objetiva (simbólica).
Temos um processo de degradação (involução = concretização) e outro de reconstrução (evolução = abstração). Do subjetivo universal ao subjetivo individual; e deste ao objetivo. Desse grande reservatório as subjetividades colhem a informação e estabelecem uma relação com outros. O processo é universal. Mas sempre haverá problemas de interpretação - justamente devido a esse rebaixamento da ideia original, que a deforma. Aliada a essa distorção, há ainda uma segunda (distorção), que ocorre quando um entre capta a mensagem e realiza sua interpretação e julgamento.
O único modo de mitigar os equívocos de comunicação é elevarmos a maneira de comunicar. Não possuímos uma gramática comum, capaz de estabelecer uma base universal. E digo: nunca teremos. Porque essa gramática sempre é um formalismo exterior, da linguagem, dos símbolos, que pode estabelecer mil critérios e regras, e ainda assim não gerar o entendimento entre seres e grupos. Trata-se de um problema localizado em outras regiões.
Sua Voz pode nos dar uma orientação:
"A isto podeis chamar de monismo. Atentai mais aos conceitos que às palavras. Por vezes a ciência acreditou ter descoberto e criado um conceito novo,
só porque inventou uma palavra. E o conceito é este: como do politeísmo passastes ao monoteísmo, isto é, à fé num só Deus (mas sempre antropomórfico,
pois realiza uma criação fora de si), agora passais ao monismo, isto é, ao conceito de um Deus que é a criação. Lede mais, antes de julgar. Farei que lampeje em vossas mentes um Deus ainda maior que tudo o que pudestes conceber.
Do politeísmo ao monoteísmo e ao monismo, dilata-se vossa concepção de
Divindade. Este tratado, pois, é o hino de Sua glória"
AGS, Cap. VI (grifos meus)
O conceito é algo interior, profundo, geral, poderoso, que não pode ser distorcido em seu campo original. Já a palavra, por mais sintética, potente e elegante que seja, sempre estará sujeita a ser usada para satisfazer o ego. Não à toa Sua Voz já dá o aviso inicial ('Atentai mais aos conceitos do que às palavras').
Inventar uma palavra não é criar um conceito. Porque a palavra, concreta apesar de simbólica, apenas expressa o conceito, abstrato e super-mental. Jogos de combinações verbais não trazem algo novo, mas apenas novas maneiras de representar algo; novos modos de exprimir sentimentos. Mas jamais há criação real do espírito.
Fig.2: Filtrar as verdades relativas; coordená-las para se fundirem, formando a Verdade Absoluta.
Agora podemos começar o tema proposto: pobres sempre teremos.
Três palavras simples. Uma afirmação. Literalmente significa que sempre haverão pessoas pobres ao nosso redor. Mas...quem é pobre?...Eu? Você? O outro? Quais os padrões que estabelecemos para classificar?
Logo podemos começar nos perguntando: (1) o que é 'pobre'?; (2) o que significa 'sempre'?; (3) o que seria 'ter' esses 'pobres'?
(1) Pobre de espírito é alguém humilde (por mais bens e renda que possua, ou por menos disso que possua). Há também pobreza intelectual; há falta sentimento; existe falta de cultura; falta de vontade em usar os talentos latentes; relações superficiais; e por aí vai. Todas essas coisas são pobreza, em diversos níveis e graus. E há também aquela pobreza que seria ter baixo grau de consciência - que lhe prende mais ou menos aos fenômenos da vida.
Dominamos uma dimensão assim que ascendemos à dimensão superior. Nos libertamos de uma forma mental assim que expandimos nossa consciência. E quanto mais se sobre nessa escada de Jacó, menos pobres nos tornamos.
(2) Sempre está relacionado à dimensão tempo. Significa que haverá algo nos acompanhando a todo momento (no caso do tema aqui tratado): os pobres. Já vimos em (1) que há as mais variadas interpretações de 'pobre' - logo, como a multiplicidade de imagens é incomensurável, é claro que sempre haverá 'um conjunto de pobres' no universo à nossa volta. Tudo é relativo.
Mas não devemos nos esquecer que um tempo incomensurável é finito. É algo que se vence por completo quando se supera a dimensão espaço e tempo. E assim vive-se na eternidade. Logo, o sempre é algo do AS - enquanto que no S esse termo deixa de ter sentido, pois vive-se um eterno presente.
(3) Ter é possuir algo. Mas tudo que se possui pode ser perdido. Porque não faz parte de sua essência - isto é, não é conquista do espírito que fica impressa na substância do ser.
O que seria 'ter' os 'pobres'? Seria ter eles ao nosso lado, existindo? Ter gente passando mal, na miséria, sem condições de se alimentar, se limpar, se aquecer, se abrigar, se relacionar...sem condições de existir? Seriam pessoas indesejadas, que 'sempre' estarão incomodando aqueles que apenas querem se divertir, e, por causa disso, apoiam inconscientemente um sistema bárbaro que torna invisível os menos favorecidos? Ou seja: deveríamos nos conformar em ter à nossa volta seres humanos (e outras formas de vida) privados das necessidades mais básicas da vida? Sem dignidade, inexistentes aos nossos sentidos e sentimentos? Afirmar tal coisa não reflete a natureza de Cristo.
O fenômeno de exclusão atinge seu ápice em nosso mundo, com as Olimpíadas em Tóquio [2]. Percebe-se que a lógica que impera lá é idêntica em todo canto do mundo. Há o mesmo comportamento do sistema em todos locais que albergam grandes eventos artísticos, desportivos, políticos e acadêmicos. Não é uma chaga de um povo, uma cultura, um local: é um defeito de nossa civilização.
Outro texto revela a necessidade de mudarmos nossa forma mental [3]. É a única maneira de sobrevivermos como civilização. É o único modo de criarmos a base para avançarmos além na evolução. Porque até o momento podemos dizer, no máximo, que formamos esboços incompletos de uma civilização futura do terceiro milênio. Esboços incompletos do qual pouquíssimos se beneficiam - e às custas dos outros.
A responsabilidade é de todos. Os débitos são hierarquizados segundo uma justiça perfeita, que é a Justiça Divina.
Cada gesto, texto, ideia, olhar, ato, atitude, palavra...cada coisa conta. É somente com esse pensamento que sermos capazes de transformar o mundo à nossa volta. Devemos ter em mente que mudar o sistema é mudar a nós mesmos (gênese do fenômeno), que irá transbordar num modo de atuar completamente revigorado, incrível. Formar-se-ão verdadeiras fraternidades, que estarão sintonizadas com princípios superiores. Estes guiarão dos modos mais sutis. E darão força inesgotável nos momentos mais críticos.
A luta de nossos tempos é pela compreensão que levará à unificação.
Vamos orquestrar a sinfonia sistêmica mais gloriosa do mundo!
Fig.3:Os músicos do mundo já dominam sua arte e seu instrumento.
Resta a vontade deles se coordenarem sob a regência do Grande Maestro.
A prova mais cabal de que vivemos num universo emborcado reside no fato de que o Direito é usado - na imensa maioria dos casos - para adquirir algo que não é merecido. Toda estrutura jurídica do mundo, por mais bem estruturada que seja, é incapaz de lidar com as astúcias que ocorrem na mente das pessoas. Os motivos reais não são analisados pela ciência jurídica - incapaz de mergulhar e interferir no âmbito das intenções, em que ocorrem as maquinações e se movimentam os esquemas do involuído. Elas (intenções) simplesmente escapam do poder de julgamento, e assim a lei humana mais trava o evoluído do que freia os instintos do involuído.
Fig.1: Quando chega a força ignorante, transformá-la em produções fantásticas, sejam melodias,
canções, textos, teorias, ideias, vontade...assim se alinha com a Lei de Deus.
O autor, como professor, observa de tempos em tempos como se dá o (não) funcionamento das relações legais dentro do âmbito escolar/acadêmico. Tudo é baseado na lei. E a atuação do ser menos consciente é usar dos mecanismos legais para obter o que não foi capaz de conquistar - nem que essa conquista seja na realidade um simples procedimento que deveria ser feito, simples, trivial, e com toda ajuda e orientação possível. O desespero vem na última hora, quando tudo que poderia ser feito pelo caminho reto não o foi - e tudo que pode ser feito pelo caminho sinuoso da astúcia pode ser feito.
Toda essa experiência deve servir a um propósito maior. É o único motivo pelo qual o autor suporta essa cruz. Cruz que representa o grito de criaturas imersas no lodo da ignorância. Criaturas que agem guiadas por desespero desmedido. Um desespero que reflete a falta de visão da vida e da Lei (da Lei de Deus). E com isso quem aqui escreve vai concluindo que não vale a pena se desgastar por algo tão sem sentido - especialmente porque as leis humanas, com suas brechas, abrem caminho para que aquele que não participou de um processo de aprendizado, que não tenha se esforçado nem buscado se adequar à dinâmica de um curso, obtenha os meios para que seja possível obter o que deseja: aprovação. Mas...aprovação pelo quê, de fato?
Não há justiça de substância numa conquista baseada na força da lei humana. Isso representa que posteriormente, à medida que os eventos da vida individual e coletiva de desdobram, ocorrem coisas que vão tomando o tom de ação corretora. Uma ação que age por vias diversas, através de personagens distintos, - aparentemente não relacionados - que executam as coisas de acordo com seus interesses pessoais. Mas esse conjunto de interesses, concatenados no espaço, no tempo e na relatividade de nosso universo, acabam por brindar cada ator de uma trama inicial com a justa recompensa pela sua atitude e atos nos momentos decisivos de suas vidas. Assim perfaz-se o efeito real da verdadeira Lei.
Com os acontecimentos o autor vai aprendendo cada vez mais sobre a psicologia do involuído. Ele, como um involuído também, se destaca pelo fato de que reconhece a sua natureza e já não aceita certas coisas; ele, como involuído, se destaca pelo fato de que começa a ver as coisas de sua vida sob a ótica monista de Pietro Ubaldi. Isso é começar a ir além da compreensão intelectual - é adentrar na grande compreensão. Uma compreensão experimentada e vívida.
Fig.2: É preciso mais do que saber: é preciso sentir- para realmente compreender.
Então chega-se à conclusão de que o candidato a evoluído deve dançar conforme a música que o AS apresenta. O S aceita as regras do AS porque sabe que essas regras, por partirem de uma coletividade menor, irão trabalhar a favor da Lei - só que de modo mais doloroso. De forma sinuosa, e não reta. De maneira lenta e dolorosa - ao invés de rápida e eficiente. É o caminho de uma coletividade (ainda) involuída.
Aqui não há julgamentos, apenas constatações. É difícil esse processo de adaptação para se tornar uma criatura mais tranquila, presa ao que realmente interessa. O AS oferece vários desafios que devem ser superados. Até mesmo aqueles com uma vida em boas condições devem estar no turbilhão dos dramas de um mundo atrasado. O ser com um bomcarma e consciência capaz de compreender qual a finalidade da vida irá receber (e perceber) o que lhe acontece. Os desafios serão leves comparados às de outras pessoas. Bem leves. Mas para quem vibra nas altas atmosferas de um mundo inimaginável, isso é um verdadeiro tormento. No entanto - e isso é o que mais impressiona - graças a esses dramas que brotam visões fantásticas, capazes de esboçar meios que nos levem a novas formas de vida; capaz de despertar outros seres que vivem catástrofes de vários tipos; que possuem dores abissais enterradas em seu subconsciente.
Trata-se de melhorar nossa 'máquina interna' de conversão. Conversão de quê? De dores externas em visões profundas que se materializam em produções fantásticas. Esse é o troco que o ser mais adiantado pode dar àquele que ainda não percebeu sua função no cosmos. E ao fazer isso ele se livra da ação da Lei. Sua vida fica mais leve, sem nenhum rancor por dentro; sem nenhum traço que possa se desenvolver ao longo dos anos e se materializar num câncer. E com isso vibra numa frequência diferente, que não perturba seu ambiente próximo.
Fig.3: Quem está em cima não se preocupa com o que está em baixo - as dimensões inferiores foram superadas.
Os dizeres de Cristo vão ficando cada vez mais cristalinos. Trata-se de uma verdadeira revolução da forma mental que está se dando.
"Dai a César o que é de César - e a Deus o que é de Deus"
Mateus 22,15-21
Quando percebemos o que realmente tem valor deixamos de brigar por coisas sem significado. Todas as coisas do mundo passam a ter seu devido valor, cuja preocupação só deve ir até certo ponto. Há uma reestruturação da hierarquia de valores interna do ser, que acaba por transformar completamente sua natureza.
Se um abutre deseja ávidamente um pedaço de carne podre, não devemos impedir que ele tenha acesso a ela. Porque nós podemos fazer muito melhor, cozinhando uma diversidade incrível de alimentos frescos, saudáveis e gostosos, montando um verdadeiro banquete. Tendo isso em mente, deixamos a cada um o que cada um almeja.
O grau de consciência irá ditar o grau de riqueza daquilo que o ser deseja ávidamente.
Ao involuído a carne podre - ao evoluído o banquete celestial.
Até um momento em que, após muito sangrar, morrer e renascer, aquele que julgava estar conquistando o mundo percebe que alcançou uma compreensão profunda do universo e da evolução através de uma via mais tortuosa. Esse é o caminho rumo ao S das criaturas decaídas no AS.
Quanto mais cedo se percebe o que realmente é importante - significando que vislumbrou-se a estrutura e funcionamento do universo - abandonam-se os métodos do mundo e alcança-se a salvação muito mais suavemente. O caminho trilhado sinuosamente se retifica.
De modo que, ao retificar algo que é substancialmente não merecido sem preocupação, o ser aspirante a evoluído se aproxima um pouco mais do grande objetivo, retificando o seu caminho e glorificando o seu destino.
Vivemos no AS.Mas concomitantemente, todos estamos sob o domínio do S - e retornaremos a ele. Não apenas nós, humanidade em estado de transição planetária, mas todas coisas e criaturas do universo, incluindo aquelas avançadas em relação a nós. É claro que, para quem já percebeu o esquema geral e passou pelo ponto crítico universal (que chamo de decisivo), o processo de retorno ao S é muito diferente daquele de quem ainda está numa fase em que a matéria predomina sobre o espírito - e faz suas últimas tentativas de se manter como pólo diretor.
Diariamente recebo alguns artigos do Medium. Como se sabe, a gente recebe mais daquilo que a gente tem o hábito de buscar e baixar. Há um algoritmo mapeando tendência de cada pessoa atualmente, de modo que isso possa ser usado para interesses particulares a grupos, que tem uma visão de mundo - que não coincide com a Lei. Mas o ponto é: há vantagens (se soubermos não ficar presos ao que nos é apresentado). É preciso sempre refletir sobre tudo; pensar; ponderar; sentir até que ponto aquela ideia (ou teoria, ou ideologia, ou tecnologia) é coerente e/ou útil. Tendo esse filtro evoluído podemos sair pelo mundo e aproveitar o que ele nos oferece.
De qualquer forma...leio muitos artigos de três ou quatro pessoas - que favoritei - porque julgo seus pensamentos muito em sintonia com o que está ocorrendo e com o que sempre senti. São outras pessoas, de realidades geograficamente distintas, idades e formações diferentes, dizendo exatamente a mesma coisas (com suas palavras e simbolismos) sobre aspectos do mundo. E num desses artigos o título me chamou a atenção:
We Can’t Afford for Everyone to Have Their Own Opinion Anymore
Não podemos mais nos dar ao luxo de que cada um tenha sua própria opinião
Isso está nos matando.
À primeira vista pode parecer que o texto será recheado de opiniões que reforcem o autoritarismo, a falta de liberdade, a imposição do fascismo e coisas do tipo. Mas trata-se exatamente do oposto.
Conhecendo a alma da autora e como ela vibra, já sabia do que se tratava, dos exemplos que ela levantaria, da forma de desenvolvimento e das conclusões - que se alinham com aos princípios pronunciados por Sua Voz em AGS. Então, antes de iniciar aqui as conexões e desenvolvimentos, é importante colocarmos em evidência os trechos de A Grande Síntese que fundamentam todo o posicionamento da autora (e meu).
"Hoje, o Estado só pode ser povo, enquanto o povo só pode existir organizado como Estado. A progressão das unidades e consciências diretoras continuará a dilatar-se na evolução, até atingir uma unidade e consciência que abranjam
toda a humanidade, para prosseguir daí em direção a uma unidade e consciência cósmica, compreendendo todo o universo. A luta é um esforço de transição
e, por isso, cessa quando a meta, que está numa unificação mais elevada, é
atingida. Esta é a tendência constante, constituindo o significado das grandes
tentativas de formação de impérios na história. O ser busca a unidade política,
científica e espiritual."
AGS, Cap. XCVII (grifos meus)
O Estado moderno nasce no Séc. XVI, paralelamente à formalização teórica de sua função (Thomas Hobbes). Sua gênese - como todos inícios - é marcada por uma manifestação rudimentar, centralizada, em que a coordenação se expressa mediante uma autoridade que excede os próprios princípios universais que levaram à sua formação. Mas de uma humanidade involuída não poderia nascer um organismo evoluído.
Com o fluir do tempo, experiências vão marcando essa nova superestrutura, e assim ela vai se modificando. O Estado que era eminentemente controlador, visando a conquista de territórios, rotas comerciais, riquezas, torna-se uma plataforma ideológica. Com isso o instinto de dominação não cessa, porém se torna mais sofisticado.
O princípio de liberdade econômica e política explode na Revolução Francesa (1789). Inicia-se uma onda que se arrasta por toda Europa. Napoleão Bonaparte é a ferramenta usada pelas forças evolutivas para que a nova ideia se espalhe pelo Velho Mundo, fecundando povos de diferentes culturas, locais geográficas, histórias, desenvolvimento e tendências. Todo esse movimento, escopo das ciências humanas, é acompanhado por outro, de foco mais das ciências exatas/naturais e econômico, que é o nascimento e expansão da indústria, iniciado com a Revolução Industrial (Séc. XVIII). O século XIX matura essas duas linhas paralelas, produto da civilização moderna, trazendo outros aspectos importantes da vida coletiva que ainda não foram postos à mesa.
Ao longo de todo século XIX, marcado pela Era Vitoriana em que a Inglaterra dominou o mundo do ponto de vista da industrial, econômico, comercial e naval, muitos surtos houveram pelo Velho Mundo. Estes logos se espalharam para o Novo Mundo e eram assimilados pelo Extremo Oriente. Tratava-se das revoltas sociais, movimentos trabalhistas e novas ideias nascendo a respeito do sistema que se consolidava de forma global, o capitalismo.
O desenvolvimento de aspectos importantes de uma civilização traz em si o germe para a gênese de novos aspectos, que ainda não haviam sido abordados - por desinteresse de quem coordena o processo aliado ao baixo grau de consciência das massas. Não à toa brota no Séc.XIX as teorias sociais que apontam para uma novas formas de organização da sociedade, implicando numa mudança completa do sistema econômico (geração e distribuição da riqueza) e político (poder de decisão das pessoas). Nasce o ideal de Justiça Social.
O Séc.XX traz os maiores movimentos da História: o Estado se torna social, investindo em áreas de interesse geral - mesmo que por motivos de domínio. Dois pólos de formam: capitalismo e socialismo. Ambos assumem forma material, sendo encabeçados por povos com perspectiva materialista. De um lado, o capitalismo estadunidense amplia a liberdade do indivíduo às custas de um aumento da desigualdade social; de outro, o comunismo russo cria uma igualdade (de superfície) às custas da supressão das liberdades individuais. A bandeira que um pólo levante faz o outro mitigar seus defeitos. No entanto, devido ao ritmo natural da humanidade nesse século e arranjos específicos, um modelo desmorona e o outro prevalece. Isso não significa, de modo algum, que o ideário de justiça social morre - mas sim que assume novas formas, mais aptas aos tempos.
O Estado, nesse momento, caminha para uma nova forma. De controlador e absolutista passou para ideológico e fornecedor de serviços. Agora, pessoas começam a perceber sua importância, apontando para o imenso papel que o mesmo irá desempenhar na jornada humana. De modo direto: o sistema atual, através do Estado, deve imperiosamente colocar freios no ímpeto egoísta das pessoas. O vídeo do Eduardo Moreira deixa muito claro o papel dessa superestrutura para garantir a coesão e progresso da humanidade.
Percebem? Estamos chegando num ponto em que tudo e todos (bem intencionados) começa a se unificar. Pessoas que estão lutando as batalhas titânicas no campo da ciência (descobertas), da filosofia (atitudes), da religião (significados), da política (organização coletiva), da economia (organização da produção), da arte (expressão da alma), da educação (formação do cidadão), das tarefas manuais (operação dos serviços e produção de bens). Todas, com o aumento da tensão que gera absurdos inomináveis, estão se dando conta da real batalha sendo travada. Uma batalha que assume várias formas e é muito sofisticada, mas pode ser sintetizada num embate decisivo entre Sistema e Anti-Sistema.
Percebam as palavras de Sua Voz: o ser busca a unidade política, científica e espiritual.
Para haver unidade é necessária a coesão.
Fig.2: A coesão gera uma compreensão plena - o esforço em compreender o outro leva à unificação,
que nada mais é do que a formação de um corpo coletivo coeso.
Continuemos.
"Como todos os outros, o campo político também é constituído de verdades
relativas e progressivas, razão pela qual um povo constitui uma unidade em
contínua evolução e o conceito de Estado está em constante progresso. Cada
geração, assim como vive, por momentos sucessivos, a sua verdade artística,
científica, ética e religiosa, vive também, a cada momento, um gradativo desenvolvimento da verdade política do próprio povo."
AGS, Cap. XCVII (grifos meus)
Se temos um conceito fixo (estático) de Estado, cristalizado por experiências históricas, não conseguimos captar qual a funçãosubstancial dessa entidade - ou melhor, qual seu destino. É um erro grave que a humanidade atual está pagando a cada dia, com mortes e doenças e miséria (de todos os tipos) que poderiam ser reduzidas em grau muito alto. Até mesmo quem está no poder e controle paga o preço, com uma vida perturbada, repleta de preocupações em aumentar infinitamente algo finito e dar finalidade a excessos que transbordam de lixo o planeta. Os males materiais se distribuem desigualmente - porém, a perturbação espiritual é praticamente igual e generalizada.
O monismo não foi compreendido porque ainda pouco difundido. Ubaldi iniciou um movimento que tomará proporções gigantescas. Minha vida se revela cada vez mais alinhada com um objetivo: apresentar da melhor forma possível, através do estudo, da divulgação, da pesquisa e do exemplo de vida, esses novos princípios.
Relacionar apenas para unificar - não para gozar. ou distrair.
Agora estamos prontos para apresentar algo mais impactante:
"Compete à autoridade central do Estado, como personificação integral da ética humana,inocular no fenômeno econômico doses cada
vez mais enérgicas do fator moral, estabelecendo constrições e correções que
purifiquem a atividade econômica e a riqueza, para canalizá-las em direção a
objetivos mais elevados. Compete ao Estado intervir e corrigir, introduzindo
um mínimo ético cada vez mais elevado no fenômeno econômico, dirigindo,
interna e externamente, o árduo equilíbrio das permutas para um regime de
colaboração, que não é apenas compensação, mas sim unificação de egoísmos; não apenas coordenação, mas sim fusão num organismo econômico
universal."
AGS, Cap. XCII (grifos meus)
Qualquer alinhamento com a visão de Eduardo Moreira não é mera coincidência. Percebem? As pessoas estão despertando para a grande verdade. Verdade de que há o absoluto e o relativo; Deus e Universo; ciência e espiritualidade; sentimento e razão; evolução e criação. E que tudo se relaciona e há um telefinalismo.
Agora vamos a trechos do artigo da moça que citei:
"You know that feeling when you say something that sounds reasonable, and everyone thinks you’re 'acting irrational?' So you just shut up and quietly follow your intuition. A few days later, or a few weeks later, it turns out you were right the whole time. Then instead of apologizing or promising to listen better, everyone pretends they were always on your side."
"Você conhece aquele sentimento de que quando você fala algo que parece razoável, e todo mundo pensa que você está 'agindo irracionalmente?' Então você simplesmente cala a boca e segue sua intuição por conta própria. Alguns dias depois, ou semanas, fica evidente que você sempre esteve certo. Então, ao invés dos outros se desculparem e prometerem que irão ouvir você com mais atenção, todo mundo finge que sempre esteve ao seu lado."
Tradução (adaptada) minha
Não sei se está ficando claro, mas o fenômeno relatado pela autora é profundo - se movimenta no campo das ideias e dos sentimentos - como os textos do apóstolo de Gubbio. Ela pinça um aspecto que é evidente para quem leu, estudou e compreendeu a obra de Pietro Ubaldi.
As pessoas dançam de acordo com sua constituição íntima. Seguem seu ritmo evolutivo. No nível presente, essa dança é desengonçada, ou melhor, é ditada por um determinismo que impede às pessoas tomarem rédeas de suas vidas, afetando a formação de um corpo coletivo coeso. Mas há graus diversos de sociedades.
No caso da autora - que vive no deprimente EUA - boa parte das pessoas está completamente cega à realidade. Trata-se de um país que sempre glorificou o aspecto individual; aumentou os prazeres a um grau além do concebível; sustenta mais fortemente a ideologia que todo o mundo segue (a ideologia do capital). Resultado: nenhum serviço social, nenhuma preocupação com as formas de vida e com o vizinho, famílias destroçadas e conflitos incessantes. O autoritarismo assume forma neoliberal.
E eis o método como prevalecem determinadas opiniões:
"There’s only one opinion that really matters in America, and it’s the loudest one. The loudest ones tend to get their way.
You don’t have to use logic or evidence. You don’t need reasoning. You don’t need common ground. You just have to keep interrupting and repeating your beliefs until your opponents give up."
"Só há uma opinião que realmente importa, e esta é aquela que fala mais alto. Os mais barulhentos tendem a impor seus métodos.
Você não precisa usar lógica e evidência. Você não precisa raciocinar. Você não precisa estabelecer um campo comum (premissas). Basta você interromper constantemente e repetir suas crenças até o ponto em que seus adversários desistam."
Tradução (adaptada) minha - grifos meus
Num mundo em que impera a lógica do involuído, a intensidade e frequência do grito estabelece o que é certo ou não. Mas o evoluído não gritam jamais - e os involuídos em busca da evolução não desejam gritar além de certo ponto. Mas os astutos e ogros do mundo vão até o fim com esse método: os primeiros de forma sofisticada - os últimos de modo bruto. Mas tanto um quanto o outro colaboram para a destruição de um modelo pútrido.
Admitir que se está errado se tornou uma coisa pior do que a morte. Isso está fazendo a ruína dos EUA (e do mundo). Mas é lá que isso se manifesta da forma mais cruel.
"We’ve turned something as simple as changing your mind into a fate worse than death. That’s how a large slice of Americans feel. They’d rather die than admit they were wrong. Losing an argument carries a special form of stigma in this country. I think it’s because nobody simply tries to change your mind anymore. They have to insult and embarrass you first. They have to mock your opinion, and then talk to you like you’re a child. The funny thing, they’ll do this while accusing everyone else of the same thing. And yes, we do see this attitude in liberals and conservatives, but the worst of it comes from the right, as far as I’m concerned. It’s the far right who want to own the snowflakes. It’s the far right who’s willing to sacrifice everything on the altar of their own personal rights and liberties."
“Nós tornamos algo simples como mudar a mente num destino pior do
que a morte. Assim é como uma grande parte dos estadunidenses se sente. Eles
preferem morrer a admitir que estivessem errados. Perder um argumento carrega
uma forma especial de estigma nesse país. Eu penso que é porque ninguém
simplesmente tenta mudar sua própria mente mais. Eles precisam insultar e
envergonhar você antes. Eles precisam gozar de sua opinião, e depois falar com
você como se fosse uma criança. A coisa engraçada é que eles fazem isso
enquanto acusam todos os outros de fazerem o mesmo que eles. E sim, nós vemos
essas atitudes em liberais e conservadores, mas o pior vem da direita, pelo que
eu sei. É a extrema direita que quer ser o máximo. É a extrema direita que
está disposta a sacrificar tudo no altar de seus próprios direitos individuais
e liberdades.”
Tradução (adaptada) minha - grifos meus
E com isso começamos a chegar ao ponto inicial:
Não podemos mais nos dar ao luxo de que cada um tenha sua própria opinião
A sociedade atingiu um grau de conhecimento compartilhado, memória coletiva e tecnologia que não permite progresso a não ser em forma de organização sistêmica minimamente coesa. Para isso o Estado é vital. Se não compreendermos isso, isto é, não ditarmos os rumos da humanidade segundo a Lei, iremos sofrer consequências desastrosas. Aí que entra a questão da ordem e da liberdade.
Num mundo involuído, vencer equivale a perder - e perder equivale a vencer. Mas como realidade e querer não estão alinhados, gera-se choques. Apenas a visão trará salvação.
"Nossa concepção biológica dos fenômenos sociais e nosso conceito evolucionista do Estado nos levaram, naturalmente, a esta visão atual de um Estado
cada vez mais unitário, que fica, assim, logicamente colocado no quadro da
fenomenologia universal, enquadrando-se no caminho da evolução coletiva
para o ápice da fase α."
AGS, Cap. XCII (grifos meus)
E logo mais adiante, a coroação do pensamento, que julgo de importância central:
"Nenhum sistema político jamais soube justificar-se mediante uma filosofia científica que
remontasse à gênese da matéria, da energia e da vida. Trata-se de conclusões
que, estreitadas num encadeamento férreo de racionalidade, são espontâneas e
inevitáveis num organismo de conceitos e de fatos, como o são também no
universo e nesta Síntese, que o descreve"
AGS, Cap. XCII (grifos meus)
Qual o segredo para alterarmos essa realidade? Maturação evolutiva. Com ela, conquistaremos a intuição - única consciência que pode vencer o mal presente.
Fig.3: Todos, de todos campos, chegarão à mesma visão.
O estudo da esfera do pensamento é vasto. Aqui apenas delineei em linhas gerais os aspectos mais importantes: sua gênese, os fenômenos relacionados, seu desenvolvimento geral e seu significado. O foco do último ensaio foi em extrair algum motivo pelo qual está ocorrendo essa formação. Trata-se de mais um grande passo para a humanidade - muito maior do que aquele dado quando chegamos à Lua. Ele representa uma fenda que foi aberta no mundo tangível.Uma fenda que permite a cada um contribuir para a formação de um plano mais elevado, intangível - e natural. Esse processo já está em curso em seu modo artificial (tecnosfera), cujo desenvolvimento exponencial já é sentido pela sociedade global.
Fig.1: Movimento contínuo, que não para, forma uma trajetória, que expressa um significado,
que aponta para um objetivo - cada vez mais elevado.
O número de iterações entre pessoas nunca foi tão alto. A frequência com que cada um troca, armazena e difunde informações é imensa. Os meios de se passar uma mensagem, uma experiência, já estão amplamente desenvolvidos. O surgimento de aplicativos e plataformas possibilita a uma quantidade de pessoas relativamente privilegiadas (com certo tempo e dinheiro para satisfazer as condições essenciais da vida) terem acesso a meios de impulsionar a civilização. É importante que cada um tenha ciência disso e faça o máximo possível dentro de suas potencialidades e possibilidades.
Vamos citar alguns exemplos:
a) através do streaming pode-se assistir incontáveis filmes e séries por preços justos;
b) os softwares de filmagem (de tela e pessoa) possibilitam a elaboração de conteúdo de forma amigável;
c) as TV's smart dão acesso direto a diversas plataformas;
d) muitos trabalhos podem ser feitos remotamente devido às particularidades (funções), tecnologias (encurtamento de distâncias e comunicação) e problemas (trânsito, violência) humanos.
Isso não significa que devamos nos tornar uma sociedade alienada, vivendo cada qual em sua bolha e preso a uma tela. Significa que os rearranjos sistêmicos, aliados às tecnologias crescentes e aos problemas generalizados e insolúveis (para o paradigma hodierno) devem ser interpretados como a oportunidade de resgatarmos a humanidade de um caminho de perdição, sem sentido.
Apenas quem possui um grau mínimo de consciência fará uso nobre dos itens citados acima. Além disso, devemos destacar que o trabalho como o conhecemos é cada vez mais raro, gerando um sério problema para as pessoas, cuja única forma de obter os meios de vida é através de uma renda (que cada vez diminuí em relação ao poder de compra) e se extingue (devido à automação, inteligência artificial, etc.). Isto é, poucos são aqueles que conseguem conjugar todos os fatores para dar uma contribuição que realmente tenha seu valor.
Quais são essas condições?
Elenco as principais:
1ª) Possuir renda que permita atender necessidades básicas presentes e guardar para imprevistos (desemprego, congelamento salarial) e o futuro (velhice);
2ª) Ter estabilidade em seu emprego, garantindo certa tranquilidade de mente;
3ª) Ter uma carreira, isto é, uma trajetória definida que lhe permita evoluir dentro de seu metier (trabalho);
4ª) Ter vida organizada, isto é, tempo e energia para focar em coisas úteis aos outros;
5ª) Ter vícios minimizados ao máximo (ex.: fofocas, novelas, noticiários, drogas, fumo, bebidas, restaurantes, festas, socializações infindáveis, reuniões, burocracias, tarefas repetitivas, etc. eliminadas ou encolhidas ao extremo);
6ª) Ter adquirido certo grau de instrução, que servirá para se lançar ao estudo de temas e aplicar na vida;
7ª) Ter adquirido certo grau de cultura, para valorizar a arte;
8ª) Ter um senso de telefinalismo para a vida, a evolução, o universo e tudo mais.
Embutindo em vida organizada podemos incluir: viver num país sem conflitos armados, epidemias, fome aguda, catástrofes climáticas e coisas do tipo. Alguns desses itens dependem do indivíduo - outros das condições. Mas no fundo, em sua essência, podemos dizer que o resultado de cada vida é devido ao merecimento do indivíduo. Isso no entanto não significa que os mecanismos sistêmicos de rearranjos coletivos devam ser deixados de lado, de modo a não ajudar as pessoas que mais necessitam - e sim que eles devam ser reformulados para que exprimam de modo mais claro, certeiro e potente a vontade que vibra dentro de cada alma pura, que vê com clareza e pensa com fluidez.
Tudo pode ser usado para melhorar o mundo.É só uma questão de filtrar - ou seja, separar o joio do trigo.
Fig.2: Com a evolução iniciar-se-á a desmaterialização do ser, cuja existência será cada
vez mais fluídica, imaterial, sutil. Com isso a comunicação irá se tornar cada vez mais telepática.
Das ondas acústicas às ondas eletromagnéticas à comunicação quântica, não-local. Tudo
representa sentidos mais apurados, interiores. A deficiência será superada - e o entendimento será garantido.
Há muitas séries e filmes ruins. Mas quem estiver orientado, chegará aos filmes e séries que realmente valem a pena ser vistos. E a partir de sua experiência audiovisual, irá transmitir indiretamente, através de seus gestos, métodos pedagógicos e de pesquisa, palavras, organização do lar, tudo que absorveu. O mesmo vale para músicas, livros, pessoas e todo produtos e serviços que existem.
Cada item, cada recurso monetário, cada conhecimento, cada dom...cada coisa deve ser usado, direta ou indiretamente, para servir Deus. Isso significa usar tudo com propósito evolutivo. Canalizar as experiências na medula, e com isso chegar a novas visões que trarão ideias revolucionárias, gestos cândidos e atitudes firmes e fortes, construindo uma jornada cada vez mais retificada, invulnerável às distrações mundanas que tanto oneram.
Voltemos às questões finais da noosfera. Elenquei algumas questões importantes no último ensaio. Irei responder brevemente uma a uma:
O surgimento da noosfera é iminente?
Considerando que se trata de uma progressão na evolução do espírito (e por consequência da humanidade, que é a forma que o espírito se veste atualmente em nosso grau evolutivo), é inexorável que em algum momento uma civilização, para evoluir, chegue nesse estágio de desenvolvimento coletivo. Não há como atingir planos superiores se não forjarmos uma esfera coletiva que permita um trabalho coletivo da mente humana.
Os sentimentos estão confusos, em desacordo porque não se ajustam corretamente; os pensamentos são confusos e servem a emoções momentâneas ou instintos baixos; as ideias são incompletas, confusas, aplicadas a questões específicas (mesmo que amplas dentro de seu macrocampo); as teorias científicas não se casam por não aceitarem transcender sua forma mental; as filosofias de digladiam elegantemente sem mirar a transformação dos participantes; as religiões se prendem a práticas obrigatórias que não respeitam a integridade do indivíduo, conformando almas ao invés de despertá-las.
Mas é possível que coloquemos tudo a perder nesse momento - por não termos conseguido formar uma massa crítica que pudesse reverter o rumo dos acontecimentos. Nesse caso seriam mais alguns milhares ou dezenas de milhares (ou milhões) de anos para retomarmos ao ponto em que chegamos nesse planeta. Isso é triste. No entanto, almas adiantadas que tudo fizeram terão um lugar melhor reservado - de uma forma ou de outra.
Para o planeta evoluir as criaturas que perseveram na ignorância devem ser realocadas para orbes mais adequados à sua personalidade. Aí serão professores de criaturas primitivas, ajudando-lhes seu progresso. Isso é justo e adequado, uma vez que quem está persistindo em se manter numa forma mental muito retrógrada demonstra que não deseja ir para o próximo estágio - sendo portanto sua presença de grande utilidades para locais muito atrasados de nossa galáxia.
Mas de alguma forma, em algum momento, a noosfera deverá ser formada aqui - e em todo mundo que chega num patamar superior. A questão é se será formada agora, para quem irá permanecer, ou se haverá um adiamento - não se sabe de quanto tempo.
Ou seja, livre-arbítrio deve ser usado da melhor forma agora - isto é, alinhado com a Lei. Não podemos cair no fatalismo, pois ele pode servir para a tragédia de uma forma (vai dar tudo certo independentemente de minha atitude) ou da outra (vai dar tudo errado mesmo).
Devemos orientar ao máximo possível a formação da noosfera. Isso depende fundamentalmente da capacidade que temos de compreender uns aos outros. É imperativo alinhar nosso objetivo e hierarquizar nossas prioridades.
A noosfera se tornará consciente, isto é, terá sua independência?
Se considerarmos que atingiremos um modo coletivo de vivência - que implica numa forma mental colaboracionista - sem dúvida criaremos um corpo coletivo consciente. E ser consciente é ser independente. Independente no sentido de conseguir ditar seu próprio rumo, com ciência das consequências de cada ato.
Pode-se usar o corpo humano como exemplo: todos nossos sistemas (nervoso, muscular, digestivo, respiratório, circulatório, ósseo, epidérmico, etc.) funcionam perfeitamente em condições normais. São trilhões de células diferentes, organizadas em subsistemas e subsistemas menores, que cumprem sua função em consideração ao todo - e nada lhes falta. O organismo como um todo, se tornado consciente de si, se torna independente - apesar das células estarem 'presas' ao seu dever - que no fundo é o melhor para cada uma delas. Interpretado dessa forma podemos considerar que a noosfera se tornará consciente - isto é, terá um comportamento automático ditado pela consciência coletiva que a plasmou.
Fig.3: Estamos convergindo para a formação de uma consciência elevada.
Como preservar a liberdade individual com a construção de um superorganismo como esse?
Somos livres para fazer o que quisermos. Isso é um princípio sagrado. A Lei funciona assim. No entanto, quem desejar viver apartado de uma sociedade mais evoluída (em todos sentidos) será apenas livre para expandir suas particularidades, mas jamais atingirá o grau evolução que poderá ter numa sociedade orgânica.
As restrições são boas se tiverem um propósito superior. Isso é o que significa a noosfera e a nova civilização que estará conectada a ela. Lei só representa escravidão em dois casos: (a) o indivíduo quer exercer um egoísmo (vício) ou; (b) o indivíduo evoluiu e consegue conceber uma nova forma de vida que a organização atual não é capaz de dar devido às suas restrições. A maioria da humanidade desejaria ter liberdade para seguir seus instintos mais baixos - isto é, não usar as condições para se elevar, mas decair no gozo. Spinoza já falava sobre isso (o que é liberdade).
Viver isolado só é vantajoso de um ponto de vista individual, mais restrito. Fazer coisas maravilhosas - que pode despertar nosso espírito, dar sentido ao nosso trabalho, dar conforto para irmos mais longe, economizando tempo - depende da coletividade: viajar, se comunicar, se alimentar bem, ter água quente e uma moradia confortável e etc. Basta saber usar as coisas. Usar é a palavra-chave. Como diria o sábio Huberto Rohden: Nem recusar, nem abusar - e sim usar.
De modo que sim: haverá liberdade na noosfera. Mas quem quiser ser livre a seu modo sofrerá as consequências de sê-lo. Consequências naturais, e não impostas.
Fig.4: Outros pensadores, aos poucos, começam a chegar à teoria de Ubaldi, que consegui esclarecer
definitivamente a questão do livre-arbítrio e do determinismo em seu volume O Sistema.
Novos valores. Porque uma esfera desse tipo, para ser corretamente usada, deve ter como usuários criaturas à altura. É preciso saber acessar e usar esse conhecimento, caso contrário será inútil (não-acesso) ou destrutivo (abuso ou recusa), como tudo na vida.
Deve surgir uma nova ética. Porque cada salto evolutivo humano requer um novo sistema de relações entre as pessoas (valores) e uma nova conduta para com o outro e o meio (ética). O grau de cooperação cresce à medida que o organismo se torna mais numeroso e complexo - sem o qual ele não pode sobreviver e evoluir.
Ubaldi discorreu muito sobre o tema da ética em seu volume Princípios de Uma Nova Ética. Lá está o fenômeno, o significado psicológico, os desafios e os métodos a serem usados para orientar cada um, em linhas gerais. Cabe às ciências da mente (psicologia, psiquiatria) conduzirem seus estudos partindo de premissas cósmicas, pautadas no telefinalismo e evolucionismo de Pietro Ubaldi.
O desdobramento frutuoso da noosfera depende de cada indivíduo - o que ele pensa, como ele pensa, como ele faz, difunde, vive e sente. Cada um pode fazer algo. Se todos estiverem conscientes, será iniciado um movimento em prol do melhor para tudo e todos.
É essencial recorrer à obra de Teilhard de Chardin, pois dentre os três pensadores citados no último ensaio, ele é o único cuja visão dá um sentido absoluto ao fenômeno. Ele é científico mas vai além do ceticismo; ele é lógico mas adentra na intuição; ele parte do material mas eleva-o até o cume da desmatreizlização, onde ocorre a gênese do novo e intangível.
A noosfera é o terceiro nível de evolução na escala planetária. Trata-se de uma rede complexa pautada na informação. Os níveis precedentes são a base para a formação dessa esfera mais sutil, imaterial, dinâmica. Já foi feito um estudo sobre a formação dessa rede informacional. Agora iremos nos aprofundar no seu significado.
Podemos estabelecer uma analogia entre as fases matéria, energia e espírito e a formação dessas três camadas nos mundos.
Fig.1: O passado (biosfera) já se consolidou. Para preservar o que foi construído ao longo de 3,8 bilhões de anos,
é imperativo forjar uma esfera de consciência superior. É necessário transcender o intelecto e criar uma rede
do pensamento humano, não-local, imaterial, intuitiva.
A geosfera (geo de terra) é o mundo mineral, os oceanos, a atmosfera, os rios, e todos os ciclos (oxigênio, nitrogênio, carbono e água) dela. Ela está para a matéria. É a base para a formação da vida - que necessita de condições adequadas de temperatura, pressão, umidade, proporção entre elementos, entre outras questões. Observamos os mundos e vemos diversas geosferas: planetas de diversos tamanhos, composições atmosféricas, condições atmosféricas, ritmos, etc. Mas todos identificados apenas apresentam elementos não-vivos.
A biosfera (bios de vida) se ergue logo que a biosfera se estabiliza: repare que a vida começa a se formar na Terra há aproximadamente 3,8 bilhões de anos (primeiros seres unicelulares, procariontes, ou seja, cujas células são mais simples do que as eucariontes). Considerando que o nosso universo terrestre foi forjado há 4,5 bilhões de anos, com os milhões de anos subsequentes permeados de cataclismos colossais que impediriam qualquer tipo de respiro de qualquer criatura - por mais robusta que ela fosse - o tempo entre a base da geosfera e a base da biosfera foi bem curto. Gilson Freire destaca em Arquitetura Còsmica que, tão logo as condições mínimas se apresentaram, a vida começou a se manifestar. Ou seja, a vida não perde tempo. Tampouco desperdiça recursos.
De lá (3,8 bi de anos) para cá (hoje) muita coisa ocorreu:
1) as células eucariontes surgiram, que servirão de base para a formação dos seres pluricelulares;
2) inicia-se a produção de oxigênio pelas células (fotossíntese);
3) outras células (animais) começam a produção aeróbia (consumo de oxigênio);
4) surgem os seres pluricelulares: plantas, peixes, répteis, aves, mamíferos;
5) no ápice orgânico dos mamíferos, dentro do gênero Homo, surge uma espécie distinta chamada Homo sapiens;
6) o Homo sapiens passa por três revoluções (HARARI, Yuval N.): cognitiva, agrícola e científica;
7) Após a Revolução Científica (séc. XVI), desdobrou-se outras revoluções contidas no paradigma, cada qual um salto quântico em termos de impacto físico e conceitual: Rev. Francesa (expansão da política, séc. XVIII), Rev. Industrial (salto da economia e dos processos tecnológicos, séc.XIX), Rev. Russa (introdução do conceito de justiça social, séc. XX);
8) as três ondas introduzidas pela modernidade culminaram num mundo cheio de conflitos, contradições e possibilidades, em que diversos ciclos estão prestes a findarem.
Uma ilustração pode dar uma ideia dessa jornada evolutiva - lenta no tempo mas rápida na maturação.
Fig.2: Eventos mais importantes no desenvolvimento da biosfera - da formação da Terra ao ser humano.
Hoje estamos no ápice evolutivo. Esse clímax traz em si possibilidades de formar um mundo maravilhoso (comparado ao atual). Mas ao mesmo tempo, há o risco de um colapso que atrasaria o processo evolutivo por milhares (se não dezenas de milhares) de anos. Esse ponto de decisão (salto revolucionário ou colapso) é muito bem sistematizado, justificado e apontado por Ervin Laszlo em seu livro Ponto do Caos.
Fig.3: De tempos em tempos, chega-se num ponto crítico, em que o livre-arbítrio pesa como uma bigorna.
Nesses tempos surgem as grandes almas, o super-homem, que com sangue, suor e lágrimas,
dá todo seu rendimento para o despertar do mundo.
Chegamos num ponto formidável da evolução deste planeta. Cada degrau menor dentro de um degrau representa uma evolução de diferente nível. As escalas se tornam menores, mostrando que o ritmo da vida é frenético comparado à matéria; e que o psiquismo humano (razão) é frenético comparado ao mundo orgânico. O ser humano representa o ponto culminante de evolução em termos biológicos neste planeta. Desse ponto em diante, a evolução se dará em outros planos. Ela será imaterial, sutil, com uma atividade psíquica cada vez mais intensa, denotando a formação de um corpo mais elevado, o que significa uma consciência expandida, capaz de sentir menos desespero na transição entre vida física e vida extra-física. Isso é evolução do pensamento (primeiramente); e após, evolução da vivência. O que se sabe mentalmente passará a ser injetado na veia da experiência quotidiana, que se sedimentará na medula dos valores mais profundos do ser.
Está na hora de resgatar as grandes Escrituras Sagradas (Bhagavad Gita, Tao Te Ching, Bíblia, Torá, Corão,...), recheando-as de conceitos modernos, desenvolvidos pela ciência moderna - em especial pela visão neocriacionista. Esse é o momento crítico da humanidade. O momento em que a ciência humana sairá da classe de algo incerto e sem solução na prática, para ser guiada por princípios certos, científicos e lógicos, tornando o Direito uma aplicação justa; o Estado um organismo benéfico para tudo e todos; a Economia um sistema verdadeiramente eficiente, que serve os desígnios do Estado - que por sua vez exprime a vontade de Deus e respeita as limitações evolutivas da criatura.
Essa transformação está prestes a ocorrer, e dependendo da massa crítica - isto é, quantidade de pessoas engajadas de corpo e alma nessa mudança - podemos ter uma ascensão como jamais vista na história deste planeta. Trata-se de uma metamorfose da consciência. Não mais paradoxos insolúveis que geram contradições a todo momento, mas uma base conceitual e uma vontade sincera que unidas levarão a uma organização (muito) mais justa, verdadeiramente eficiente, com uma hierarquia social muito mais condizente com a hierarquia cósmica. Uma hierarquia que, por estar mais alinhada com a Lei de Deus, permitirá que o dinheiro se dirija a quem realmente merece - e saia das mãos de quem não faz bom uso.
Voltemos ao ponto da noosfera.
Percebemos que o processo de formação, desenvolvimento e consolidação da biosfera foi relativamente longo. Apenas nas últimas décadas observa-se a formação da nova esfera. Foi uma longa jornada. E o modo de se fazer as coisas na biosfera dá uma ideia de como devemos formar esse mundo psíquico global.
Percebe-se que o processo evolutivo a partir das células procariontes originou células mais complexas em termos de organização, as eucariontes (eu = verdadeiro). Uma das hipóteses mais aceitas defende que as células procariontes teriam englobado células bacterianas, iniciando uma relação de cooperação conhecida como simbiose. Nessa relação, a célula fornece proteção do meio externo e nutrientes para a bactéria alojada; ao passo que esta viabiliza um maior rendimento à célula, com maior aproveitamento energético através da respiração celular. É uma relação mutuamente vantajosa. A figura abaixo ilustra esse processo [1].
Fig.4: De um organismo simples (célula procarionte), associado a outro menor (bactéria),
estabelece-se um convívio baseado na cooperação: ambos saem ganhando.
Nesse contexto, o todo acaba sendo maior do que a soma das partes.
Isso é conhecido como emergência em ciência de sistemas.
Percebe? O pensamento sistêmico estava presente desde o início! Inconscientemente no nível orgânico - e agora se tornando cada vez mais consciente, claro.
Os estudos e conceitos e inventos iniciados no séc.XX (Mecânica Quântica, Relatividade Geral, Pensamento sistêmico, Cosmologia moderna, Computação digital, Psicologia profunda, Ecologia profunda, EQM's, etc.) devem agora ser compreendidos para que possamos fazer um uso verdadeiramente nobre de todas essas descobertas.
Pela primeira vez é possível a uma pessoa comum acessar conhecimentos extraordinários - e de forma simples, com o desenvolvimento dos métodos pedagógicos e das tecnologias, que aliam vídeos com imagens com animações com figuras com sons e experiências. As condições, apesar de ainda involuídas, estão dando a certas pessoas a possibilidade de se dedicarem ao que realmente interessa. Basta a pessoa estar sintonizada com a Lei - percebendo qual o objetivo da vida.
Por isso é triste ver pessoas em condições razoavelmente boa desperdiçar seu tempo com aspectos mundanos, usando desculpas das mais disparatadas para justificar a falta de tempo. Assim Deus sempre fica em segundo plano. Sempre. A trajetória da vida denuncia o grau evolutivo: quem tem mais pressa em engordar além do necessário, se reproduzi além das capacidades (psicológicas, materiais, emocionais, de educar, etc.), preencher o currículo com o que o mundo valoriza (mas a alma agoniza), demonstra que está seguindo os ditames da coletividade, seja ela uma elite acadêmica, o cargo no emprego, o sonho de uma posse ou coisas do tipo.
Quem segue sua consciência se lança de corpo e alma no que gosta.
Vou além:
Quem chega a este mundo já razoavelmente evoluído, com espírito ardendo de paixão por evolução, estrutura sua vida inteira de modo a obter o contexto (contatos, amigos, condições materiais e financeiras, condições educacionais, trajetória histórica individual) mais favorável para que seja possível ser livre nas criações do espírito.
Para quem acompanha de corpo e alma, digo: estamos num mergulho abissal. É preciso ter estofo fora do comum para viver uma vida que seja invulgar. Uma vida que outros, se observassem à fundo, diriam: "Nossa! Como ele conseguiu fazer essas coisas? Como ele vive seu sonho dia a dia, forjando as bases para novos mundos? Como...?"
A noosfera representa um próximo estágio na evolução deste planeta. Assim como a biosfera trouxe uma riqueza inimaginável para a camada que reveste a Terra, a esfera do pensamento irá revestir a vida e a Terra com um significado - essa é a palavra-chave.
Vamos retomar o conceito de hierarquia. Foi dito que as esferas se constroem uma a partir da outra.
"The three spheres build on each other: For example, life in the biosphere needs the geosphere to survive (matter, water, and air), and thinking needs to be embodied in the biosphere, via the living brains of human beings and our technology. So the Noosphere can be seen as the rise of a planetary superorganism integrating all geological, biological, human, and technological activities into a new level of planetary functioning."
"As três esferas se constroem uma sobre a outra: Por exemplo, a vida na biosfera necessita da geosfera para sobreviver (água, matéria inorgânica e ar), e o pensamento precisa estar incorporado na biosfera, através do cérebro de seres humanos e tecnologias de suporte. Dessa forma a Noosfera pode ser vista como a ascensão de um superorganismo planetário integrando todas atividades geológicas, biológicas, humanas e tecnológicas num novo nível de funcionamento planetário."
Tradução e adaptação minhas.
A ideia de noosfera não foi exclusiva do paleontologista Teilhard de Chardin: o matemático Édouard Le Roy e o geoquímico Vladimir Vernadsky deram igualmente grandes contribuições ao termo, esmiuçando o fenômeno desse novo domínio [2]. Daí já se percebe que um fenômeno emergente pode ser vislumbrado por profissionais de diferentes ramos, de diferentes culturas e locais geográficos. O que conta e a intuição - essa capacidade super-normal de perceber o que está além do concebível...além dos limites que circunscrevem a atuação e crença das pessoas.
Fig.5: Pierre Teilhard de Chardin, Édouard Le Roy e Vladimir Vernadsky.
O trabalho referente à noosfera desses três homens se deu entre 1927 e 1955.
É interessante reparar que a noosfera não parte de uma ideia religiosa. Trata-se de algo científico, concreto, cujas evidências se tornam cada vez mais visíveis por qualquer um à medida que progredimos como coletividade. Vernadsky era ateu. E apesar de Teilhard tentar integrar através desse pensamento a ciência com a religião, pode-se associar harmonicamente suas descrições com a de seus pares.
O que Teilhard oferece além nesse trio é sua visão teológica: a de que a noosfera iria se desenvolver até que culminasse num ponto ômega - que seria uma integração com Deus, ou nível de consciência místico-unitário na terminologia ubaldiana. Por se tratar de uma visão muito além da realidade presente e futuramente próxima, essa questão não é abordada por pensadores mais presos ao terreno seguro da objetividade e da ciência moderna.
Pesquisando rapidamente pela internet encontro a ideia de que a noosfera é uma intersecção de três visões de mundo (já aceitas): a cósmica, a ecológica e a computacional [2].
O que é interessante na visão de Teilhard é que ele aponta para os conceitos ditos - implicitamente ou explicitamente - por Sua Voz em AGS, através da mediunidade inspirada de Ubaldi: a de que "a evolução é uma luz iluminando todos os fatos, uma curva que todas linhas devem seguir." Ele afirma que a evolução não cessa na humanidade: ao contrário, sugere que algo mais grandioso está prestes a vir quando a humanidade se unir numa escala global (noosfera).
A visão ecológica (ou verde) do futuro vê a Terra como um organismo vivo (Gaia), que infelizmente é vista com muito preconceito por parte da comunidade científica. Nessa visão é o planeta que está no domínio do fenômeno evolutivo - e não o ser humano. De certo modo podemos extrair verdades profundas das duas visões (a acadêmica formal e a ecológica inovadora). Somos o ápice da evolução e conseguimos dominar o processo evolutivo se não formos contra as leis profundas da natureza. Caso contrário, indo contra os princípios do Universo, estaremos saindo do eixo diretor e - mesmo retardando o processo de reequilíbrio planetário - dando justificativas fortes para que a Lei re-equilibre todo o planeta, nem que às custas de nossa espécie.
Os grupos humanos conseguem extrair aspectos da verdade, mas por estarem limitados às suas visões (=conhecimento fragmentário) acabam por se revelarem impotentes na solução:
Os geólogos apontaram para os problemas globais, alertando que entramos numa nova Era geológica , o Antropoceno, em que a ação humana está moldando a 'cara' do planeta. Isso nunca ocorreu antes. No entanto, não são esboçadas soluções efetivas para mudar a trajetória em que nos inserimos;
Os movimentos verdes na política tentam amortecer os impactos humanos, mas não tocam no cerne da questão: o modo de vida e o modelo de desenvolvimento predominante em todo mundo é incompatível com o resgate da natureza. As mudanças tecnológicas são irreversíveis (fato 1); a biosfera (e partes da geosfera que a sustentam) precisa ser reequilibrada urgentemente (fato 2). O único modo de encontrar uma solução para dois fatos colossais e antagônicos na visão presente é gerar um novo paradigma (=nova forma mental);
Já aqueles adeptos das novas tecnologias são levados à visão da singularidade, que destaca que o progresso exponencial da tecnologia (no âmbito da computação, redes, inteligência artificial, robôs e internet das coisas) levará a um novo regime global - que alguns estimam ser por volta de 2045, e que será incompreensível. Por isso foi denominado momento de singularidade. As consequências dessa visão levam a um descarte do ser humano no processo evolutivo, com o artificial tomando conta do natural. Eu já destaquei o porquê dessa visão não estar de acordo com as leis evolutivas, realçando a importância do espírito. Usei o filme Homem Bicentenário para deixar claro como a Arte revela aspectos profundos da Lei de Deus, mostrando que o mais belo reside em elevar o natural - nem que arduamente e ao longo de milênios - do que abraçar as facilidades artificiais [3].
A visão da noosfera leva em conta aspectos substanciais dessas três visões (verde, cósmica e tecnológica), mas coordena-as e adiciona um tempero essencial nesse caldo: a de que o planeta necessita de uma mente pensante (=noosfera). Uma mente que permite lidar com todos os problemas da geosfera (ex.: mudanças climáticas), da biosfera (ex.: perda de biodiversidade) e simultaneamente viabilizando que humanos se tornem globalmente inteligentes, forjando um sistema político que distribua o poder de decisão sabiamente e um sistema econômico que estabeleça justiça social. As consequências dessa organização humana serão inimagináveis para o tipo médio, que vive uma vida limitada e não o sabe (por isso não se sente mal como aqueles que enxergam as possibilidades ao nosso alcance).
E observamos que o mundo, sem conhecer a obra de Pietro Ubaldi, acaba chegando, pouco a pouco, a grande visão monista do Universo - e logo, de Deus. Essa visão afirma que matéria, vida e mente (humana e tecnológica) devem trabalhar como um sistema coerente evolutivo, como um todo.
A noosfera é importante por vários motivos:
Estamos imersos num oceano de informações.Isso não garante orientação. O futuro é incerto e imprevisível, gerando medo e ansiedade, que corroem relações humanas e deixam as pessoas cegas mentalmente: o sentimento se rebaixa a simples emoção; o pensamento se isola para satisfazer instintos baixos. E assim se naufraga tudo que foi construído nos últimos milênios (ou mais...);
A facilidade de acesso; o intercâmbio frequente; a velocidade de transmissão; o acúmulo de experiências; tudo isso não garante controle sobre a vida individual - muito menos coletiva. Estamos afogados em informações mas carentes de orientação. O que fazer com tanta tecnologia?
Temos uma História fantástica que começa a ser desbravada mais à fundo por pessoas. As plataformas de streaming possibilitam que um ser evoluído assista séries e filmes em telas grandes com home theater. Logo após, é possível buscar imagens e palavras para, a partir de sua formação cultural e acadêmica, por exemplo, gerar material (=textos, livros, músicas, assuntos, cursos, formas de vida, etc.) que pode ser facilmente compartilhado pelo mundo, instantaneamente. Isso é verdadeiro milagre. Mas só o é porque alguns poucos seres (ainda poucos...) fazem uso construtivo dos recursos modernos e potentes.
Devemos espiritualizar a matéria - e não materializar o espírito.
Isso significa usar cada átimo de sua vida à serviço de algo maior. De pouco em pouco chegamos a uma existência plena de sentido, em que mesmo com as dores do mundo golpeando de tempos em tempos, o ânimo se mantém e o espírito se renova, buscando converter dor em conceitos penetrantes e sentimentos profundos.
A visão da noosfera nos dá uma real esperança, pois direciona a humanidade com base em evidências lógicas que não podem ser contestadas. Ela nos leva a ver todos os problemas de modo integrado, para que assim possamos gerar uma solução efeitva - que é integral. O Prof. Francis Heylighen da Universidade Livre de Bruxelas argumenta que a noosfera tem um potencial imenso para que possamos desenvolver versões pragmáticas dos atributos divinos, que são:
1º) Onisciência = saber de tudo, para que possamos resolver sem deixar uma partícula que provoque regressão;
2º) Onipresença = estar a todo lugar em qualquer momento (Mecânica Quântica), de modo a termos a visão real do problema;
3º) Onipotência = prover qualquer produto ou serviço (necessário) para qualquer um que necessite, de modo a garantir o funcionamento da civilização;
4º) Onibenevolência = ter como meta a máxima felicidade possível (o melhor) para todos. Não se satisfazer com 'este é menos ruim do que aquele', mas sim apenas com 'o melhor possível'.
Jorge Damas destacou que a os três pilares da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) estão sendo desdobrados na humanidade desde essa época (ver vídeo abaixo a partir dos 49 minutos).
A Revolução Francesa iniciou abrindo os caminhos para a liberdade econômica e política;
A Revolução Russa iniciou o movimento de justiça social, que se traduz em igualdade;
O próximo passo é colocar em marcha as forças que irão imprimir a fraternidade entre os seres.
Liberté, Égalité, Fraternité
(Liberdade, Igualdade e Fraternidade)
Dois movimentos se iniciaram - o terceiro quer nascer.
Mas iniciar não é se consolidar. Ainda há um tortuoso caminho a ser percorrido - através de experiências, assimilações e rearranjos - antes que cheguemos à plena liberdade, igualdade e fraternidade. Liberdade político-econômica, igualdade social e fraternidade entre tudo e todos.
A noosfera se alinha com a gênese desse sentimento de fraternidade. Porque uma fraternidade, para nascer, precisa atuar numa base interconectada, com mentes que consigam ir além das aparências e pensar de modo sistêmico. É preciso que um germe de intuição esteja presente. E assim iniciar-se-à um novo nível evolutivo em nosso planeta.
A gênese da noosfera dará a plataforma para a manifestação do sentimento de fraternidade.
Teilhard argumentava que era necessário três condições para que a esfera de pensamento iniciasse sua formação:
1ª) O advento do ser humano, cuja capacidade de reflexão permite expressão/comunicação simbólica sofisticada, levando a unificação de grupos humanos;
2ª) Igualmente, o ser humano leva a evolução a não ser mais uma mera diversificação de espécies, mas também uma convergência de valores, ideias, informações, saberes, experiências, formando um todo coeso e integrado;
3ª) O ser humano, se tornando uma espécie global (no espaço e no tempo), conquista uma adaptabilidade nunca antes vista.
Reflexão que conduz à unificação.
Evolução através da convergência.
Globalidade que constrói a resiliência.
A hereditariedade passa a englobar mais do que a transmissão genética pais-filhos: ela se torna uma construção cultural, transmissível através de pessoa a pessoa. Assim começamos a chegar cada vez mais próximo do conceito de hereditariedade psíquica que Pietro Ubaldi tão bem explica em sua obra. Com a cultura é possível transmitir informação (valores, métodos, saberes, etc.) sem a necessidade de codificação nos genes (DNA). O processo evolutivo torna-se muito (mas muito) mais veloz. E com isso surge a agilidade e adaptabilidade sem iguais.
Os computadores e as redes de comunicação estão se tornando num sistema nervoso global, semelhante ao corpo humano com seu cérebro e sistema nervoso. Isso nos torna mais sensíveis porque mais próximos de outras realidades. É possível sentir o outro melhor. Tudo isso acelera o processo de sensibilização do ser.
A reprodução também acompanha esse compasso de hereditariedade: inicialmente se perpetuava a espécie de forma assexuada, o que diminuía as possibilidades de variabilidade genética (=menos diversidade=menos resiliência=menos possibilidades de criações novas). Com o advento da reprodução sexuada torna-se possível gerar uma biodiversidade cujo ápice está no ser humano, capaz das construções mais fantásticas ou mais horrendas. Para solucionar isso, é necessário aproveitar o que o terceiro tipo de reprodução (cultural) nos oferece): a possibilidade de despertarmos a nossa intuição.
O sistema Terra-Vida-Pensamento deve se tornar um organismo coeso, operando de modo harmônico e orientado a metas superiores. A responsabilidade reside na espécie evolutivamente mais à frente, herdeira de tantas benesses (nós, sapiens). Devemos nos inspirar em organismos vivos.
Tomemos um bebê: ele é capaz de reagir a dor, regular sua temperatura e respirar. Essa funcionalidade também deve estar presente no planeta todo - mas ainda não está. Porque dependemos delas para reagir à altura dos desafios que se apresentam.
Fig.6: Um bebê apresenta todas características funcionais que o sistema Terra-Vida-Pensamento
deve possuir. Assim ele opera perfeitamente (veja que belo sorriso!).
Com a noosfera o nosso mundo poderá ter esse semblante saudável
A edificação de uma superestrutura imaterial sempre se inicia com um trabalho rudimentar, no nível mais material. Por isso começamos a comunicação espalhando cabos pelo mundo. O próximo passo foi o uso das ondas eletromagnéticas. Depois vieram os satélites, a fibra óptica, e hoje já vislumbramos o computador quântico. A telepatia começa a ser estudada a sério pela ciência. Mediunidade não é mais tópico para sessões espíritas apenas, mas campo de estudo sério que deve ser enquadrado numa humanidade monista.
Uma criança, à medida que cresce, deve aprender a lidar com suas emoções (intrínsecas a ela); deve aprender a fazer uso das ferramentas da mente; deve distribuir prioridades elementares e avançadas. No nível planetário podemos fazer esse trabalho com redes sociais, plataformas colaborativas, sistemas integrados. A Arte, espalhada de forma ampla, principalmente via música, filmes e séries, pode ser um elemento importante para despertar consciências.
No ensaio que dará continuação a este iremos finalizar esclarecendo questões sob o prisma do monismo de Ubaldi, tocando em pontos interessantes como:
O surgimento da noosfera é iminente?
A noosfera se tornará consciente, isto é, terá sua independência?
Como preservar a liberdade individual com a construção de um superorganismo como esse?